quarta-feira, 25 de setembro de 2013


  MÉDIUNS E MEDIUNIDADES
Allan kardec, na condição de observador sábio foi capaz de retirar do  aparente  divertimento das mesas “girantes” uma  doutrina séria quão profunda que o colocou ao lado dos grandes benfeitores da humanidade.
Sabemos que os Espíritos existem desde todos os tempos e que se podem comunicar com os homens, através das suas faculdades mediúnicas.
Nos últimos tempos, diz o Senhor:
“Derramarei do meu Espirito sobre toda a carne; vossos filhos e filhas profetizarão; vossos jovens terão visões e vossos velhos, sonhos. Nesses dias derramarei do meu Espirito sobre os meus servidores e servidoras, e eles profetizarão.(, Atos, cap,2,vv.17 e 18.)
Para conhecer as coisas do mundo visível e descobrir os segredos da Natureza material, outorgou Deus ao homem a vista corpórea, os sentidos e instrumentos especiais.Com o telescópio, ele mergulha o olhar nas profundezas do espaço, e, com o microscópio, descobriu o mundo dos infinitamente pequenos. Para penetrar no mundo invisível, deu – lhe a mediunidade.
Embora em diferentes graus todo o ser humano possuiu mediunidade, uns mais bem dotados do que outros. Isto,    porque  uns possuem a mediunidade em grau mais adiantado e outros a possuem em grau mais modesto.
Não havendo dois organismos iguais cada médium serve os Espíritos de acordo com o grau da mediunidade que possui.
Há uma grande variedade de médiuns: médiuns de efeitos físicos, médiuns falantes, médiuns audientes, médiuns, videntes, médiuns intuitivos, médiuns inspirados e médiuns curadores.
No capítulo 14º, 15º e 16º do Livro dos Médiuns podemos analisar melhor essa variedade de médiuns, podendo também serem estudadas outras questões, relativamente à mediunidade. O Livro dos Médiuns, é sem margem para dúvidas um Livro científico e o manual mais seguro para todos os médiuns.
Podendo- se afirmar, com efeito, que cada
Médium, em particular, tem as suas próprias características, embora na sua generalidade todos se apresentem com síndromes semelhantes, mas não absolutamente iguais.
A Doutrina Espírita ensina a todos os médiuns o ensino prático no aprimoramento das faculdades mediúnicas. Os Espíritos que eram considerados os mortos, os adormecidos, ou os desagregados voltaram à realidade e a comunicar – se com os homens na Terra, através da mediunidade, constatando – se a vida futura e os falsos adornos que os fantasiaram.
Allan – Kardec preocupou – se em orientar o indivíduo, no sentido de que, antes de tornar – se espiritista, seja espiritualista, isto é, primeiro conceba a existência dos seres espirituais, para cuidar, depois, das suas comunicações.
Ninguém pense fazer um curso de Espiritismo experimental, como se faz um curso de Física ou de Química.
Nas ciências naturais, opera – se sobre a matéria bruta, que se manipula à nossa vontade e pode regular os seus efeitos. No Espiritismo, temos que lidar com inteligências que gozam de liberdade e a cada instante nos provam não estarem submetidas aos nossos caprichos.
A mediunidade é sempre uma perceção neutra, sendo os efeitos do seu exercício compatíveis com os valores éticos e morais daqueles que a detêm.
No entanto, aplicada para o serviço do bem, pode converter – se em instrumento de luz para o seu portador, tanto quanto para todos aqueles que a buscam.

Os médiuns não são Santos, Apóstolos ou Missionários, mas homens sujeitos a grandezas e misérias, consoante também o uso que fizeram da sua mediunidade.
Moisés, Francisco de Assis, Santa Teresa de Ávila, Joana de Arc, Santo António de Lisboa e muitos outros foram médiuns iluminados.
Suendenbourgue Edgar Cayce também ofereceram contribuições valiosas, no campo da revelação como das curas e premonições.

Todavia, existem inúmeros médiuns outros  iluminados no anonimato, sem o aplauso das multidões, realizando serviços de consolação e socorro em toda a Terra, a fim de que brilhe a grande Luz da Esperança.
Acima de todos eles temos Jesus, o Médium de Deus como Fonte Inspiradora para todos os homens de todos os séculos.
Instrumento de Deus por excelência, Cristo se utilizou da sua mediunidade para acender a luz da sua Doutrina de Amor e de Redenção. Restaurando enfermos e pacificando aflitos. Esteve em contacto com os chamados mortos, alguns dos quais não eram senão almas sofredoras a vampirizarem obsidiados de diversos matizes.
Em todas as épocas sempre houve médiuns iluminados que vieram à Terra para ajudarem a humanidade no seu crescimento espiritual à ascensão para Deus.
Allan Kardec também era médium intuitivo das Esferas Superiores do Além, comandadas por Jesus para fazer chegar a este planeta de provas e expiações, na época prevista o seu Consolador.
A mediunidade não é sinal de santificação nem apresenta características divinatórias.
“A mediunidade necessita de Aprimoramento da Personalidade Mediúnica e Nobreza de Fins, Para que o Corpo Espiritual, modelando o Corpo físico e sustentando-o possa erigir- se em filtro das Esferas Superiores, facilitando a ascensão da Humanidade aos domínios da luz.
Compreendendo a verdade, é necessário renovar a nossa conceituação de médium, para que não venhamos a transformar companheiros de ideal e de lutas em oráculos e adivinhos, com esquecimento de nossos deveres na elevação própria.
Eis do que os médiuns devem compenetra-se bem, para não fazerem mau uso de suas faculdades. Os serviços que podem prestar estão na razão da boa orientação que derem às suas faculdades, pois os que seguirem o mau caminho são mais prejudiciais do que úteis à causa do Espiritismo, pelas más impressões que produzem, retardando mais de uma conversão. Terão que prestar contas do uso ilícito que fizeram das suas faculdades e que lhe foram confiadas para sua própria iluminação e de seus semelhantes.
As manifestações dos Espíritos sempre se deram em todos os tempos e em todos os lugares, mas sem o mínimo de interesse científico, sendo atribuídas umas ao “demónio” e outras aos Santos ou Anjos, Allan Kardec chegou à conclusão que ao redor de nós, em todo o mundo que nos rodeia, existe um mundo maior do que aquele que habitamos com as suas leis próprias, com os seus habitantes e em muitos graus de evolução. Muitos só veem no Espiritismo um novo meio de adivinhação e imaginam que os Espíritos existem para predizer a sorte de cada um. Os Espíritos levianos e zombeteiros não perdem ocasião de se divertir à custa dos que pensam desse modo.
O Espiritismo não é mediunismo; embora se firme nas manifestações dos Espíritos; não pode aceitar toda a espécie de mediunismo, porque existem Espíritos que não são espíritas, não possuindo qualquer conhecimento da vida real a verdadeira, são ignorantes e se vão a afinizar com médiuns da mesma categoria. Tais Espíritos tomam conta neles, como seus verdadeiros guias, arrastando esses médiuns para o campo da bruxaria, tentando em muito desprestigiar o Espiritismo.
Tais médiuns abrem campo aos maus Espíritos, impedindo a todos aqueles que queiram receber a luz que o Espiritismo lhes oferece.  
A mediunidade constitui, apenas um meio de entrar em contacto com as almas que viveram na Terra, sendo por isso os médiuns mais responsáveis, porque são os intérpretes dos Espíritos e contas darão a Deus do exercício mediúnico, posto que não venham a ser “ os cegos conduzindo outros cegos,” a que se refere o ensino evangélico.
O verdadeiro espírita jamais deixará de fazer o bem.
Lenir corações aflitos; consolar, acalmar desesperos, operar reformas morais, essa a sua missão.
E nisso encontrará satisfação real e pessoal, tornando os outros felizes.
O estudo da Doutrina Espírita deve ser uma constante na vida do médium, porque lhe oferece as bases fundamentais e reais do Espiritismo.
Uma conduta moralizada protege – o contra os Espíritos ignorantes e maldosos, que procuram embaraça - lo no desempenho de sua mediunidade, e fá – lo contar com o auxílio dos Bons Espíritos.
Obter, a assistência dos Bons Espíritos e livrar-se dos Espíritos levianos e mentirosos devem ser o objetivo dos esforços constantes de todos os médiuns. Sem isso a mediunidade é uma faculdade estéril, que pode mesmo reverter em prejuízo daquele que a possuiu, degenerando em perigosa obsessão. Antes de realizar comunicação com o mundo invisível, o médium deve preparar-se, adequadamente, através da prece e da boa conduta íntima que, em síntese, resume- se no “Orai e Vigiai”
Na segunda parte do livro dos Espíritos item 100 de Allan – Kardec em Escala Espirita, pudemos estudar a classificação dos Espíritos para melhor entendermos o grau de sua superioridade ou de sua inferioridade, porque os Espíritos pertencem a algumas classes consoante o grau do aperfeiçoamento que já tenham atingido.
Também no mesmo Livro no item 114, pudemos estudar sobre a: Progressão dos Espíritos sendo muito interessante este estudo e uma mais valia para os estudiosos da Doutrina Espírita.
As dificuldades encontradas na prática do Espiritismo, são em grande parte, devidas à ignorância das leis espirituais. Foi por isso que por misericórdia divina, Jesus enviou à Terra um dos mais iluminados dos seus discípulos – O Espírito de Verdade.
Há médiuns transviados colocando – se contra a dignidade do Espiritismo, cobrando seus trabalhos, como charlatães desnutrindo a fé cristã, fazendo ao contrário do que Jesus ensinou: “Dar de graça o que de graça recebeu”.
Apesar desses graves erros, o Espiritismo avança na sua feição de Cristianismo Redivivo, ensinando a doutrina ensinada por Jesus, sendo excluídos de suas fileiras os “ vendilhões do templo”.
Cobrar por um trabalho mediúnico é atear fogo na própria consciência, vivendo o clima de “ranger de dentes”.
Conforme acentuou Allan – Kardec, o maior adversário da mediunidade é a obsessão, e os seus antídotos eficazes são o conhecimento e a prática sadia da doutrina incorporada ao cotodiano.
A obsessão é obstáculo à correta educação da mediunidade e ao seu exercício edificante.
A mediunidade constitui abençoado meio para evitar, corrigir e sanar os processos obsessivos.
O médium, que não quer perder a assistência dos Bons Espíritos, deve trabalhar pela própria melhoria, para que a sua faculdade se desenvolva e engrandeça, abstendo – se de tudo o que possa desvia - la da sua finalidade providencial.
O Evangelho é poderoso auxiliar no desenvolvimento mediúnico. A reforma íntima  sua pedra de toque. É na oração e na humildade que o médium alcançará maiores bênçãos e refazimento espiritual.
Os factos, ou fenômenos mediúnicos remontam à mais antiga antiguidade. O apóstolo Paulo, reconhecia a prática dessas manifestações entre os cristãos primitivos ao recomendar : seguir o amor e procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente que profetizeis. “Não apagueis o Espírito não desprezeis, as profecias; julgai todas as coisas retendo o que é bom “O Apóstolo João também se referiu a manifestações espirituais, alertando-nos igualmente quanto à procedência dessas comunicações. Os doze apóstolos também eram médiuns.
Não acreditemos, pois em todos os Espíritos.
Allan Kardec ensina que o Espiritismo coloca ao alcance de todos os homens os meios práticos de identificar os Espíritos enganadores, dando aos homens os meios de distinguir os bons dos maus, lembrando as palavras de Jesus: “Reconhece-se a árvore pelos seus frutos; uma árvore boa não pode dar maus frutos e uma árvore má não pode dar bons frutos”.


Em resumo: toda a pessoa que sente num grau qualquer a influência dos Espíritos é por isso mesmo médium. Contudo, essa qualificação só se aplica às pessoas nas quais a faculdade mediúnica esteja claramente caraterizada e se traduz por efeitos patentes de uma certa intensidade, o que, então depende de uma organização mais ou menos sensitiva.
Só poderá entrar nas práticas mediúnicas quem dê provas de conhecimento Espíritas, porque prática sem conhecimento é perigoso. Perigoso, porque não sabemos distinguir os maus e muito menos os saberemos qualificar e estes por sua vez podem levar-nos à obsessão e à loucura.

Muitos só veem no Espiritismo um novo meio de adivinhação e imaginam que os Espíritos existem para predizer a sorte a cada um. Os Espíritos levianos e zombeteiros não perdem ocasião de se divertir à custa dos que pensam desse modo.
Os Espíritos vêm instruir o homem sobre o seu futuro, para conduzi – lo ao caminho do bem, e não para poupar – lhe trabalho material que lhe compete realizar neste mundo, para seu adiantamento espiritual.
Não acreditemos pois, em todos os Espíritos Allan Kardec ensina que o Espiritismo coloca ao alcance de todos os homens os meios práticos de identificar os Espíritos enganadores, dando aos homens os meios práticos de identificar os Espíritos enganadores, dando aos homens os meios de distinguir os bons dos maus através do estudo da Doutrina Espírita.
Não existem médiuns e mediunidades melhores que as outras; o que Deus espera de nós é que qualquer faculdade mediúnica seja praticada com amor. Se procuramos a felicidade vamos realça -la, com o estudo, porque o livro nobre é o professor silencioso, capaz de ajudar sempre.
A Doutrina Espirita é amor, ela é caridade, ela tem a tarefa de fazer reviver o Cristianismo, tendo os Espíritas como os novos discípulos do Senhor.
Jesus é e sempre foi a bandeira tremulante de luz que se mostra no topo do mundo.
 Foi o modelo mais perfeito para servir de modelo e guia a toda a Humanidade.
Façamos como o Apóstolo Paulo” Já não sou eu quem vive, mas o Cristo que vive em mim”.
Como sabemos, os médiuns são os intérpretes e os instrumentos dos Espíritos.
O que faz um médium fracassar: falta de análise das comunicações, leviandade, indiferença, presunção, orgulho,
 suscetibilidade, exploração, egoísmo, inveja e elogios.
O médium que reunir estas cinco virtudes pode ser qualificado de bom: seriedade, modéstia, devotamento, abnegação e caridoso.
“Quis o Senhor que a luz se fizesse para todos os homens e que a voz dos Espíritos penetrasse por toda a parte, a fim de que cada um pudesse obter a prova da imortalidade.
É com esse objetivo que os Espíritos se manifestam por toda a Terra, que a mediunidade, revelando-se entre pessoas de todas as idades e de todas as crenças, entre homens e mulheres, crianças e velhos, constitui um sinal de que os tempos chegaram.
Concluo que, para merecermos a assistência dos Bons Espíritos é necessário que nós também sejamos bons.
Estabelecendo afinidade moral com os Espíritos virtuosos, porque este é um meio de gozarmos de seus favores e as portas dos Céus se abrirão, amplas e generosas, a fim de que, por elas jorrem mensagens de luz para todos nós e para toda a humanidade.
A palma da vitória da mediunidade é o seu aprimoramento, em ser exercida com amor e praticando a Mediunidade com o nosso Divino Mestre Jesus.
                                                                  
                                  Aurinda Tavares






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