PORQUE FICAMOS DOENTES

"PORQUE FICAMOS DOENTES"

 Segundo a Organização Mundial de Saúde: “A saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não meramente ausência de doenças ou enfermidades.

Ao analisar-se a saúde somos constrangidos a avaliarem-se as doenças, inerentes a cada um de nós, por ainda sermos seres em evolução.

Todas as doenças se originam do espírito. As doenças que não têm origem nesta vida têm a sua origem nas reencarnações passadas.

Há pessoas que não aceitam esse facto, outras que só aceitam parcialmente, mas não fugiremos ao imperativo das leis universais e à sua constatação. O corpo físico é reflexo do corpo astral (ou perispírito) e qualquer anomalia registada no perispírito se manifestará em nosso corpo físico na nossa presente reencarnação, ou mesmo em reencarnações futuras.

O perispírito é o segundo envoltório do nosso Espírito que sobrevive à destruição e à morte do corpo físico. O Espírito tem dois invólucros: um subtil e leve, chamado “perispírito” outro grosseiro material e pesado, que chamamos corpo”.

 A vida do Espírito é eterna; a do corpo é transitória e passageira.

O Espírito nas suas reencarnações terá sempre que se revestir de um corpo material, apropriado às suas necessidades perispirituais e às suas necessidades evolutivas. A evolução dos seres nunca se fará numa única reencarnação, portanto todos nós contamos múltiplas existências.

Os Espíritos Superiores ampliam o nosso entendimento acerca de assuntos tão pertinentes:

*”A saúde, na essência, é harmonia de vibrações.”

*” A saúde é questão de equilíbrio vibracional, de conformação de frequências.

Enquanto que na Terra essa problemática implica numa equação de vários parâmetros, tais sejam a respiração, as actividades diárias, o banho e o alimento. Contudo em abono da verdade tem que se dizer que as raízes morais e a reforma íntima, são factores da maior importância, não somente na vida normal do ser, mas principalmente e muito em particular, nas horas mais conturbadas do homem.

*”A saúde é um objectivo maior do homem, a se confundir com a felicidade.

*” Quantas enfermidades pomposamente batizadas pela ciência não passam de estados vibratórios da mente em desequilíbrio?”

*” A doença sempre constitui fantasma terrível no corpo humano, qual se a carne fosse tocada de maldição; entretanto, podemos afiançar que o número de enfermidades, essencialmente orgânicas, sem interferências psíquicas, é positivamente diminuto.”

*”As enfermidades congénitas são na realidade reflexos da posição infeliz a que nos conduzimos no pretérito próximo, reclamando-nos a internação na esfera física, às vezes, por prazo curto, para tratamento da desarmonia interior em que fomos comprometidos.”

*”A doença, como resultante de desequilíbrio moral, sobrevive no perispírito, alimentada pelos pensamentos que a geraram, quando esses pensamentos persistem ainda mesmo depois da morte do corpo físico.”

*”O comprimido ajuda, a injeção melhora, entretanto, nunca nos esqueçamos de que os verdadeiros males procedem do coração”.

*”A carne enfermiça é remédio salvador para o espírito envenenado. Sem o bendito aguilhão da enfermidade é quase impossível tanger o rebanho humano do lodaçal da Terra para as culminâncias do Paraíso.”

*”Quase todas as moléstias rotineiras são doenças da ideia, centralizadas em coagulações de impulsos mentais, e somente ideias renovadoras representam remédio decisivo.

Ensina-nos a Doutrina Espírita que toda a humanidade está a caminho do seu encontro com a Divindade Criadora: Deus, O nosso Criador e Pai. Que a todos os Espíritos criou simples e ignorantes para que  nos instruamos nas lutas e nas tribulações da vida corporal.

Deus nos impõe a reencarnação com o fim de nos fazer avançar e de nos fazer chegar à suprema perfeição que é à condição dos Espíritos Puros. A reencarnação é, portanto o motor oculto da nossa evolução e que nos impulsiona para podermos progredir. É uma lei da Natureza. Só ela pode dizer ao homem donde ele vem, para onde vai, porque está na terra e, justificar todas as anomalias e todas as aparentes injustiças que a vida nos apresenta.

Chegam mais depressa à condição dos Espíritos bem-aventurados, todos os Espíritos que seguirem sempre na direcção do caminho do bem.

Os que se comprazem no mal, se atrasarão no caminho da sua evolução e portanto, para a Espiritualidade Superior. Prolongando então por mais tempo a sua estadia nos círculos inferiores do nosso Planeta, ou em outros Mundos, que lhe são ainda mais inferiores e que não valham mais do que  o planeta Terra.

As aflições da vida são muitas vezes a consequência da imperfeição do Espírito. Quanto menos imperfeições, menos serão os tormentos por que passa.

Aquele que não é invejoso, nem ciumento, nem avaro, nem ambicioso, menos sofrerá com as torturas oriundas desses grandes malefícios.

Algumas pessoas, tendo mesmo os maiores cuidados preventivos, com a saúde padecem de muitas enfermidades físicas ou mentais. Numerarei alguns pontos, não serão todos, mas apenas alguns para nos ajudarem a descobrir algumas coisas erradas que possam existir no ser humano:

Há pessoas com enfermidades ou com uma saúde muito frágil, desde o seu nascimento, porque os seus corpos físicos reflectem desarticulações e desequilíbrios de vidas passadas. Alguém que se tenha suicidado, que tenha sido alcoólico, que tenha praticado actos sádicos contra os seus inimigos, deformará seu corpo espiritual, ou perispírito e na suapróxima reencarnação, essas deformidades se irão reflectir no seu corpo somático ou corpo físico.

As causas das enfermidades podem ser também devido a condições difíceis que a pessoa teve que enfrentar, quais: excessos de trabalho, desequilíbrio no ambiente familiar, falta de higiene e segurança no trabalho.

Uma vida de vícios, com desregramentos, físicos, tem consequências, às vezes, muitos anos depois.

Uma infância muito carente, com frio, fome e espancamentos lesa, de alguma forma, o corpo físico por toda a existência, dificultando o aperfeiçoamento do Espírito.

Às vezes, o Espírito arrependido solicita um corpo débil ou deficiente para que a enfermidade o impeça de recair nos antigos vícios e desmandos.

O sofrimento pode ter as suas origens em situações que o Espírito teve que enfrentar e em lutas impostas pelo tipo de vida em que o Espírito reencarnou. Podem ser mesmo, expiações dos seus vícios e dos seus desequilíbrios.

Podem ser, ainda, uma escolha para desenvolver ou testar virtudes. Poderá o ser também vir a ser conduzido a situações de sofrimentos para lhe despertar a consciência, acordando-o para a vida real do Espírito e mostrar-lhe novos horizontes existenciais.

Há pessoas que escolheram passar por certas enfermidades para adquirir valores como a paciência, a resignação, a compreensão para com os enfermos, o amor aos semelhantes, a renúncia. O que neste caso, a pessoa escolhe como prova, para adquirir e exercitar virtudes. Não se trata de Espíritos que está “pagando seus erros”, “expiando sua culpa” ou “ refletindo no corpo”.

O Espírito André Luís, no livro “Ação e Reação”, psicografado por Francisco Cândido Xavier, explica que muitas enfermidades não são consequências de faltas passadas, nem provas escolhidas para desenvolver virtudes. Ele chama de “dor auxílio” essas situações de sofrimento a que o ser é conduzido é que o ajuda a mudar o rumo de vida, despertando-o para as realidades espirituais e estimulando-o para a vida superior.

A influência dos Espíritos pode causar-nos enfermidades, através da sugestão de seus pensamentos negativos de ódio, estimulação aos vícios e desregramentos, mas essa influência, depende sempre de nós e da ligação que temos com os Espíritos desencarnados através da nossa “sintonia mental”, atraindo-os.

Existe a dor expiação que pode proceder de atos que lesaram o próprio indivíduo, como por exemplo: uma vida cheia de vícios: álcool, drogas, prostituição, etc. etc. Traduzindo e definindo no indivíduo enfermidades, úlcera (gástrica, colite, estenose do piloro) câncer e outras doenças, que impõem torturas sistemáticas no ser, durante a sua existência terrena, mas que por vezes também guarda raízes bem profundas no mal praticado a outrem.

Como podemos analisar não se deve imaginar que toda a doença é produto de ação espiritual negativa, que todo desequilíbrio mental é resultante da ação dos Espíritos obsessores.

Seja qual for a causa que provoque as doenças, os cuidados com o corpo físico, tanto a nível médico, como terapêutico, conjuntamente com a educação espiritual sempre auxiliarão ao restabelecimento da saúde do corpo e da Alma.

Todos quantos renascem no nosso planeta, são portadores de um fato sujo, para lavar no tanque da vida humana. Essa roupa imunda é o nosso corpo físico, sendo tecido por nossas próprias mãos, nas experiências anteriores. O qual nós talhamos e desenhamos à nossa medida para nos poder servir de vestimenta e de habitação para o nosso Espírito poder progredir, adquirir experiência e, se poder aperfeiçoar durante a nossa existência terrena. Sendo esse envoltório compatível às nossas necessidades evolutivas e, ao pagamento que se faz necessário para pagamento das nossas dívidas do passado para com as Leis Divinas.

Não é por causa de Adão e Eva que nós nascemos pecadores! Nós é que pecámos nas múltiplas existências que nós tivemos. É muito fácil tomarmos as culpas aos outros para nos podermos limpar, contudo não é assim! Logo quem são os pecadores, somos nós mesmos. Foi pela nossa falta de caridade e, pela nossa falta de amor aos nossos semelhantes, foi por causa do nosso egoísmo, do nosso orgulho, da nossa tola vaidade, que nós tecemos as nossas dolorosas reencarnações, sendo-nos imposto renascer em corpos débeis ou enfermiços.

A espécie humana não começou apenas por um único casal, como algumas religiões apregoam, nomeadamente a religião católica, pode-se dizer mesmo: Adão é um mito ou uma alegoria, personificando as primeiras idades do nosso Mundo, logo Adão e Eva não foram os nossos primeiros pais.

Procede sempre do Espírito reencarnante a saúde e a enfermidade, a beleza e a feiura, a altura e a pequenez, a agilidade ou o retardamento; o comportamento e as manifestações mentais, sexuais, emocionais; alienações, conflitos, traumas, doenças congénitas, deformidades físicas e degenerativas; condições morais sociais e econômicas.

A dor é o efeito da Lei violada, é a reação punitiva do ser, é a nossa companheira até ao momento de nossa integração total com as Leis Divinas.

Se sofremos não agravemos ainda mais as nossas dores com pensamentos negativos, porque nos fazem mais infelizes. A irritação, o medo e a revolta deixam o doente mais doente e ainda mais deprimido. Mesmo estando diante de imensas dificuldades, dispomos sempre de infinitos recursos e de todas as possibilidades de mantermos a nossa paz interior.

Recorramos à prece sempre que nos sintamos infelizes e sem esperança, porque os Anjos abnegados do Senhor virão sempre em nosso auxílio para nos suscitarem bons pensamentos, ajudando-nos para que possamos sair das nossas dificuldades.

Refugiemo-nos no Bem, na Paz e no Amor, para que prossigamos a nossa viagem em paz no rumo grandioso do porvir e da eterna felicidade prometida por Jesus Cristo nosso Mestre e Senhor. Confiando sempre na sua bondade e na bondade do nosso Pai Celestial, porque Eles nunca nos desamparam, nem nunca nos abandonam. No mundo em que vivemos a vida segue sempre o seu destino, a sua viagem em direção a uma vida superior, que é o destino de todos os seres da criação de Deus.

É bem provável que muitas das vezes ao meio do nosso caminho, nos apareçam urzes e, espinhos, pedras e calhaus, para que tropeçamos no caminho árduo da nossa acenção, mas teremos que ser nós a remover todos esses obstáculos, ultrapassando-os para sermos nós os vencedores.

Nada haverá no mundo que nos impeça que desaguemos no amor infinito do nosso Pai Celestial, sendo lá que encontraremos a nossa paz interior e a nossa paz definitiva.

Não guardemos culpas, nem remorsos! Arranjemos sim, pensamentos de bondade, de compreensão, de tolerância, de perdão, de amor e de paz.

Optando por uma vida sadia e altruísta, modificando em torno de nós toda a nossa paisagem interior, iluminando-a.

Reconheçamos os caminhos incertos e inseguros que nós seguíamos, iluminemos os nossos pensamentos e os nossos passos, sem mais pensarmos nos erros que porventura tenhamos cometido, dando o que de melhor exista em nós: a paz, a concórdia, a harmonia e o perdão.

Reconhecendo que também teremos aprendido algo, com os nossos erros, mas sem vontade de os voltarmos a repetir.

Sigamos adiante, olhando sempre em frente e sem olharmos para trás, mas sim de cabeça bem erguida para darmos continuidade à nossa tarefa neste Mundo, porque a Terra é a nossa escola abençoada, onde a dor nos ensina a desenvolver a nossa parte espiritual, proporcionando-nos a nossa ascensão no rumo à Excelsa Plenitude.

Ninguém existe neste Mundo sem passar pela experiência da vida corporal, sem a contribuição dos sofrimentos lapidares das arestas morais, portanto o sofrimento é sempre inerente ao ser humano, desde o seu nascimento até à sua morte.

No Evangelho Segundo O Espiritismo, no capítulo: Bem-aventurados os aflitos, item12, temos também palavras elucidativas acerca do sofrimento: Deveis considerar-vos felizes por sofrerdes, visto que as vossas dores deste mundo são o pagamento da dívida que as vossas passadas faltas vos fizeram contrair; suportadas pacientemente, na Terra, essas dores vos poupam séculos de sofrimentos na vida futura. Deveis, pois, sentir-vos felizes por reduzir Deus a vossa dívida, permitindo que a saldeis agora, o que vos garantirá a tranquilidade no porvir. Etc, etc.

Muito fica ainda por dizer acerca deste tema, mas como este trabalho já está bastante longo, vou dá-lo por concluído e em novas ocasiões, não nos faltarão oportunidades de se voltar ao tema em pauta.

Fontes bibliográficas: O Evangelho Segundo o Espiritismo de Allan-kardec.

O Livro dos Espíritos de Allan kardec.

Porque adoecemos. Novos horizontes do Conhecimento Médico Espírita. ASSOCIAÇÃO MÉDICO ESPÍRITA DE MINAS GERAIS

                                   Aurinda Tavares