As mesas
girantes e falantes marcam o ponto capital da Doutrina Espírita são o seu marco
inicial. Foi por seu intermédio que se puderam desvendar os mistérios do além e
das Leis que governam o Mundo e os seres. Tudo começou com os fenômenos de
Hydesville no Estado de Nova Iorque, na residência onde habitava parte de uma
família de sobre nome Fox, composta pelo pai, a mãe e duas filhas, Margaret, de
14, e Kate, de 11.
Por vários
dias se ouviram ruídos estranhos na casa dos Fox, quer por simples batidas, ou
arranhaduras, outras vezes soavam como o arrastar de móveis. As meninas ficaram
muito assustadas com estes casos insólitos que iam dormir no quarto dos pais.
Na noite do dia 31 de março de 1848, num impulso corajoso, a menina Kate,
desafiou aquela força invisível a repetir as batidas com os dedos, sendo esse
desafio aceite. Estabeleceu – se logo um código baseado no número de batidas;
por exemplo, uma batida equivalia a SIM, duas a NÃO, e assim por
diante… Aquela estranha inteligência invisível disse então que era um espírito
e que tinha sido assassinado naquela casa. Indicou o nome do antigo inquilino
que o matara, por questões de dinheiro, enterrando o seu corpo numa adega, a
grande profundidade. Alguns vizinhos foram chamados para presenciarem o tão
estranho fenômeno, uns ficaram maravilhados, outros apavorados. Um dos
presentes sugeriu então o uso de letras do alfabeto para formação de palavras,
convencionando determinado número de pancadas para cada letra.
Essa
telegrafia espiritual facilitou a comunicação e passou a ser utilizada com
muito êxito, dando origem às comunicações vindas do além para os humanos. E desta
forma, começariam os relatos espirituais, vindos do além, com o concurso de
muitos mediuns sérios e com credibilidade espalhados pelo mundo inteiro. Após a
vulgarização dos fenômenos de “mesas girantes” através de toda a Europa, por
volta de 1854, Kardec foi convidado por amigos a presenciar o fenômeno, quando
as “mesas” começaram a responder a perguntas”. Foi o início da missão de Kardec
como Codificador da Doutrina Espírita. Indagado sobre a sua identidade,” O ser inteligente
que manipulava as mesas denominou – se como sendo “espíritos de luz”,
dizendo que era chegada a hora de fazer novas revelações à humanidade sofrida,
dando continuidade aos ensinamentos de Jesus. E assim o fenômeno das mesas
girantes deixou de ser brincadeira, e passou a ser levado com seriedade, rigor e
respeito, porque estávamos perante um fenômeno muito sério. As mesas foram substituídas
por pranchetas e lápis, e a tiptologia deu lugar à nascente psicografia.
Tiptologia é um tipo de comunicação que utiliza um certo número de batidas, em
correspondências letras do alfabeto, mais ou menos como no código Morse.
Psicografia é a escrita ditada por um espírito através de um médium. Difere da
inspiração, porque nesta o médium está plenamente consciente e é co – autor do
texto, enquanto a escrita psicografada é mais ou menos mecânica, às vezes
abordando temas completamente desconhecidos do médium ou completamente acima do
seu nível de escolaridade, ou, até mesmo, em idiomas desconhecidos do médium.
A Allan kardec estava reservada tão nobre
missão de ser ele o Codificador da Doutrina dos Espíritos. Os Espíritos não
são, como supõem muitas pessoas uma classe à parte na criação, porém as almas
despidas do seu invólucro corporal, daqueles que viveram na Terra, ou em outros
mundos. Negar os Espíritos é negar a alma; eles não são como alguns acreditam,
seres vagos indefinidos, nem chamas semelhantes a fogos – fátuos como os pintam
nos contos das almas do outro mundo. São seres nossos semelhantes tendo como
nós um corpo fluídico e invisível e tangível nas aparições.
As manifestações
dos Espíritos, na maior parte das vezes, é para nos provar que a vida continua
após a morte do corpo físico e para orientar as pessoas no caminho da verdade.
Até Kardec, o sistema era desconhecido, porque : 1º O homem preferia aceitar o
mistério; 2º não teria atingido a maturidade, para compreender. Em qualquer dos
casos, as manifestações sempre se deram, sem um mínimo de interesse científico,
sendo atribuídas umas ao “Demónio”e outras aos Santos ou Anjos.
As conclusões de Allan Kardec é que não há manifestações angélicas nem
diabólicas, mas que ao redor de nós, em todo o mundo que nos rodeia, existe um
mundo maior do que aquele que habitamos com as suas leis próprias, com os seus
habitantes em variadíssimos graus de evolução. Que ninguém se muda do que é, somente
por ter passado para a vida espiritual, nada anda à deriva no nosso planeta. Há um
Deus que governa os Mundos e toda a sua criação, os seres e todas as coisas.
Jesus é também o Mentor da Terra, o nosso Embaixador Celeste, o responsável pela
directoria e governação do nosso planeta e de toda a humanidade. Antes de partir
para o Pai, prometeu – nos que enviaria outro Consolador - O Espírito de Verdade para que ficasse
eternamente connosco. Os Espíritos Superiores, também são os ministros de Deus,
os seus mensageiros divinos, os cooperadores celestiais que ajudam na
manutenção e no equilíbrio da Obra Divina. Todo o Universo é, regido por leis
que ainda desconhecemos e só à medida que a humanidade for crescendo moralmente,
intelectualmente e espiritualmente, é que, vai entrando no conhecimento dessas mesmas
maravilhosas leis. E quando a humanidade está pronta para subir mais um degrau na
escala da sua evolução, Deus tem os Espíritos em variadíssimos graus de
evolução em que lhe são atribuídas missões específicas e que de acordo ao grau
de sua superioridade, ou inferioridade eles executam tarefas que lhe cumpre realizar
para ajudarem ao avanço da Humanidade. Todos os Espíritos desde os inferiores aos
Superiores cooperam na Obra Majestosa de Deus. Desde os mais perfeitos aos mais
imperfeitos todos têm tarefas, para cumprir e todos em seu conjunto, contribuem
para o engrandecimento e Harmonia Universal. Nunca, e jamais, em circunstância
alguma, alguém pense estar completamente só, porque ao nosso redor, há sempre uma
multidão de Espíritos que nos veem, nos vigiam, nos acotovelam e nos observam. Ninguém
pense que no final da sua existência corpórea tudo está terminado. Sim, o seu
corpo será sepultado, volvendo ao pó, mas sua alma está mais viva do que nunca.
Ela se desprenderá de seu corpo carnal, molécula, por molécula, para ressurgir no
Mundo dos Espíritos. Passando lá a viver na condição de Espírito desencarnado, até
que prepare nova reencarnação.
“Ninguém
poderá ver o reino de Deus se não nascer de novo”. O que é nascido da carne é
carne e o que é nascido do Espírito é Espírito”. O Espírito sopra onde quer;
ouves – lhe a sua voz, mas não sabes donde ele vem, nem para onde ele vai. (Evangelho
segundo o Espiritismo).
O Espírito
tem que fazer a sua evolução encarnando
e desencarnando em mundos materiais e em novos corpos carnais, foi por isso que Jesus disse a Nicodemos “Em
verdade , em verdade, digo – te: Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer
de novo.” Sendo – lhes concedidas por Deus as reencarnações necessárias para seu
progresso, sua evolução e seu aprendizado. Para que todos os filhos de Deus,
mas todos, sem exceção, possam chegar à angelitude, que é o estado dos Espíritos
Puros, ou, Bem – Aventurados. Os Espíritos inimigos do bem e da luz voltarão ao
palco terreno, para se harmonizarem também com as leis justas e sábias do seu
Criador. Ninguém é deserdado da misericórdia divina. Todos os espíritos que sofrem ou,
sofreram suas quedas nas presentes ou anteriores reencarnações têm sempre novas
oportunidades de resgate para puderem evoluir. Quedas e ascensão fazem parte da
evolução de todos os Espíritos e ninguém, ficará deserdado da suprema
felicidade e de gozar das Bem – Aventuranças Eternas.– Os espíritos culpados terão que se
ajustar às leis do Amor, do Perdão, da Fraternidade e da Solidariedade. O
Espírito, que prejudicou a seu irmão, expiará todo o seu passado culposo,
através da expiação e da reparação das faltas que tenha cometido. Se foi duro, desumano,
criminoso, se praticou na terra desvarios, ou qualquer tipo de crimes, se teve
na Terra uma vida de deboche, os remorsos não o deixarão em paz. Tendo que
voltar novamente às lides terrenas para expiar e reparar os erros que praticou.
Encarnando e desencarnando as vezes necessárias, até pagar tudo centil por
centil. E só dessa forma apagará todos os vestígios de suas faltas que praticou,
através de novos esforços, novas lutas, penosos sofrimentos e da reparação das
suas faltas. É da Lei, a sementeira é livre, mas a colheita é obrigatória.
Toda infração cometida à Lei Divina terá que ser reparada na sua balança, é
nisto que consiste a Justiça Divina. Jesus não quer que nenhuma das suas
ovelhas se perca e a todas quer juntar ao seu redil.
Valorizemos
o trabalho sobre – humano de Allan Kardec, exaltando na Mediunidade, no
trabalho, o esforço dos médiuns e dos Espíritos tudo quanto serviu de
instrumentalização para puder surgir a Revelação Espírita, a inesquecível
promessa de Jesus, de que enviaria o Consolador para que “todo que n “Ele creia
não pereça, mas tenha a vida "Eterna".
“O livro dos
médiuns” é uma das cinco obras que constituem a Codificação da Doutrina
Espírita”.
Este Livro
reúne o ensino dos Espíritos, a teoria de todos os gêneros de manifestações, os
meios de comunicação com o mundo invisível, o desenvolvimento da mediunidade,
as dificuldades e os tropeços que se podem encontrar na prática do
Espiritismo.”Este livro é o prolongamento do Livro dos Espíritos. Para bem se compreender
o Livro dos Médiuns é necessário estudar – se o Livro dos Espíritos. Estes
livros são livros científicos e uma preciosa aquisição para qualquer pessoa
indagadora da verdade e possuidora da faculdade mediúnica.
Os homens
sendo parte integrante do intercâmbio entre os dois planos da vida - o material
- e o – espiritual – o melhor que têm a fazer é conhecerem bem os
mecanismos desse relacionamento.
“O Livro dos
Médiuns” é o guia mais seguro para todos os que se dedicam ao estudo do Espiritismo.
Não se pode
fazer um curso de Espiritismo à nossa maneira, ou que nos agrade a nosso belo
prazer. Não, para passatempo, divertimento, distração, ou comércio e não se
pode explorar a faculdade mediúnica, usando – a como seu ganha - pão. Cada um
que se esforce honestamente em ganhar o seu pão de cada dia, segundo a sua
profissão e nunca pelas vias da mediunidade.
Pessoas existem que exploram a mediunidade. São
os falsos médiuns – os charlatães, que usam a mediunidade como curandeiros,
cobrando um tanto por consulta. Entre esses também estão incluídos aqueles que
dizem: é o que queiram dar! Isso também é uma forma de pagamento e que às vezes
é ainda mais vantajosa! Como quer que seja, de uma forma ou de outra, isso é
enganar as pessoas e é desviar o Espiritismo do seu objetivo providencial,
desvirtuando o próprio Espiritismo. Contas lhes serão pedidas no mundo dos
Espíritos pelo desvio que fizeram da sua faculdade mediúnica, explorando e enganando
o próximo.
Além do mais
esses pressupostos médiuns só atrairão para junto de si Espíritos zombeteiros,
enganadores e mistificadores. Quando a mediunidade é desviada para fins
lucrativos os Espíritos elevados, não os assistem e deixam - nos à mercê dos
Espíritos levianos, mentirosos e maus. Resultando para esses médiuns em
obsessões muito graves, possessões e subjugações de difícil cura na presente
existência. Transportando dessa forma para o mundo espiritual muitos
sofrimentos, porque os Espíritos que de si tiverem queixa se vão fazer pagar do
mal que lhes houverem causado. É preciso que nos saibamos conduzir e orientar nesta
vida, optando por uma vida sadia, também por uma conduta séria, uma vida
honrada e praticantes da Caridade e do amor próximo, para que nós nos possamos livrar
dos Espíritos maus, porque eles só se comprazem no mal e só o nosso mal querem,
sendo – lhes um gozo verem – nos sucumbir.
Jesus
disse:” Dai de graça o que de graça recebeste “. Ora se a mediunidade nos foi
dada de graça, de graça a, temos que pôr ao serviço da humanidade dentro dos
templos espíritas.
Como
sabemos, os médiuns são os intérpretes e os instrumentos dos Espíritos.
“Quis o
Senhor que a luz se fizesse para todos os homens e que a voz dos Espíritos
penetrasse por toda a parte, a fim de cada um pudesse obter a prova da imortalidade.
É com esse objetivo que os Espíritos se manifestam por toda a Terra, que a
mediunidade, revelando – se entre as pessoas de todas as idades e de todas
crenças, entre homens e mulheres, crianças e velhos, constitui um sinal de que
os tempos chegaram.
Foi através
de grandes investigações científicas que Allan Kardec descobriu a filosofia da Verdade,
à qual deu o nome de Espiritismo, por ser a Doutrina dos Espíritos de escol.
Nas suas
investigações ele concluiu que o Espiritismo assentava numa trilogia com base
na Ciência, na Filosofia e na Religião.
Como
Ciência, ele trata da natureza, origem e destinação dos Espíritos e da sua
comunicação com os encarnados.
Como
filosofia, é uma doutrina infalível, por não ser dos humanos, mas sim a Doutrina
do Cristo, trazida pelos Espíritos.
E como
Religião, não há superior, porque é o Amor. O Espiritismo ensina todas as coisas que Jesus há dois mil anos nos deixou como ensinamentos, desmistificando tudo quanto o Cristo disse por parábolas e alegorias. O Espiritismo é o Cristianismo Redivivo, hoje revivido nos Templos Espíritas como o reviveram os primeiros cristãos. Portanto ser - se Espírita é ser - se verdadeiro cristão,discípulo de Cristo.Cristão,é também todo aquele que procura seguir os exemplos de Jesus e os procura praticar como nos ensina o seu Evangelho.
O médium
verdadeiro é aquele que trabalha sem interesse de receber qualquer tipo de recompensa.
Aceitando o dom que Deus lhe confiou sem esperar algo em troca, dando de graça
o que de graça recebeu, ou seja o Dom de Curar através da MEDIUNIDADE.
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