quarta-feira, 25 de setembro de 2013


  MÉDIUNS E MEDIUNIDADES
Allan kardec, na condição de observador sábio foi capaz de retirar do  aparente  divertimento das mesas “girantes” uma  doutrina séria quão profunda que o colocou ao lado dos grandes benfeitores da humanidade.
Sabemos que os Espíritos existem desde todos os tempos e que se podem comunicar com os homens, através das suas faculdades mediúnicas.
Nos últimos tempos, diz o Senhor:
“Derramarei do meu Espirito sobre toda a carne; vossos filhos e filhas profetizarão; vossos jovens terão visões e vossos velhos, sonhos. Nesses dias derramarei do meu Espirito sobre os meus servidores e servidoras, e eles profetizarão.(, Atos, cap,2,vv.17 e 18.)
Para conhecer as coisas do mundo visível e descobrir os segredos da Natureza material, outorgou Deus ao homem a vista corpórea, os sentidos e instrumentos especiais.Com o telescópio, ele mergulha o olhar nas profundezas do espaço, e, com o microscópio, descobriu o mundo dos infinitamente pequenos. Para penetrar no mundo invisível, deu – lhe a mediunidade.
Embora em diferentes graus todo o ser humano possuiu mediunidade, uns mais bem dotados do que outros. Isto,    porque  uns possuem a mediunidade em grau mais adiantado e outros a possuem em grau mais modesto.
Não havendo dois organismos iguais cada médium serve os Espíritos de acordo com o grau da mediunidade que possui.
Há uma grande variedade de médiuns: médiuns de efeitos físicos, médiuns falantes, médiuns audientes, médiuns, videntes, médiuns intuitivos, médiuns inspirados e médiuns curadores.
No capítulo 14º, 15º e 16º do Livro dos Médiuns podemos analisar melhor essa variedade de médiuns, podendo também serem estudadas outras questões, relativamente à mediunidade. O Livro dos Médiuns, é sem margem para dúvidas um Livro científico e o manual mais seguro para todos os médiuns.
Podendo- se afirmar, com efeito, que cada
Médium, em particular, tem as suas próprias características, embora na sua generalidade todos se apresentem com síndromes semelhantes, mas não absolutamente iguais.
A Doutrina Espírita ensina a todos os médiuns o ensino prático no aprimoramento das faculdades mediúnicas. Os Espíritos que eram considerados os mortos, os adormecidos, ou os desagregados voltaram à realidade e a comunicar – se com os homens na Terra, através da mediunidade, constatando – se a vida futura e os falsos adornos que os fantasiaram.
Allan – Kardec preocupou – se em orientar o indivíduo, no sentido de que, antes de tornar – se espiritista, seja espiritualista, isto é, primeiro conceba a existência dos seres espirituais, para cuidar, depois, das suas comunicações.
Ninguém pense fazer um curso de Espiritismo experimental, como se faz um curso de Física ou de Química.
Nas ciências naturais, opera – se sobre a matéria bruta, que se manipula à nossa vontade e pode regular os seus efeitos. No Espiritismo, temos que lidar com inteligências que gozam de liberdade e a cada instante nos provam não estarem submetidas aos nossos caprichos.
A mediunidade é sempre uma perceção neutra, sendo os efeitos do seu exercício compatíveis com os valores éticos e morais daqueles que a detêm.
No entanto, aplicada para o serviço do bem, pode converter – se em instrumento de luz para o seu portador, tanto quanto para todos aqueles que a buscam.

Os médiuns não são Santos, Apóstolos ou Missionários, mas homens sujeitos a grandezas e misérias, consoante também o uso que fizeram da sua mediunidade.
Moisés, Francisco de Assis, Santa Teresa de Ávila, Joana de Arc, Santo António de Lisboa e muitos outros foram médiuns iluminados.
Suendenbourgue Edgar Cayce também ofereceram contribuições valiosas, no campo da revelação como das curas e premonições.

Todavia, existem inúmeros médiuns outros  iluminados no anonimato, sem o aplauso das multidões, realizando serviços de consolação e socorro em toda a Terra, a fim de que brilhe a grande Luz da Esperança.
Acima de todos eles temos Jesus, o Médium de Deus como Fonte Inspiradora para todos os homens de todos os séculos.
Instrumento de Deus por excelência, Cristo se utilizou da sua mediunidade para acender a luz da sua Doutrina de Amor e de Redenção. Restaurando enfermos e pacificando aflitos. Esteve em contacto com os chamados mortos, alguns dos quais não eram senão almas sofredoras a vampirizarem obsidiados de diversos matizes.
Em todas as épocas sempre houve médiuns iluminados que vieram à Terra para ajudarem a humanidade no seu crescimento espiritual à ascensão para Deus.
Allan Kardec também era médium intuitivo das Esferas Superiores do Além, comandadas por Jesus para fazer chegar a este planeta de provas e expiações, na época prevista o seu Consolador.
A mediunidade não é sinal de santificação nem apresenta características divinatórias.
“A mediunidade necessita de Aprimoramento da Personalidade Mediúnica e Nobreza de Fins, Para que o Corpo Espiritual, modelando o Corpo físico e sustentando-o possa erigir- se em filtro das Esferas Superiores, facilitando a ascensão da Humanidade aos domínios da luz.
Compreendendo a verdade, é necessário renovar a nossa conceituação de médium, para que não venhamos a transformar companheiros de ideal e de lutas em oráculos e adivinhos, com esquecimento de nossos deveres na elevação própria.
Eis do que os médiuns devem compenetra-se bem, para não fazerem mau uso de suas faculdades. Os serviços que podem prestar estão na razão da boa orientação que derem às suas faculdades, pois os que seguirem o mau caminho são mais prejudiciais do que úteis à causa do Espiritismo, pelas más impressões que produzem, retardando mais de uma conversão. Terão que prestar contas do uso ilícito que fizeram das suas faculdades e que lhe foram confiadas para sua própria iluminação e de seus semelhantes.
As manifestações dos Espíritos sempre se deram em todos os tempos e em todos os lugares, mas sem o mínimo de interesse científico, sendo atribuídas umas ao “demónio” e outras aos Santos ou Anjos, Allan Kardec chegou à conclusão que ao redor de nós, em todo o mundo que nos rodeia, existe um mundo maior do que aquele que habitamos com as suas leis próprias, com os seus habitantes e em muitos graus de evolução. Muitos só veem no Espiritismo um novo meio de adivinhação e imaginam que os Espíritos existem para predizer a sorte de cada um. Os Espíritos levianos e zombeteiros não perdem ocasião de se divertir à custa dos que pensam desse modo.
O Espiritismo não é mediunismo; embora se firme nas manifestações dos Espíritos; não pode aceitar toda a espécie de mediunismo, porque existem Espíritos que não são espíritas, não possuindo qualquer conhecimento da vida real a verdadeira, são ignorantes e se vão a afinizar com médiuns da mesma categoria. Tais Espíritos tomam conta neles, como seus verdadeiros guias, arrastando esses médiuns para o campo da bruxaria, tentando em muito desprestigiar o Espiritismo.
Tais médiuns abrem campo aos maus Espíritos, impedindo a todos aqueles que queiram receber a luz que o Espiritismo lhes oferece.  
A mediunidade constitui, apenas um meio de entrar em contacto com as almas que viveram na Terra, sendo por isso os médiuns mais responsáveis, porque são os intérpretes dos Espíritos e contas darão a Deus do exercício mediúnico, posto que não venham a ser “ os cegos conduzindo outros cegos,” a que se refere o ensino evangélico.
O verdadeiro espírita jamais deixará de fazer o bem.
Lenir corações aflitos; consolar, acalmar desesperos, operar reformas morais, essa a sua missão.
E nisso encontrará satisfação real e pessoal, tornando os outros felizes.
O estudo da Doutrina Espírita deve ser uma constante na vida do médium, porque lhe oferece as bases fundamentais e reais do Espiritismo.
Uma conduta moralizada protege – o contra os Espíritos ignorantes e maldosos, que procuram embaraça - lo no desempenho de sua mediunidade, e fá – lo contar com o auxílio dos Bons Espíritos.
Obter, a assistência dos Bons Espíritos e livrar-se dos Espíritos levianos e mentirosos devem ser o objetivo dos esforços constantes de todos os médiuns. Sem isso a mediunidade é uma faculdade estéril, que pode mesmo reverter em prejuízo daquele que a possuiu, degenerando em perigosa obsessão. Antes de realizar comunicação com o mundo invisível, o médium deve preparar-se, adequadamente, através da prece e da boa conduta íntima que, em síntese, resume- se no “Orai e Vigiai”
Na segunda parte do livro dos Espíritos item 100 de Allan – Kardec em Escala Espirita, pudemos estudar a classificação dos Espíritos para melhor entendermos o grau de sua superioridade ou de sua inferioridade, porque os Espíritos pertencem a algumas classes consoante o grau do aperfeiçoamento que já tenham atingido.
Também no mesmo Livro no item 114, pudemos estudar sobre a: Progressão dos Espíritos sendo muito interessante este estudo e uma mais valia para os estudiosos da Doutrina Espírita.
As dificuldades encontradas na prática do Espiritismo, são em grande parte, devidas à ignorância das leis espirituais. Foi por isso que por misericórdia divina, Jesus enviou à Terra um dos mais iluminados dos seus discípulos – O Espírito de Verdade.
Há médiuns transviados colocando – se contra a dignidade do Espiritismo, cobrando seus trabalhos, como charlatães desnutrindo a fé cristã, fazendo ao contrário do que Jesus ensinou: “Dar de graça o que de graça recebeu”.
Apesar desses graves erros, o Espiritismo avança na sua feição de Cristianismo Redivivo, ensinando a doutrina ensinada por Jesus, sendo excluídos de suas fileiras os “ vendilhões do templo”.
Cobrar por um trabalho mediúnico é atear fogo na própria consciência, vivendo o clima de “ranger de dentes”.
Conforme acentuou Allan – Kardec, o maior adversário da mediunidade é a obsessão, e os seus antídotos eficazes são o conhecimento e a prática sadia da doutrina incorporada ao cotodiano.
A obsessão é obstáculo à correta educação da mediunidade e ao seu exercício edificante.
A mediunidade constitui abençoado meio para evitar, corrigir e sanar os processos obsessivos.
O médium, que não quer perder a assistência dos Bons Espíritos, deve trabalhar pela própria melhoria, para que a sua faculdade se desenvolva e engrandeça, abstendo – se de tudo o que possa desvia - la da sua finalidade providencial.
O Evangelho é poderoso auxiliar no desenvolvimento mediúnico. A reforma íntima  sua pedra de toque. É na oração e na humildade que o médium alcançará maiores bênçãos e refazimento espiritual.
Os factos, ou fenômenos mediúnicos remontam à mais antiga antiguidade. O apóstolo Paulo, reconhecia a prática dessas manifestações entre os cristãos primitivos ao recomendar : seguir o amor e procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente que profetizeis. “Não apagueis o Espírito não desprezeis, as profecias; julgai todas as coisas retendo o que é bom “O Apóstolo João também se referiu a manifestações espirituais, alertando-nos igualmente quanto à procedência dessas comunicações. Os doze apóstolos também eram médiuns.
Não acreditemos, pois em todos os Espíritos.
Allan Kardec ensina que o Espiritismo coloca ao alcance de todos os homens os meios práticos de identificar os Espíritos enganadores, dando aos homens os meios de distinguir os bons dos maus, lembrando as palavras de Jesus: “Reconhece-se a árvore pelos seus frutos; uma árvore boa não pode dar maus frutos e uma árvore má não pode dar bons frutos”.


Em resumo: toda a pessoa que sente num grau qualquer a influência dos Espíritos é por isso mesmo médium. Contudo, essa qualificação só se aplica às pessoas nas quais a faculdade mediúnica esteja claramente caraterizada e se traduz por efeitos patentes de uma certa intensidade, o que, então depende de uma organização mais ou menos sensitiva.
Só poderá entrar nas práticas mediúnicas quem dê provas de conhecimento Espíritas, porque prática sem conhecimento é perigoso. Perigoso, porque não sabemos distinguir os maus e muito menos os saberemos qualificar e estes por sua vez podem levar-nos à obsessão e à loucura.

Muitos só veem no Espiritismo um novo meio de adivinhação e imaginam que os Espíritos existem para predizer a sorte a cada um. Os Espíritos levianos e zombeteiros não perdem ocasião de se divertir à custa dos que pensam desse modo.
Os Espíritos vêm instruir o homem sobre o seu futuro, para conduzi – lo ao caminho do bem, e não para poupar – lhe trabalho material que lhe compete realizar neste mundo, para seu adiantamento espiritual.
Não acreditemos pois, em todos os Espíritos Allan Kardec ensina que o Espiritismo coloca ao alcance de todos os homens os meios práticos de identificar os Espíritos enganadores, dando aos homens os meios práticos de identificar os Espíritos enganadores, dando aos homens os meios de distinguir os bons dos maus através do estudo da Doutrina Espírita.
Não existem médiuns e mediunidades melhores que as outras; o que Deus espera de nós é que qualquer faculdade mediúnica seja praticada com amor. Se procuramos a felicidade vamos realça -la, com o estudo, porque o livro nobre é o professor silencioso, capaz de ajudar sempre.
A Doutrina Espirita é amor, ela é caridade, ela tem a tarefa de fazer reviver o Cristianismo, tendo os Espíritas como os novos discípulos do Senhor.
Jesus é e sempre foi a bandeira tremulante de luz que se mostra no topo do mundo.
 Foi o modelo mais perfeito para servir de modelo e guia a toda a Humanidade.
Façamos como o Apóstolo Paulo” Já não sou eu quem vive, mas o Cristo que vive em mim”.
Como sabemos, os médiuns são os intérpretes e os instrumentos dos Espíritos.
O que faz um médium fracassar: falta de análise das comunicações, leviandade, indiferença, presunção, orgulho,
 suscetibilidade, exploração, egoísmo, inveja e elogios.
O médium que reunir estas cinco virtudes pode ser qualificado de bom: seriedade, modéstia, devotamento, abnegação e caridoso.
“Quis o Senhor que a luz se fizesse para todos os homens e que a voz dos Espíritos penetrasse por toda a parte, a fim de que cada um pudesse obter a prova da imortalidade.
É com esse objetivo que os Espíritos se manifestam por toda a Terra, que a mediunidade, revelando-se entre pessoas de todas as idades e de todas as crenças, entre homens e mulheres, crianças e velhos, constitui um sinal de que os tempos chegaram.
Concluo que, para merecermos a assistência dos Bons Espíritos é necessário que nós também sejamos bons.
Estabelecendo afinidade moral com os Espíritos virtuosos, porque este é um meio de gozarmos de seus favores e as portas dos Céus se abrirão, amplas e generosas, a fim de que, por elas jorrem mensagens de luz para todos nós e para toda a humanidade.
A palma da vitória da mediunidade é o seu aprimoramento, em ser exercida com amor e praticando a Mediunidade com o nosso Divino Mestre Jesus.
                                                                  
                                  Aurinda Tavares






sábado, 14 de setembro de 2013


“RESENHA DO LIVRO DOS MEDIUNS”
As mesas girantes e falantes marcam o ponto capital da Doutrina Espírita são o seu marco inicial. Foi por seu intermédio que se puderam desvendar os mistérios do além e das Leis que governam o Mundo e os seres. Tudo começou com os fenômenos de Hydesville no Estado de Nova Iorque, na residência onde habitava parte de uma família de sobre nome Fox, composta pelo pai, a mãe e duas filhas, Margaret, de 14, e Kate, de 11.
Por vários dias se ouviram ruídos estranhos na casa dos Fox, quer por simples batidas, ou arranhaduras, outras vezes soavam como o arrastar de móveis. As meninas ficaram muito assustadas com estes casos insólitos que iam dormir no quarto dos pais. Na noite do dia 31 de março de 1848, num impulso corajoso, a menina Kate, desafiou aquela força invisível a repetir as batidas com os dedos, sendo esse desafio aceite. Estabeleceu – se logo um código baseado no número de batidas; por exemplo, uma batida equivalia a SIM, duas a NÃO, e assim por diante… Aquela estranha inteligência invisível disse então que era um espírito e que tinha sido assassinado naquela casa. Indicou o nome do antigo inquilino que o matara, por questões de dinheiro, enterrando o seu corpo numa adega, a grande profundidade. Alguns vizinhos foram chamados para presenciarem o tão estranho fenômeno, uns ficaram maravilhados, outros apavorados. Um dos presentes sugeriu então o uso de letras do alfabeto para formação de palavras, convencionando determinado número de pancadas para cada letra.
Essa telegrafia espiritual facilitou a comunicação e passou a ser utilizada com muito êxito, dando origem às comunicações vindas do além para os humanos. E desta forma, começariam os relatos espirituais, vindos do além, com o concurso de muitos mediuns sérios e com credibilidade espalhados pelo mundo inteiro. Após a vulgarização dos fenômenos de “mesas girantes” através de toda a Europa, por volta de 1854, Kardec foi convidado por amigos a presenciar o fenômeno, quando as “mesas” começaram a responder a perguntas”. Foi o início da missão de Kardec como Codificador da Doutrina Espírita. Indagado sobre a sua identidade,” O ser inteligente que manipulava as mesas denominou – se como sendo “espíritos de luz”, dizendo que era chegada a hora de fazer novas revelações à humanidade sofrida, dando continuidade aos ensinamentos de Jesus. E assim o fenômeno das mesas girantes deixou de ser brincadeira, e passou a ser levado com seriedade, rigor e respeito, porque estávamos perante um fenômeno muito sério. As mesas foram substituídas por pranchetas e lápis, e a tiptologia deu lugar à nascente psicografia. Tiptologia é um tipo de comunicação que utiliza um certo número de batidas, em correspondências letras do alfabeto, mais ou menos como no código Morse. Psicografia é a escrita ditada por um espírito através de um médium. Difere da inspiração, porque nesta o médium está plenamente consciente e é co – autor do texto, enquanto a escrita psicografada é mais ou menos mecânica, às vezes abordando temas completamente desconhecidos do médium ou completamente acima do seu nível de escolaridade, ou, até mesmo, em idiomas desconhecidos do médium.
 A Allan kardec estava reservada tão nobre missão de ser ele o Codificador da Doutrina dos Espíritos. Os Espíritos não são, como supõem muitas pessoas uma classe à parte na criação, porém as almas despidas do seu invólucro corporal, daqueles que viveram na Terra, ou em outros mundos. Negar os Espíritos é negar a alma; eles não são como alguns acreditam, seres vagos indefinidos, nem chamas semelhantes a fogos – fátuos como os pintam nos contos das almas do outro mundo. São seres nossos semelhantes tendo como nós um corpo fluídico e invisível e tangível nas aparições.
As manifestações dos Espíritos, na maior parte das vezes, é para nos provar que a vida continua após a morte do corpo físico e para orientar as pessoas no caminho da verdade. Até Kardec, o sistema era desconhecido, porque : 1º O homem preferia aceitar o mistério; 2º não teria atingido a maturidade, para compreender. Em qualquer dos casos, as manifestações sempre se deram, sem um mínimo de interesse científico, sendo atribuídas umas ao “Demónio”e outras aos Santos ou Anjos. As conclusões de Allan Kardec é que não há manifestações angélicas nem diabólicas, mas que ao redor de nós, em todo o mundo que nos rodeia, existe um mundo maior do que aquele que habitamos com as suas leis próprias, com os seus habitantes em variadíssimos graus de evolução. Que ninguém se muda do que é, somente por ter passado para a vida espiritual, nada anda à deriva no nosso planeta. Há um Deus que governa os Mundos e toda a sua criação, os seres e todas as coisas. Jesus é também o Mentor da Terra, o nosso Embaixador Celeste, o responsável pela directoria e governação do nosso planeta e de toda a humanidade. Antes de partir para o Pai, prometeu – nos que enviaria outro Consolador -  O  Espírito de Verdade para que ficasse eternamente connosco. Os Espíritos Superiores, também são os ministros de Deus, os seus mensageiros divinos, os cooperadores celestiais que ajudam na manutenção e no equilíbrio da Obra Divina. Todo o Universo é, regido por leis que ainda desconhecemos e só à medida que a humanidade for crescendo moralmente, intelectualmente e espiritualmente, é que, vai entrando no conhecimento dessas mesmas maravilhosas leis. E quando a humanidade está pronta para subir mais um degrau na escala da sua evolução, Deus tem os Espíritos em variadíssimos graus de evolução em que lhe são atribuídas missões específicas e que de acordo ao grau de sua superioridade, ou inferioridade eles executam tarefas que lhe cumpre realizar para ajudarem ao avanço da Humanidade. Todos os Espíritos desde os inferiores aos Superiores cooperam na Obra Majestosa de Deus. Desde os mais perfeitos aos mais imperfeitos todos têm tarefas, para cumprir e todos em seu conjunto, contribuem para o engrandecimento e Harmonia Universal. Nunca, e jamais, em circunstância alguma, alguém pense estar completamente só, porque ao nosso redor, há sempre uma multidão de Espíritos que nos veem, nos vigiam, nos acotovelam e nos observam. Ninguém pense que no final da sua existência corpórea tudo está terminado. Sim, o seu corpo será sepultado, volvendo ao pó, mas sua alma está mais viva do que nunca. Ela se desprenderá de seu corpo carnal, molécula, por molécula, para ressurgir no Mundo dos Espíritos. Passando lá a viver na condição de Espírito desencarnado, até que prepare nova reencarnação.
“Ninguém poderá ver o reino de Deus se não nascer de novo”. O que é nascido da carne é carne e o que é nascido do Espírito é Espírito”. O Espírito sopra onde quer; ouves – lhe a sua voz, mas não sabes donde ele vem, nem para onde ele vai. (Evangelho segundo o Espiritismo).
O Espírito tem que fazer a sua evolução    encarnando e desencarnando em mundos materiais e em novos corpos carnais,  foi por isso que Jesus disse a Nicodemos “Em verdade , em verdade, digo – te: Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo.” Sendo – lhes concedidas por Deus as reencarnações necessárias para seu progresso, sua evolução e seu aprendizado. Para que todos os filhos de Deus, mas todos, sem exceção, possam chegar à angelitude, que é o estado dos Espíritos Puros, ou, Bem – Aventurados. Os Espíritos inimigos do bem e da luz voltarão ao palco terreno, para se harmonizarem também com as leis justas e sábias do seu Criador. Ninguém é deserdado da misericórdia  divina. Todos os espíritos que sofrem ou, sofreram suas quedas nas presentes ou anteriores reencarnações têm sempre novas oportunidades de resgate para puderem evoluir. Quedas e ascensão fazem parte da evolução de todos os Espíritos e ninguém, ficará deserdado da suprema felicidade e de gozar das Bem – Aventuranças  Eternas.– Os espíritos culpados terão que se ajustar às leis do Amor, do Perdão, da Fraternidade e da Solidariedade. O Espírito, que prejudicou a seu irmão, expiará todo o seu passado culposo, através da expiação e da reparação das faltas que tenha cometido. Se foi duro, desumano, criminoso, se praticou na terra desvarios, ou qualquer tipo de crimes, se teve na Terra uma vida de deboche, os remorsos não o deixarão em paz. Tendo que voltar novamente às lides terrenas para expiar e reparar os erros que praticou. Encarnando e desencarnando as vezes necessárias, até pagar tudo centil por centil. E só dessa forma apagará todos os vestígios de suas faltas que praticou, através de novos esforços, novas lutas, penosos sofrimentos e da reparação das suas faltas. É da Lei, a sementeira é livre, mas a colheita é obrigatória. Toda infração cometida à Lei Divina terá que ser reparada na sua balança, é nisto que consiste a Justiça Divina. Jesus não quer que nenhuma das suas ovelhas se perca e a todas quer juntar ao seu redil.
Valorizemos o trabalho sobre – humano de Allan Kardec, exaltando na Mediunidade, no trabalho, o esforço dos médiuns e dos Espíritos tudo quanto serviu de instrumentalização para puder surgir a Revelação Espírita, a inesquecível promessa de Jesus, de que enviaria o Consolador para que “todo que n “Ele creia não pereça, mas tenha a vida "Eterna".
“O livro dos médiuns” é uma das cinco obras que constituem a Codificação da Doutrina Espírita”.
Este Livro reúne o ensino dos Espíritos, a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o mundo invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os tropeços que se podem encontrar na prática do Espiritismo.”Este livro é o prolongamento do Livro dos Espíritos. Para bem se compreender o Livro dos Médiuns é necessário estudar – se o Livro dos Espíritos. Estes livros são livros científicos e uma preciosa aquisição para qualquer pessoa indagadora da verdade e possuidora da faculdade mediúnica.
Os homens sendo parte integrante do intercâmbio entre os dois planos da vida - o material - e o – espiritual – o     melhor que têm a fazer é conhecerem bem os mecanismos desse relacionamento.
“O Livro dos Médiuns” é o guia mais seguro para todos os que se dedicam ao estudo do Espiritismo.
Não se pode fazer um curso de Espiritismo à nossa maneira, ou que nos agrade a nosso belo prazer. Não, para passatempo, divertimento, distração, ou comércio e não se pode explorar a faculdade mediúnica, usando – a como seu ganha - pão. Cada um que se esforce honestamente em ganhar o seu pão de cada dia, segundo a sua profissão e nunca pelas vias da mediunidade.
 Pessoas existem que exploram a mediunidade. São os falsos médiuns – os charlatães, que usam a mediunidade como curandeiros, cobrando um tanto por consulta. Entre esses também estão incluídos aqueles que dizem: é o que queiram dar! Isso também é uma forma de pagamento e que às vezes é ainda mais vantajosa! Como quer que seja, de uma forma ou de outra, isso é enganar as pessoas e é desviar o Espiritismo do seu objetivo providencial, desvirtuando o próprio Espiritismo. Contas lhes serão pedidas no mundo dos Espíritos pelo desvio que fizeram da sua faculdade mediúnica, explorando e enganando o próximo.
Além do mais esses pressupostos médiuns só atrairão para junto de si Espíritos zombeteiros, enganadores e mistificadores. Quando a mediunidade é desviada para fins lucrativos os Espíritos elevados, não os assistem e deixam - nos à mercê dos Espíritos levianos, mentirosos e maus. Resultando para esses médiuns em obsessões muito graves, possessões e subjugações de difícil cura na presente existência. Transportando dessa forma para o mundo espiritual muitos sofrimentos, porque os Espíritos que de si tiverem queixa se vão fazer pagar do mal que lhes houverem causado. É preciso que nos saibamos conduzir e orientar nesta vida, optando por uma vida sadia, também por uma conduta séria, uma vida honrada e praticantes da Caridade e do amor próximo, para que nós nos possamos livrar dos Espíritos maus, porque eles só se comprazem no mal e só o nosso mal querem, sendo – lhes um gozo verem – nos sucumbir.
  Jesus disse:” Dai de graça o que de graça recebeste “. Ora se a mediunidade nos foi dada de graça, de graça a, temos que pôr ao serviço da humanidade dentro dos templos espíritas.
Como sabemos, os médiuns são os intérpretes e os instrumentos dos Espíritos.
“Quis o Senhor que a luz se fizesse para todos os homens e que a voz dos Espíritos penetrasse por toda a parte, a fim de cada um pudesse obter a prova da imortalidade. É com esse objetivo que os Espíritos se manifestam por toda a Terra, que a mediunidade, revelando – se entre as pessoas de todas as idades e de todas crenças, entre homens e mulheres, crianças e velhos, constitui um sinal de que os tempos chegaram.
Foi através de grandes investigações científicas que Allan Kardec descobriu a filosofia da Verdade, à qual deu o nome de Espiritismo, por ser a Doutrina dos Espíritos de escol.
Nas suas investigações ele concluiu que o Espiritismo assentava numa trilogia com base na Ciência, na Filosofia e na Religião.
Como Ciência, ele trata da natureza, origem e destinação dos Espíritos e da sua comunicação com os encarnados.
Como filosofia, é uma doutrina infalível, por não ser dos humanos, mas sim a Doutrina do Cristo, trazida pelos Espíritos.
E como Religião, não há superior, porque é o Amor. O Espiritismo ensina todas as coisas que Jesus há dois mil anos nos deixou como ensinamentos, desmistificando tudo quanto o Cristo disse por parábolas e alegorias. O Espiritismo é o Cristianismo Redivivo, hoje revivido nos Templos Espíritas como o reviveram  os primeiros cristãos. Portanto ser - se Espírita é ser - se verdadeiro cristão,discípulo de Cristo.Cristão,é também  todo aquele que procura seguir os exemplos de Jesus e os procura praticar como nos ensina o seu Evangelho.  
O médium verdadeiro é aquele que trabalha sem interesse de receber qualquer tipo de recompensa. Aceitando o dom que Deus lhe confiou sem esperar algo em troca, dando de graça o que de graça recebeu, ou seja o Dom de Curar através da MEDIUNIDADE.
                                        

                                        Aurinda Tavares

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

“RESENHA DO LIVRO DOS ESPÍRITOS”
Os acontecimentos de Hydesville  reper cutiram  em toda  a Europa, despertando as consciências e ao lado dos fenômenos das “mesas girantes”se  preparou o Advento do Espiritismo.
Foram as mesas girantes, e depois falantes que chamaram a atenção do Professor Hippolyt Léon Denizard Rivail para os fenômenos espíritas.
Antes de Allan Kardec conhecer os fenômenos espíritas, estes pertenciam às brincadeiras de salão por pessoas cultas, porque os fenômenos de Hydesville tiveram grande repercussão e a afluência de curiosos foi tamanha que a família Fox mudou - se para Nova Iorque, onde deu continuidade às sessões públicas. Em pouco tempo, na Europa, os fenômenos espirituais passaram a fazer parte dos “jogos e folguedos de salão” comuns na época em que não havia entretenimentos como os de hoje. Nesses jogos as pessoas se divertiam fazendo perguntas aos espíritos e recebendo respostas através de códigos estabelecidos, baseados em pancadas que eram dadas por uma mesinha de três pés que se levantava e batia no chão com os dois pés. Allan kardec resolveu pesquisar e estudar tão estranho fenômeno, para si, visando desmascarar a fraude, pois achava que se tratava de burla. Começava então a missão de Kardec, como Codificador e Pai do Espiritismo, era aquele renascimento espiritual, de que Jesus falava a Nicodemos; era a profecia do Nazareno reportada no versículo 26, sobre "aquele” a quem o Pai enviará em meu nome e que ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenha dito.” E assim desta forma em 1857, raiou para o Mundo: O Livro dos Espíritos. Ele é a pedra fundamental do Espiritismo, o seu marco inicial. O Espiritismo é portanto completo em sua doutrina, porque como ciência, nos prova que a vida é eterna, apenas transcorrendo em planos diferentes, sendo o espiritual a nossa verdadeira pátria como filosofia, nos explica o mecanismo da Evolução e as leis que regulam as relações das almas, no seu eterno caminhar para Deus; sujeitas a reencarnações periódicas; como a Religião natural, ilumina o nosso comportamento no mundo das formas físicas, aumentando o nosso discernimento do bem e do mal e mostrando a nossa responsabilidade na escolha dos caminhos que seguimos, para atingirmos os objetivos da Criação e a felicidade, com a perfeição moral.
 O Livro dos Espíritos, veio assim, por uma imposição das leis da Natureza e os Espíritos são as grandes vozes do Céu, os embaixadores celestes, os incumbidos de fazer com que a humanidade avance mais depressa, no caminho para Jesus. Jesus disse : “Eu sou o Caminho a Verdade e a Vida, ninguém vai ao Pai senão por mim”. Temos então Jesus, como sendo a Porta e Allan – Kardec como sendo a Chave que desvendou os mistérios do após- morte, até então pelo homem ignorados. O Espiritismo sempre existiu. Os Espíritos também, mas só com Allan - Kardec é que, os fenômenos espíritas entraram no domínio das ciências. Foi Allan – Kardec quem o codificou. Os factos mediúnicos remontam à mais antiga antiguidade, sendo tão velhos quanto o nosso mundo. A História está pontilhada desses fenômenos. A obra da codificação não ficaria completa sem o seguimento do Livro dos Médiuns. Este livro é o seguimento do Livro dos Espíritos. Sem ainda! O Evangelho Segundo o Espiritismo que reúne as mais belas e consoladoras mensagens que os espíritos enviaram à Terra. Nele está explicado o Evangelho de Jesus em toda a sua pureza. O livro: O Céu e o Inferno ou a Justiça Divina segundo o Espiritismo, lendo – o ficaremos sabendo quais são os castigos e as recompensas futuras e a situação dos Espíritos no mundo espiritual. A Gênese, Os Milagres e as Predições. Neste livro  Allan Kardec nos explica cientificamente a formação da Terra, o que são os milagres e as profecias e várias leis que regem o Universo.
Das formas inconclusivas e aterradoras da Bíblia, passamos ao equilíbrio clássico do Evangelho, e deste à libertação espiritual de “ O Livro dos Espíritos”. A Bíblia é a síntese da antiguidade e Livro dos Espíritos a do mundo moderno; que abriu o diálogo entre os dois planos da vida para ser dado o recado de Jesus com toda a sua fidelidade. O Espiritismo veio ao mundo nos tempos marcados pela Previdência Divina. Surgindo então no Mundo uma nova e intensa Luz vinda do Alto para iluminar todas as almas e consolar os corações dilacerados pela dor no campo das obsessões, com a finalidade de nos instruir, esclarecer e de nos reencaminhar para o seio “Daquele” que nos criou por Amor e que por Amor quer que a “ELE”.” Retornemos “Deus.” Allan Kardec foi o emissário do Cristo, o escolhido, pelas Altas Esferas Celestes com o destino a influir poderosamente nos destinos da humanidade.
À Ciência Espírita, poderemos chamar filosofia da verdade, dado que foi o Espírito da Verdade, que numa grandiosa missão divina, veio esclarecer, à base de razão e da lógica, aquilo que as religiões estabeleceram através de dogmas, preconceitos e sistemas. Os Espíritos Superiores sempre tiveram no mundo a importante tarefa de resguardar os preceitos do Príncipe da Paz. Usaram os meios que julgaram convenientes, até que o Espírito de Verdade se revelasse pela revivência do pergaminho divino.
E de tempos em tempos enviam ao nosso Planeta equipes de Espíritos Superiores, para que o Evangelho seja pregado à altura do entendimento dos povos e para que as ideias do Mestre não desapareçam.
Allan Kardec foi a carta do Mestre no envelope de seu corpo, endereçada aos homens de boa – vontade que fossem capazes de a reter e de a fazer expandir pelos quatro cantos do Mundo.
Eis que a lei da reencarnação se faz presente mostrando a eternidade da alma, que volta às lides da Terra quantas vezes forem necessárias.
 O Espiritismo é o Cristianismo Redivivo, revivido hoje nos tempos modernos pelos primitivos cristãos. Repousa sobre as bases fundamentais da religião e respeita todas as crenças, incute sentimentos religiosos nos que os não possuem, fortalece aqueles que os que tenham vacilantes.
Até à publicação das Obras de Allan – Kardec, os problemas espirituais eram tratados de maneira empírica ou apenas imaginosa. Com ela, o espírito e seus problemas saíram do terreno da abstração, para se tornarem acessíveis à investigação racional, e até mesmo à pesquisa experimental. O sobrenatural tornou-se natural. Tudo se reduziu a uma questão de conhecimentos das leis que regem o Universo.

A Doutrina Espírita como ciência estuda a natureza, origem e destinação dos Espíritos e a sua comunicação com os homens na terra.
Kardec na Introdução ao estudo da Doutrina Espírita no capítulo 1,assim se expressa: Para se designarem coisas novas são precisos termos novos. Antes de Allan Kardec, o termo: espiritismo  não existia, Allan kardec , foi quem o apadrinhou, portanto,  passando a ser conhecido mundialmente por Espiritismo, ou Doutrina Espírita.
O livro dos Espíritos é dividido em quatro partes. Contém uma série enorme de capítulos com vastíssima matéria em que Allan Kardec formula 1019 perguntas, para obter dos respetivos Espíritos outras tantas respostas, acompanhadas algumas de mensagens esclarecedoras por parte dos Espíritos e muitos comentários do próprio Codificador. Nessas 1019 respostas espirituais, os conceitos são grandiosos, para fazer do Espiritismo uma filosofia infalível, aquela fé que desafia a razão em todas as épocas da humanidade. Na conclusão, capítulo 6, se afirma (afirmação de Santo Agostinho: Falsíssima ideia formaria do Espiritismo quem julgasse que a sua força lhe vem da prática das manifestações materiais e que, portanto abstendo – se a tais manifestações, se lhe terá minado a base.
Assim todo o indivíduo que se integre no conhecimento de O Livro dos Espíritos,” aceita os fenômenos quando eles surgem e eles servirão para fortalecer a sua crença e a sua fé, não necessita de ver para crer porque compreendeu toda uma estrutura da grande síntese do Universo.
Muita paz, meus amigos e muita Luz.
Que Jesus a todos guie e ilumine.
                                         Aurinda Tavares

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

“BIOGRAFIA DE ALLAn KARDEC”
A três de Outubro de I804, na cidade de Lião França na casa do magistrado Jean Baptista nasceu Hippolyte León Denizard Rivail, aquele que se celebrizaria sob o pseudônimo de Allan Kardec.
Descendia de antiga família lionesa, católica, de nobres tradições.
Realizou os seus primeiros estudos em Lião ( França) . Após a instrução primária foi mandado para Yverdun na Suíça para o colégio de Pestallozzi. Concluídos os seus estudos, voltou para a França, conhecendo a fundo muitas línguas. Desde cedo tornou – se um dos mais iminentes discípulos de Pestallozzi, um colaborador inteligente e dedicado, que exerceria, mais tarde, grande influência sobre o ensino da França. O instituto desse abalizado mestre era um dos mais famosos e respeitados em toda a Europa, reputado como escola modelo, por onde passaram sábios escritores do Velho Continente.
Tornou – se conceituado Mestre não só em letras como em ciências, distinguindo - se como notável pedagogo e divulgador do Método Pestalloziano. Foram seus pais Jean-Baptista António Rivail, homem de leis, juiz e Jeanne Louise Duhamel. Contraiu matrimónio com a professora Amélia Gabrielle Boudet, culta, inteligente, autora de livros didáticos. Conquistando uma preciosa colaboradora para a sua atuação missionária. Quando completou os seus estudos, tinha adquirido uma sólida formação moral e científica e dominava várias línguas, entre elas o inglês o italiano, o espanhol, o holandês o alemão, pelo que traduzia para esta língua Tratados de Educação e de Moral, não contando com a sua  língua  pátria.
Era também conhecido como homem probo e honesto, de uma moral irrepreensível.
Após a sua instrução primária, seu pai, Jean Baptiste Rivaill encaminhou Hippolyte León Denizard Rivail para Iverdum, na Suíça, a fim de estudar pelos métodos mais modernos de então, no colégio de ensino filantrópico dirigido pelo grande pedagogo de então, Pestalozzi. Rivaill era de tal modo aplicado que se tornou discípulo dileto do seu mestre, que lhe confiava a orientação do colégio na sua ausência, apenas com 14 anos de idade, idade em que já possuía o bacharelato, tal a sua aplicação e qualidades que lhe ornamentavam a sua personalidade. Não se sabe a data certa em que deixou yverdon e regressou para França, mas em Janeiro de 1823 vamos encontrá-lo a viver em Paris, na rue de la Harpe. No final deste mesmo ano, em 6 de Dezembro de 1823, foi lançada a sua primeira obra: “Curso Prático  e Teórico  de Aritmética”, Volumes 1 e 2. Este livro teve um sucesso imediato , tendo tido duas edições em 1824 e continuando a ser editado até 1876! Com apenas 18 anos, o jovem professor começava a pôr em prática a sua vocação para o ensino…
Em 1825, com 21anos, é Director da “Escola de Primeiro Grau “, onde segue os métodos de ensino do seu mestre, Pestalozzi. Possuidor do título de “Professor” e de “ Director de Escola” concedidos pela Academia de Paris, Hippolyte-Léon-Dénizard Rivail estava autorizado pelo Ministro da Instrução Pública a fundar e dirigir escolas, pensionatos e institutos. Assim, em 1826,fundou o Instituto Técnico Rivail, estruturado também no método proposto por Pestalozzi. Este instituto foi criado com o apoio financeiro de um dos seus tios maternos, com o qual constituiu uma sociedade, e situava – se na rue de Sèvres, nº35. Uma das melhores artérias da Paris daquela época.
Hippolyte-Léon-Dénizard Rivail publicou numerosos  trabalhos didáticos, entre os quais se salientam os seguintes, publicados em 1831: “Memória Sobre  a Instrução Pública”;”Gramática Francesa Clássica (de acordo com o novo plano )”, e, ainda um estudo sobre a reforma dos estudos clássicos, intitulado “Qual o sistema de Estudo que mais se Ajusta ás Necessidades da Época?”. Este estudo ganhou o concurso lançado pela Real Academia de Ciências de Arras (França).
No ano de 1831 conheceu aquela que seria a sua futura companheira e principal colaboradora, a Professora de Letras e de Belas Artes, Amélie- Gabrielle Boudet. Casam em 9 de Fevereiro de 1832, vão viver para a rue de Sévres, nº35, local onde também funcionava o seu Instituto de Educação que, infelizmente, teve de fechar as suas portas em 1834, porque o seu tio sócio capitalista se viu obrigado a pedir – lhe a sua parte em dinheiro, a fim de pagar as dívidas que tinha contraído nas mesas de jogo. Como o Prof. Rivail não tinha o montante necessário, em dinheiro, para lhe comprar a sua parte na sociedade, teve que pôr à venda o Instituto para poder pagar a seu tio a quantia que este investira.
Entre 1835 e 1840 organizou em sua casa cursos grátis ( para alunos pobres)de Física, Química Anatomia Comparada e Astronomia. Em 1848 publicou o “Catecismo Gramatical da Língua Francesa” e em 1849, vamos encontrá-lo a lecionar, no Liceu Polimático, as cadeiras de Fisiologia, Astronomia, Física e Química. E por tudo aquilo que se aqui se encontra expresso, pudemos desde já concluir, que  muito antes de se ter imortalizado com o pseudónimo de Allan Kardec, o professor Rivaill ,era já um erudito muito conhecido e respeitado, e com numerosas obras publicadas, todas tendo por base a Educação, ou a ela destinadas.
Ao término de suas longas atividades e experiências pedagógicas, o Professor Hippolyte estava preparado para outra tarefa, a Codificação do Espiritismo. Mantinha-se sempre a par de todas as inovações científicas, contactando com as maiores sumidades do seu tempo, e foi nesses contactos,  que  em 1854 ouviu falar pela primeira vez em mesas falantes e dançantes ao Sr. Fortier, mais ainda  informou o Sr. Fortier : a mesa não só gira à nossa vontade como também pode falar e responder às nossas perguntas. A esse tempo já o magnetismo observado por Mesmer tinha muitíssimos adeptos.
Também  em determinada ocasião quando se encontrou com o Sr. Fortier, magnetizador que já havia algum  tempo que o conhecia e que  ao falar-lhe com certo entusiasmo, na possibilidade que o magnetismo tinha de fazer as mesas girar à volta do magnetizador e, mais ainda, a mesa não só gira  segundo a nossa vontade como também fala e responde às perguntas que lhe queiramos fazer.
Rivaill afirmou perante esta informação que aceitaria que a mesa impulsionada por uma força magnética poderia movimentar-se ; disso já os jornais tinham falado de experiências realizadas em Nantes e em Marselha mas, quanto a elas falarem, “só acreditarei se vir ou se me provarem que a mesa tem cérebro para pensar, nervos para sentir e que assim se possa tornar sonâmbula.
Enquanto isso não for provado não deixarei de considerar esse  assunto uma das muitas histórias fabulosas”. “ E eu acrescento: da carochinha”!!! E Allan kardec a exemplo de S.Tomé quis ver para crer para se certificar da verdade.

Em 1855 encontra-se com um amigo, o Sr. Carloti, que lhe fala, pela primeira vez, na comunicação dos Espíritos. Nesse mesmo ano aceitou o convite para assistir  a essas manifestações em casa da Srª Plainemaison, onde o Dr.Rivaill, obteve as maiores provas de que ao nosso derredor existe um mundo nunca até então explorado, o mundo dos Espíritos, e finalmente, a mesa não dava manifestações inteligentes mas servia de instrumento à receção de mensagens inteligentes por pessoas que tinham vivido na Terra e que passaram a viver num mundo para nós desconhecido. O Dr. Rivaill, sendo pessoa orientada sob bases científicas, afirmou que todo o efeito inteligente tem de ter necessariamente uma causa inteligente e com todo o entusiasmo da sua juventude, dedicou-se ao estudo desses fenômenos, e dentre os espíritos que até ali se manifestavam houvera um que lhe disse terem sido companheiros como sacerdotes druídas e que o seu nome nessa época era Allan Kardec. Foi a partir desta revelação que o Dr. Rivaill cedeu o lugar ao Espírito de Allan Kardec, reencarnado para fazer as suas pesquisas com os médiuns  Caroline, Julie Boudin Japhete e outros, muitíssimos, que lhe deram oportunidade de estudar e conseguir as provas mais concludentes e inegáveis da existência dos Espíritos no mundo dos Espíritos que nos rodeia. Assim , é agora o Sr. Allan Kardec que, entusiasmado com a nova revelação que lhe surgia, confabulou com Espíritos de todas as classes morais e intelectuais, pondo – se em contacto com todo o mundo, de onde recebia testemunhos extraordinários de manifestações sérias . E a sua fama de investigador ultrapassava todas as fronteiras, de onde recebia mensagens de estímulo e de congratulação. Com todo o material que ia recebendo e com as suas próprias investigações em ambientes fidelíssimos , propôs – se a compilar elementos e, a 18 de Abril 1857, lança os fundamentos de uma nova revelação, através do livro básico da Doutrina Espírita :”O Livro dos Espíritos ", supervisionado e revisto pelos Espíritos Superiores:
São João Evangelista, Santo Agostinho, São Vicente de Paulo , São Luís, O Espírito da Verdade, Sócrates, Platão,  Fénelon, Franklin, Swedenborg, etc., etc.
Com “O Livro dos Espíritos” surge pela primeira vez no mundo das letras o nome de Allan Kardec, que depois de fundar a Revista de Espiritismo (Revue Spirite) em 1858, através da qual ele deu largas à expansão do Espiritismo  analítico . O Livro dos Espíritos , trata da parte filosófica do Espiritismo sendo, por isso a obra onde estão contidos os seus princípios fundamentais . E por ser o seu alicerce básico, irá desdobrar – noutros quatros livros que, juntamente com ele, formam a espinha dorsal da Doutrina Espírita, conhecida como a Codificação ou O Pentateuco Espírita: O Livro dos Médiuns( publicado em Janeiro de 1861) que estuda a mediunidade e trata , portanto, da parte experimental  e científica do Espiritismo ; O Evangelho Segundo o Espiritismo (lançado em Abril de 1864) que preconiza a transformação  moral do homem, com  base nos ensinamentos e exemplos de Jesus . Trata da parte moral da Doutrina e é um livro que devemos ter à cabeceira para ler e meditar diariamente; O Céu e o Inferno (publicado em Agosto de 1865), que trata dos castigos e das recompensas futuras e, ainda, da situação dos espíritos no mundo espiritual; e finalmente, A Génese (saído em Janeiro de 1868), que trata também da parte científica, esclarecendo-nos sobre a formação da Terra, explica- nos também, o que são os milagres, as profecias, e algumas das Leis que regem o Universo.
Além das cinco Obras Básicas: O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo O Espiritismo,  O Céu e o Inferno e a Génese, Allan Kardec  ainda escreveu dois livros relacionados com a Codificação Espírita, são eles : O Principiante Espírita, O que é o Espiritismo e a Prece.
Allan Kardec sentindo a necessidade Imperiosa em que os diversos grupos Espíritas pudessem trocar informações  e receberem instruções, ou respostas às suas dúvidas pensou melhor sobre este assunto, de tanta importância capital que,  consultou  a Espiritualidade Superior através da médium Sra. Ermance Dufaux. E em 1 de Janeiro de 1858 lançou também o primeiro número da publicação mensal Revista Espírita em que a partir dessa data passou a sair regularmente até ao momento em que foi chamado para a Pátria Celestial.
Em 10 de Abril de 1858, Allan Kardec fundou também a primeira Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas. Tinha então sido criado o primeiro Centro Espírita. Contava 64 anos quando desencarnou, sendo enterrado no cemitério de Montmartre (Paris) sendo acompanhado funebremente por mais de mil pessoas! Em 31 de Março de 1870, os seus restos mortais foram transladados para o famoso cemitério Père Lâchaise (também em Paris), onde ainda permanecem sob um monumento em forma de dólmen ( lembrando a sua encarnação de druída, em que teve o nome de Allan Kardec), tendo no centro a sua efígie em bronze. Na frontaria, está esculpida uma frase sua, provavelmente a que melhor sintetiza a sua mensagem ao mundo : NASCER, MORRER, VOLTAR A NASCER E PROGREDIR SEMPRE ; É ESTA A LEI.
Em 1890, e com autorização da sua viúva, foi publicado o Livro Obras  Póstumas. Neste livro encontraremos a sua biografia, numerosos apontamentos de diálogos mantidos com os Espíritos que faziam parte da legião do Espírito da Verdade, e ainda outros importantes documentos.
Allan- Kardec foi um emissário do Cristo com o destino a influir poderosamente nos destinos de toda a humanidade. E assim se cumpria a promessa de  Jesus sob o nome do Consolador  prometido pelo Cristo, que antes de partir para o Pai disse a seus discípulos:” não vos deixarei ficar  órfãos “. Enviarei outo Consolador O ESPÍRITO DA VERDADE para que possa ficar eternamente convosco: “JESUS”.



         
                                                                                   AURINDA TAVARES