segunda-feira, 26 de agosto de 2024

                                                  O SONO E OS SONHOS

                                                       O SONO E OS SONHOS

“DORMIR É UM MODO INTERNO DE MORRER”

                                              MACHADO DE ASSIS

No capítulo VII de “O Livro dos Espíritos Allan Kardec direciona suas intuídas questões aos Espíritos Superiores acerca do sono e dos sonhos, obtendo informações notáveis e instrutivas.

A ciência que progrediu de forma geométrica, em termos tecnológicos, desde a época de Kardec, ainda titubeia, hesita e teoriza sobre o assunto, o Espiritismo, contudo, aborda-o em extensão. Aqui, apenas tratamos de compilar modestamente o que está contido em “O Livro dos Espíritos” sobre este relevante, tema intrinsecamente, ligado à vida humana.

O SONO

1.1-       O que é?

É o repouso corporal a que todo o ser humano está sujeito. Quando a pessoa dorme, pelo lapso de tempo que dure o seu sono, encontrar-se-á em condição similar à que permanentemente, estará após o seu desencarne. O sono é a porta de contacto entre o mundo corpóreo e o mundo dos Espíritos.

Sendo este último, o verdadeiro, meio da criatura.

1.    2- O sono e o espírito

Enquanto o envoltório carnal precisa, por sua natureza, de repouso do sono, o Espírito jamais fica inativo e, durante o sono do corpo, afrouxa os liames fluídicos que o prendem à matéria, percorre o espaço, entrando em contacto com outros Espíritos, encarnados ou desencarnados.

1.2.1- O sono e os Espíritos elevados

Os Espíritos de maior elevação moral, durante o sono físico do corpo ao qual estão ligados, buscam fazer contacto com o Espírito em estágio superior aquele em que se acham, viajando, conversando, instruindo-se e trabalhando com eles.

1.2.2- O sono e a maioria dos Espíritos

Ligados a antigas afeições e magnetizados pela matéria, aos prazeres sensoriais, é comum a maioria dos Espíritos buscarem-se, procurarem-se durante o sono, e ligarem-se a Entidades de menor padrão vibratório, partilhando com essas Entidades as sensações e até as tornam mais ignominiosas.

1.2.3-O sono e a saúde

O Espírito aproveita todos os momentos de entorpecimentos dos sentidos do corpo para “libertar-se ”ao invés de que se possa imaginar, quanto menor é a saúde corporal, maior a liberdade dos Espíritos, pelo “ afrouxamento ”dos liames que o prendem à matéria.

1.2.4- O sono, as simpatias e as antipatias

Pelos contactos estabelecidos durante o sono, os Espíritos ligam-se, seja por afeição, seja por sentimentos de reserva, para com as pessoas com as quais convive, irá conviver, ou mesmo, com quem não terá qualquer tipo de contacto na sua reencarnação. Podem receber instruções e ideias e, até mesmo conforme seu tônus vibracional, reunirem-se com outros Espíritos, encarnados ou não, para estudos, auxílio, a outros espíritos, encarnados, ou não, ou fazerem visitas a outros Espíritos, a outras esferas espirituais. Que quase diariamente, são visitados por parentes, amigos, conhecidos, ou outros Espíritos.

O sono, inegavelmente, é fator decisivo de influência em nossa vida.

1.3-Faculdades dos Espíritos durante o sono

1.3-1-Lembranças do passado

Guardando, gravados, em seu perispírito, os factos e acontecimentos de vidas pretéritas, ou da presente vida, muitas vezes o Espírito os revive e em toda a sua intensidade, durante o sono.

1.3.2- Previsões do futuro

A reencarnação dos Espíritos é sempre programada, embora lhe seja atribuída a excelsa e Divina faculdade do Livre Arbítrio; essa programação é feita pelos próprios Espíritos ou pelos Espíritos subordinados à liderança do Orbe, em função da sua elevação moral.

Eventualmente, essas mesmas entidades superlativas em evolução, consentem que sejam ensejada a Espíritos, a antevisão, a preconização, de factos que lhes digam respeito, em geral, e mesmo quanto a ocorrências envolvendo povos e países, mais raramente.

2.- Os sonhos

2.1-O que são

Constituem-se nas lembranças do que o Espírito viu e participou durante o sono.

2.2-Tipos de Sonhos

2.2.1-Absurdos ou Perturbados

Muitas vezes decorrem da lembrança da perturbação verificada ou no instante do desencarne ou do retorno do Espírito ao corpo. É de registar-se, contudo, que os maus Espíritos também se utilizam dos sonhos para assustarem as criaturas cujas vibrações vivenciadas no instante de conciliar o sono, ou provindas do seu próprio caráter, sejam-lhe elas atrativas.

Incoerentes

2.2.2- Explicam-se pelas “lacunas” das lembranças incompletas ou interrompidas do que foi visto ou vivido nos sonhos. Podem também ser o efeito da lembrança de fatos ocorridos em vidas pretéritas, na Terra ou em outros mundos, fragmentados, formando conjuntos sem nexo ou lógica.

2.2.3- Rememorativos

São os sonhos de fatos que marcaram indelevelmente o Perispírito em vidas anteriores ou na atual, podendo reportar boas e más ocorrências e fatos consigo próprio ou envolvendo parentes, conhecidos e estranhos. Dessa natureza de sonho resultaram extraordinárias obras de literatura mediúnica.

É sabido que Chico Xavier e Ivone Pereira, para nos restringirmos apenas a dois exemplos, foram transportados, durante o sono, para “cenários vivos” que não apenas VIRAM, mas VIVERAM em sonho. Ao despertarem, ainda sob supervisão espiritual, narraram-nos, psicograficamente. Assim vieram a lume verdadeiros tesouros do romance espírita, como “Há 2000 anos” Paulo e “Estêvão”. “Dramas da Obsessão”. Memórias de um suicida e muitos outros.

2.2.4- Premonitórios

Ocasionalmente chamados de sonhos precognitivos: são aqueles em que o Espírito antevê experiências pelas quais poderá, ele próprio, ou pessoas a ele ligadas e mesmo coletividade, passar.

Aos Espíritos Elevados é permitido eventualmente, vislumbrar ocorrências de importância até para o Orbe e para a humanidade.

2.3-A perda de lembranças dos sonhos

Deve-se em geral, à composição grosseira da matéria corpórea e das dificuldades do Espírito, pelas vibrações próprias aquele corpo de reter as impressões vivenciadas nos sonhos.

2.4- Da significação dos Sonhos

Os sonhos apresentam imagens nitidamente reais, mas que, necessariamente, não têm relação com a vida corpórea, apenas eventualmente podem significar um pressentimento, ou advertência, ou um aviso, que decorrem do contacto estabelecido com parentes, ou pessoas amigas durante o sono.

2.5- Influência corpórea dos sonhos

O Espírito, preso que está, pelos laços fluídicos, ao corpo, jamais perde, por completo, sua influenciação. As preocupações da vida quotidiana podem, em consequência, influenciar o Espírito, pela sua interação com a matéria. Uma ideia preocupante centraliza e concentra energias.

3- Conclusões

Estas breves anotações tiveram como base unicamente de “O LIVRO DOS ESPÍRITOS” que permanece atual e avançado, em seus estudos e em suas lições. Que possam elas servir de estímulo, a todos aqueles que veem, na obra kardequiana, uma fonte inesgotável de saber e de ensinamentos fidedignos.

Aurinda Tavares

 

         

 


sexta-feira, 23 de agosto de 2024

“RESENHA DO LIVRO: NOS DOMINIOS DA MEDIUNIDADE”

                       

“RESENHA DO LIVRO: NOS DOMINIOS DA MEDIUNIDADE”
                                                   
                                               
             RESENHA DO LIVRO: NOS DOMÍNIOS DA MEDIUNIDADE

Este Livro é o nono da série de André Luiz, psicografado pelo médium: Francisco Cândido. É composto por trinta capítulos, os quais merecem uma leitura minuciosa, e um estudo aprofundado para análise de todos os temas neles abordados, para nossa reflexão, estudo e orientação da nossa conduta diária.

Para ser bem compreendido, e de mais fácil compreensão, o seu conteúdo, é necessário, estudarem-se as Obras básicas: “ O Livro dos Espíritos, o Livro dos Médiuns e as restantes obras básicas de “Allan Kardec”.

No Livro Nos Domínios da Mediunidade, extraem-se valiosos ensinamentos, para quem, deseja melhor, compreender os fenômenos mediúnicos, porque a obra em si é riquíssima, e nos ajuda a melhor conhecermos a mediunidade que, possuímos.

Nos seus trinta capítulos apresenta um estudo dos mecanismos da mediunidade, tanto no plano físico como no espiritual, levando-nos a uma meditação muito séria, e profunda, e a pensarmos muito nos transtornos, e nos constrangimentos embaraçosos que, nos trazem a: Obsessão, a subjugação, a possessão e a fascinação.

Ninguém queira passar, por esses tormentos. Eles são muito dolorosos e poderão levar-nos a cometer atos errados, inclusive o suicídio.

Conforme acentuou Allan Kardec o maior adversário da mediunidade é a obsessão, e os seus antídotos eficazes são o conhecimento e a prática sadia da doutrina incorporada ao cotidiano.

A mediunidade constitui abençoado meio para evitar, corrigir e sanar os processos obsessivos, quando exercida religiosamente, isto é, com unção, com espírito de caridade, voltada para a edificação do “Reino de Deus” nas mentes e nos corações.

A obsessão é obstáculo à correta educação da mediunidade e ao seu exercício edificante, face à instabilidade e insegurança de que se faz portadora.

No entanto revela a presença da faculdade mediúnica naquele que sofre o constrangimento espiritual dos maus espíritos, pois estes somente a exercem como expressão da ignorância e loucura de que se fazem infelizes que também o são nos propósitos que alimentam e nas ações que exercem.

Pululam em torno da Terra os maus Espíritos, em consequência da inferioridade de seus habitantes.

A ação malfazeja desses Espíritos é parte integrante dos flagelos com que a Humanidade se vê abraços neste mundo.

A obsessão, que é um dos efeitos de semelhante ação como as enfermidades e todas as tribulações da vida, deve, pois, ser considerada como provação ou expiação e aceita com esse carácter “ A Gênese cap. XII.”

Seja, porém, qual for o processo através de cujo mecanismo se apresente a obsessão, resulta da identificação moral de litigantes que se encontram na mesma faixa vibratória, necessitados de reeducação, amor e elevação.

Com os esclarecimentos que, a Doutrina Espírita nos traz, sabemos que a obsessão existe por estarmos ainda eivados de sombras. Ela se alastra por que os seres humanos trazem em si mesmos os germes da inferioridade que são matizes predisponentes, facultando a incursão dos que se erigem em cobradores.

Este o grande problema da Humanidade: o confronto entre os que devem e os que se julgam no direito de cobrar. E para que atinjam seus objetivos, utilizam-se de inúmeros métodos, buscando o acerto de contas.

Os Espíritos exercem incessante ação sobre o mundo moral e mesmo sobre o mundo físico. Atuam sobre ”a matéria e sobre o pensamento e constituem uma “das potências da Natureza, causa eficiente de uma, “multidão de fenômenos até então mal” explicados e que não encontram explicação racional senão no Espiritismo.

As relações dos Espíritos com os homens são constantes. Os bons Espíritos nos atraem para o bem, nos sustentam nas provas da vida e nos ajudam a suportá-las com coragem e resignação. Os maus nos impelem para o mal: é-lhes um gozo ver-nos sucumbir e assemelharmo-nos a eles “Livro dos Espíritos” de Allan Kardec.

Entre os que são tidos por loucos, muitos há que apenas são subjugados; precisariam de um tratamento moral, enquanto com os tratamentos corporais os tornam verdadeiros loucos. Quando os médicos conhecerem bem o Espiritismo saberão fazer essa distinção e curarão mais doentes do que com as duchas. “O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec”

A obsessão é vérmina a corroer o organismo emocional e físico da criatura humana. Somente ocorre a parasitose obsessiva quando existe o devedor que se torna maleável na ária da consciência culpada, que sente necessidade de recuperação. Conservando ainda a matriz da inferioridade moral no cerne do ser, o Espírito devedor faculta a vinculação psíquica da sua antiga vítima, que, se lhe torna, então, cruel cobrador, passando à condição de verdugo alucinado.

Estabelecida a sintonia, o vingador ensandecido passa a administrar, por usurpação, as energias que absorve e lhe sustentam o campo vibratório no qual se movimenta.

A obsessão é obstáculo à correta educação da mediunidade e ao seu exercício edificante, face à instabilidade e insegurança de que se faz portadora.

Para se puderem qualificar os médiuns temos que recorrer à Doutrina Espírita, porque só ela tem a luz necessária para nos orientar e nos guiar em nossas mediunidades.

A Doutrina Espírita é Jesus, representado na terra, só ela tem as chaves de todos os conhecimentos, ensinados por Jesus. Jesus prometeu-nos um outro Consolador, o Espírito da Verdade.

Jesus, também nos disse: Conhecereis a verdade e a verdade vos tornará livres.

Mediunidade não basta só por si. É preciso saber que tipo de onda assimilamos para conhecer da qualidade do nosso trabalho e ajuizar de nossa direção (…) a mediunidade é um dom inerente a todos os seres, como a faculdade de respirar, cada criatura assimila as forças superiores ou inferiores com as quais se sintoniza.

Nesta obra é realçada a importância da sintonia do pensamento em todos os fenômenos mediúnicos.

São abordados com insistência, a sintonia, o pensamento e a renovação com o objetivo de nos indicarem o caminho mais seguro para uma mediunidade mais segura e equilibrada.

Pelo estudo deste livro, compreenderemos melhor a nossa mediunidade, as sintonias e as ondas mentais com quem nos afinizamos. Compreenderemos que, se não tivermos vigilância de bons pensamentos, nos sintonizamos com o mal, mas que pudemos sempre nos ligarmos aos Espíritos Superiores pelos nossos canais de intuição, desfrutando de harmonia e paz, através da oração, disciplina e estudo, a fim de sermos fiéis instrumentos de Jesus e dos Bons Espíritos.

André Luiz vem contar-nos que a maior surpresa da morte carnal é a de nos colocar face a face com a própria consciência, onde edificamos o Céu, estacionando no purgatório ou nos precipitamos no abismo infernal;

Vem lembrar que a Terra é oficina sagrada, que ninguém a menosprezará, sem conhecer o preço do terrível engano a que submeteu o próprio coração.

No Livro nos “Domínios da Mediunidade”, extrairemos temas para bem s estudarmos: desdobramento, clarividência e clauriaudiência, os efeitos físicos e a materialização, o problema do fumo e do álcool, o passe, psicofonia, sonambulismo, a possessão, a fascinação, a psicometria, a responsabilidade mediúnica de todos os médiuns.

O autor inicia com: Raios, ondas, Médiuns e Mentes.

Fala-nos da importância cada vez maior do intercâmbio espiritual entre as criaturas, os assuntos são abordados acerca da mediunidade. Leva-nos particularmente em seus desequilíbrios e na importância da fortaleza. Esclarece-nos sobre a maneira como tratar as epidemias da alma e nos fortalecermos espiritualmente.

E que na grande romagem todos somos instrumentos das forças com as quais estamos em sintonia. Todos somos médiuns, dentro do campo mental que nos é próprio, associando-nos às energias edificantes, se o nosso pensamento flui na direção da Vida Superior, ou às forças perturbadoras e deprimentes, se ainda nos escravizamos às sombras da vida primitivista ou torturada.

Cada criatura com os seus sentimentos que se identifica lhe caracterizam a vida íntima emite raios específicos e vive na onda espiritual com quem se identifica.

André Luiz é bastante claro para que nos alonguemos em qualquer consideração.

Cada médium com a sua mente.

Cada mente com os seus raios, personalizando observações e interpretações.

Consoante os raios que arremessamos, erguer-se-nos-á domicílio espiritual na onda de pensamento a que nossas almas se afeiçoam.

Isso, em boa síntese, equivale, ainda a repetir com Jesus: “A cada qual segundo as suas obras”.

André Luiz foi o escolhido para nos transmitir os novos ensinamentos. E o fez, absolutamente de acordo com a orientação segura e sábia de Emanuel e Bezerra de Menezes.

Achando-se a mente na base de todas as manifestações mediúnicas, é imprescindível enriquecer o pensamento, incorporando-lhe os tesouros morais e culturais os únicos que, nos possibilitam fixar a luz que jorra para nós das Esferas Mais Altas, através dos gênios da sabedoria e do amor que supervisionam nossas experiências.

É na oração, e na caridade, e na humildade, que encontraremos as maiores bênçãos e refazimento espiritual.

O Evangelho é o farol que ilumina a nossa consciência. A reforma íntima sua pedra de toque.

Fontes de consulta: O Livro nos Domínios da Mediunidade;

O Livro dos Espíritos; A Génese.

Aurinda Tavares