domingo, 16 de abril de 2017

“A VINDA DE JESUS, SUA MORTE, SUA CRUCIFICAÇÃO, SUA RESSURREIÇÃO E SUA ASCENSÃO”

                                            “A VINDA DE JESUS, SUA MORTE, SUA CRUCIFICAÇÃO, SUA RESSURREIÇÃO E SUA ASCENSÃO” 
     
 As profecias sobre o nascimento do Messias se cumpriram integralmente, tal como os profetas o vaticinaram. O Messias fora anunciado e era esperado por todo os povos do Mundo, mas principalmente pelos israelitas — o povo escravo, redimido por Moisés preparado por mais de quarenta anos nos desertos do Sinai e do Paran.
A expectativa por um Messias nacional, nesse tempo, era geral na Palestina, uma região importunada pela ocupação e exploração romana.
O nascimento de Jesus era aguardado pelos judeus, como sendo o Messias Libertador de Israel o povo castigado e oprimido pelos seus governantes.
Muitos judeus esperavam o seu aparecimento e os que ansiavam pela libertação de Jerusalém, ainda viram Jesus no Templo, quando Jesus era, ainda criança.
Os que viram também as obras e os prodígios de João Baptista julgavam ser ele o Messias, o Salvador do Mundo!
Mas João declarou não ser ele o Messias, ele viera sim, para preparar a sua chegada. Para abrir as mentes e as dulcificar; para preparar os corações ansiosos, para que no preciso momento, pudessem receber as lições e os ensinamentos da boca profética de Jesus de Nazaré. As pregações de João Baptista eram para que, a criaturas despertassem a sua consciência e desbravassem o solo árido do seu coração, para que pudessem receber a semente, do Evangelho do Cristo, Redentor do Mundo.
João Baptista, veio antes de Jesus, para lhe preparar os caminhos, dizendo: ”fazei penitência… que o machado está posto à raiz das árvores”. E o povo se encheu de claridades novas, trazendo aquelas almas redobradas esperanças.
Quando a voz de João se fez ouvir, clamava:” preparai os caminhos do Senhor, aplanai os caminhos… que o reino dos céus está próximo.
As Escrituras diziam que o Messias seria precedido de Elias, o grande profeta da antiguidade, o qual o ungiria e o consagraria. Ora, como o próprio Jesus confirmou, era João Baptista a reencarnação de Elias.
Muitos pensavam que João era o Messias prometido, mas ele deixou bem claro: —“ Eu não sou o Messias! Dizendo: eu não sou “digno” nem mesmo de lhe amarrar o cordão de suas sandálias. Chegada a hora do baptismo de Jesus, Ele se aproximou de João Baptista, para ser baptizado por ele no Rio Jordão, ao que Lhe respondeu João, eu é que devia ser baptizado por ti e tu vens até mim! Mas Jesus explicou a João que era preciso que assim fosse, para que as Escrituras fossem cumpridas. Dito isto, entrou no rio e João lhe derramou sobre a Sua cabeça a água, dizendo: “Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira os pecados do mundo” e o consagrou como sendo o Messias esperado. Enquanto isso, uma voz do Céu se fez ouvir: Este é o Meu Filho muito Amado, em quem eu pus toda a minha complacência.
Os judeus acreditavam num Messias nacional; que Ele os haveria de libertar da opressão do jugo romano e que Ele o Messias, lhes haveria de restaurar o reino terrestre de Israel.
Jesus nos seus ensinos advertiu que o seu reino não era deste mundo, o que levou a alguns poderosos a temerem que Ele viesse para fundar um reino na Terra, ou que, viesse ocupar os seus tronos. Daí o grande conflito, porque o Reino a que Jesus se referia, não era o de fundar um reino igual, aos que existiam na terra, mas sim, de fundar um reino em cada coração humano, para nele poder ser amado em espírito e verdade.
Ele veio ao Mundo, para nos libertar das trevas da nossa ignorância, do nosso orgulho, da nossa vaidade e do nosso egoísmo, para podermos dar lugar à nossa renovação moral e espiritual.
Ele era sim; Rei de ideias e Rei do Mundo, mas não um rei político. Ele era um Rei mais poderoso, do que todos os reis do mundo reunidos.
Mas Jesus não fora bem entendido na sua missão de embaixador de Deus. A Sua tarefa era a de deixar no Mundo a carta Magna do seu Evangelho, para a iluminação e evangelização de todos povos da terra.
Ele viera ao Mundo para trazer a sua doutrina libertadora e consoladora, para todos aqueles que se julgassem deserdados da Terra; aos sofredores em geral, aos aflitos, porque sendo Ele, o Governador do nosso Planeta, trazia consigo, essa grandiosa missão, que só um Espírito dessa envergadura, como era o Espírito de Jesus, um (Espírito Cristico) poderia suportar.
Mas a sua permanência na terra, não fora bem entendida por muitos, daquele tempo, tanto da parte do povo ignorante e inculto, como da parte do domínio político de então; e das seitas ditas religiosas daquela época, que provavelmente influenciaram, também a revolta das pessoas, em relação à pessoa de Jesus; por sua doutrina não se harmonizar com os seus velhos hábitos; com os seus costumes, suas tradições; desenraizando costumes ilegais, contra o povo escravizado, em benefício dos seus interesses pessoais.
Jesus com sua superioridade moral e espiritual, nunca se deixou intimidar, por aqueles que o quiseram diminuir, na sua missão. Ele era o Cristo Verdadeiro, e não um falso Cristo, ou um falso profeta.
Ele era um Cristo apaziguador e não um Messias de discórdias e de violências; ensinava a amar, até aos nossos inimigos.
Ensinou-nos a amar a Deus, acima de tudo e de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.
O Seu nascimento obedeceu a todo um programa muito bem executado, pelo mundo Superior, para que Jesus pudesse ter as condições necessárias no Mundo, para poder habitar na terra entre os homens e para poder dar cumprimento à sua grandiosa Missão de maior Profeta de todos os tempos.
Jesus nasceu em Belém e os seus pais, foram Maria e José. Seus pais se compro-missaram no plano espiritual, para serem eles os pais de Jesus, para que Ele pudesse ter toda a protecção e cuidados necessários. Sendo Ele o Messias, esperado, necessitava de muito amparo e de muita protecção de uma família, acolhedora, como seus pais o foram para com Ele, sobretudo, quando nasceu e enquanto Ele fosse criança.
Ele nasceu, cresceu e viveu, sempre junto de seus Pais e dos seus parentes; conviveu com inúmeras pessoas; enfrentou multidões; sofreu a carga vibratória e doentia, de muitos sofredores; de muitos doentes do corpo e da alma; necessitados de toda a ordem; fez inúmeras curas.
Jesus passou pela Terra com um corpo carnal, como qualquer homem encarnado, porém de consistência diferente, de densidade menor, de matéria mais pura, adequada a conter um espírito de elevada hierarquia, como o Espírito de Jesus o era.
Sabemos através da Doutrina Espírita, que as camadas fluídicas que envolvem o nosso globo terrestre não são homogéneas, isto é, quanto mais próximos à crosta terrestre, mais densos e grosseiros são os fluídos espirituais, quanto mais se distanciam da Terra, mais se vão quintessenciando, até às camadas mais puras (…) Conforme seja mais ou menos depurado o Espírito, seu perispírito se formará das partes mais puras ou das mais grosseiras do fluido peculiar ao mundo onde ele encarna — informa Kardec na Gênese.
Daí se conclui que o sacrifício de Jesus não foi somente o da cruz, mas que o seu sacrifício começou, desde que Ele iniciou a sua vinda para a Terra; ou melhor que desceu, do padrão vibratório dos Mundos Crísticos.
Informa a Doutrina Espírita, que a preparação para o seu reencarne no nosso planeta, levou cerca de mil anos; para ter um corpo carnal, apropriado a viver entre os homens e às nossas condições vibratórias, ainda bastante densas e pesadas.
Ele foi gerado por um vaso físico, devidamente preparado e seleccionado anteriormente ao seu nascimento, de vibração e pureza compatível com a pureza espiritual de Jesus, que fosse capaz de comportar a Sua essência espiritual; a sua pureza, a sua vibração e que fosse capaz de admitir a sua permanência no planeta terra; num plano muito grosseiro e impuro.
E desta forma as desmaterializações e outros fenómenos narrados pelos evangelistas se tornam explicáveis.
Mesmo que assim não fosse, Jesus, pela sua alta posição de Governador Espiritual da Terra, possuía grandes poderes, para agir em todas as circunstâncias que lhes fossem necessárias.
Mesmo depois da sua morte, ainda conviveu com seus discípulos, mas o corpo que utilizava depois da sua morte era fluídico, de uma densidade que lhe permitia manifestar-se de forma objectiva e tangível no nosso plano.
Concluindo-se: podemos dizer que Jesus possuía um corpo físico especial de carne, perfeito, delicado e puro, de vibração superior ao comum dos homens, enquanto viveu encarnado; e manifestou-se em corpo fluídico, suficientemente condensado, após a sua crucificação e sua morte física.
Entenda-se que Jesus em seu corpo físico, embora que especial, foi capaz de carregar o madeiro, no qual viria a ser crucificado, por vias urbanas estreitas e mal calçadas, irregulares e íngremes; a pesada cruz de madeira, sob cujo peso caiu várias vezes. Conquanto, seu corpo físico fosse de matéria mais perfeita do que os comuns dos mortais, contudo também o seu corpo era de carne, porque se assim não fosse, Ele não conseguiria carregar a sua cruz na qual Ele viria a ser crucificado.
Na altura do nascimento de Jesus, reinava o rei Herodes o Grande, quando Roma dominava a Palestina e César Augusto imperador romano.
Como a notícia depressa se expandiu sobre aquele que seria o rei dos judeus, após o seu nascimento, Herodes ordenou uma matança de todos os meninos de Belém até aos dois anos de idade.
Jesus escapou à matança, porque José avisado em sonhos de que Herodes, queria matar o menino, José fugiu com Ele e com Maria sua mãe, para o Egipto, onde por lá permaneceram até à morte de Herodes.
Só passados alguns meses e depois da morte do rei Herodes é que José se decidiu a regressar, com o menino e com sua mãe para a cidade de Nazaré.
José trabalhava como carpinteiro e Jesus quando cresceu, ajudou a seu pai, na sua carpintaria na mesma profissão.
Aos doze anos de idade, segundo São Lucas, foi encontrado pelos seus pais no Templo de Jerusalém, discutindo entre os doutores.
Após a morte de José, Jesus deu início à Sua Obra Messiânica, para anunciar o Seu Evangelho e nele instaurar o Reino de Deus na Terra.
Durante as suas pregações, houve acontecimentos maravilhosos, tais como: o jejum no deserto, durante quarenta dias e quarenta noites; as bodas de Caná, em que Jesus transformou a água em vinho; a expulsão dos mercadores do Templo, a prisão de João Baptista, o caso da mulher samaritana, a pesca milagrosa, e muitos outros acontecimentos, tidos como sendo fossem milagres, que mais não foram senão fenómenos naturais, mas que só a Doutrina Espírita nos pode demonstrar.
Foi nas margens do lago Tiberíade, ou mar da Galileia que Jesus convidou os seus doze discípulos para O seguirem. Durante a sua permanência com eles, ministrou-lhes os seus ensinamentos e os catequizou para depois de sua morte, serem eles os continuadores e os divulgadores da sua Boa Nova.
Foi Ele que realizou o mais famoso sermão da Montanha, e quem pregou as mais notáveis parábolas, com as quais Ele transmitia os seus ensinos ao povo e aos seus discípulos.
No período dos seus 32 anos aconteceu a morte de João Batista por ordem de Herodes Antipas, e muitos milagres aconteceram: a multiplicação dos pães; a ressurreição de Lázaro, a mulher que sofria do influxo de sangue e muitos outros. Ele curou inúmeras pessoas e, expulsou muitos espíritos malignos, que mais não eram do que espíritos malfazejos a vampirizarem, aqueles que lhes sofriam as suas influências maléficas — eram “os chamados “endemoniados, ou possessos.”
Também neste período, expulsou os vendilhões do Templo e na presença de Pedro, de Tiago e de João, realizou o prodígio da transfiguração.
O povo Judaico esperava que nascesse um salvador revolucionário e libertador de Israel que recuperasse sua independência política perdida desde o seu exílio.
Mas num país onde a maioria do povo era escravo do seu salário, Ele pregava a libertação espiritual e a igualdade espiritual em relação aos poderosos, como irmãos que todos eram e filhos do mesmo Pai! Por isso todos os sofredores e desvalidos da sorte O seguiam, e O amavam. Aumentando o seu prestígio, cada vez mais, na esperança de que sendo Ele, o Messias libertador, traria a libertação de Israel, do jugo estrangeiro e que acabaria com a miséria, a doença e a escravidão.
Jesus teve que enfrentar a animosidade dos doutores da lei que conquanto não fossem sacerdotes, consideram-se eruditos e com grande autoridade, porque representavam o oficialismo religioso do Sinédrio. Eles perante à pessoa de Jesus, perceberam que ele era um pregador perigoso e diferente dos demais, porque Jesus pregava como quem tinha autoridade e não os temia.
Jesus oferecia o Reino de Deus, sobre todos os homens: reino de amor, de harmonia, de justiça e de paz.
Sua fama crescia dia a dia, pelas curas que realizava e de toda a parte corria gente à sua procura. Ora impunha as mãos sobre os doentes, ora apelava para a sua fé, ora utilizava seu imenso poder da sua Palavra Divina, dizendo simplesmente:” estás curado”, ou a tua fé te curou”, ou “vai e não peques mais”.
Jesus um dia perguntou a seus discípulos o que porventura, diziam d`Ele. Responderam que ouviram muitas versões: uns diziam que, como Ele era pobre e vivia rodeado de pobres, na certa que não era o Messias redentor de Israel, que todo o povo esperava; outros diziam que, como Ele fazia milagres, devia ser um profeta poderoso, como os antigos; outros pensavam que Ele era o profeta João Baptista, que voltara ao mundo; havendo outros que afirmavam que Ele era o próprio Elias, que vinha na frente para anunciar o Messias verdadeiro.
Mais uma vez Jesus interrogou os seus discípulos e vós quem dizeis que eu sou? E Pedro respondeu: Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo, ao que Jesus logo esclareceu dizendo, que Pedro não dissera aquilo por conhecimento próprio, mas sim por inspiração do Alto.
Essa revelação seria a base sobre a qual se desenvolveria a propagação de seus ensinamentos na Terra.
Também anunciou a seus discípulos que teria de ir para Jerusalém, onde sofreria a morte pelas mãos dos homens, como estava escrito, e que ressuscitaria ao terceiro dia e que estava próximo tudo o que iria acontecer.
Anunciou aos seus apóstolos, se realmente desejassem ser seus discípulos, que renunciassem a si próprios, tomassem cada um a sua cruz e o seguissem, pois que o seu reino não era ainda deste mundo.
Os discípulos de Jesus ao serem questionados pelos fariseus, estes lhes responderam: — Não compreendemos o vosso Rabi: Ele conhece profundamente a Lei e os profetas; diz que não veio destruí-las, mas confirmá-las; mas no entanto transgride a Lei de Deus a cada passo, desencaminhando o povo. Que dizeis?
— Ele sabe o que faz, respondiam os discípulos e obra sempre para o bem de todos. Além disso é um grande profeta e opera milagres.
— Sim, responderam os fariseus, mas seus actos destroem suas palavras, e quanto aos seus milagres, não os negamos, mas julgamos que são inspirados por Satã.
Outras vezes os discípulos eram interrogados nestes termos:
— Vosso rabi não pára; anda por toda a parte, pregando e curando e falando no reino que não é deste mundo. Que tem ele em vista?
Transgride a Lei e os costumes; prega contra a Torá e os sacerdotes do Templo…porventura quer levantar o povo?
— Nada disso, responderam os discípulos! Ele prega a purificação, o arrependimento dos pecados e a redenção pelo amor do próximo, pois somos todos irmãos, filhos do mesmo Pai Celeste.
Concluíram que Jesus era, realmente, um transgressor da Lei e dos costumes de Israel, principalmente por não respeitar o sábado, sentar-se à mesa e repartir o pão com pessoas impuras e blasfemar contra Deus, perdoando os pecados.
Judas, que era judeu provavelmente de Kerioth, elegera-se o tesoureiro do grupo heterogéneo de amigos de Jesus, a quem Jesus convidara para a edificação do reino. Imediatista, considerava as pessoas e ocorrências através da óptica distorcida da realidade, pelo valor relativo, amoedado, social, transitório, não real, e isto fê-lo perder-se no mundo das ilusões, tornando-se a personagem causadora e responsável pela morte infamante de Jesus.
Jesus amava Judas e Judas também o amava à sua maneira, consoante lhe ditava o seu entendimento e o seu coração, mas o amor de Jesus por Judas era transcendente.
Judas não alcançara a percepção do reino que Jesus viera fundar e nas suas ilusões de tesoureiro tinha as suas percepções e as suas ideias, bem distantes dos ensinos de Jesus, pois não terá compreendido que reino Jesus queria fundar aqui na Terra.
O reino que Jesus viera fundar era o Reino do Amor. Ensinou-nos o amor incondicional para com todos os filhos de Deus. Ensinou-nos a amar a Deus acima de tudo e de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. Judas nos seus enganos, pensando em apressar o triunfo mundano do Cristianismo, resolveu pôr em prática as suas sombrias ideias, esperando Israel um Messias que enfeixasse em suas mãos todos os poderes e valendo-se da doutrina do Mestre, poderia tomar sobre si as rédeas do movimento renovador, enquanto Jesus, na sua bondade e humildade, ficaria entre todos, como símbolo vivo da ideia nova.
E na embriaguez de suas ilusões, Judas entregaria o Mestre aos homens do Sinédrio, em troca de sua nomeação oficial para dirigir a actividade dos companheiros. Teria autoridade e privilégios políticos.
Viria a satisfazer às suas ambições, aparentemente justas, com o fim de organizar a vitória cristã no seio de seu povo. Então depois de atingir o alto cargo com que contava obter, libertaria Jesus e lhe dirigiria os dons espirituais, de modo a utilizá-los para converter os seus amigos e protectores prestigiosos.
Nestes pontos de análise, é muito possível, que Judas Iscariotes tenha renascido com tendências ou tentações muito grandes para se apropriar da autoridade política, e de exigir que Jesus tomasse as rédeas do poder humano.
Sendo também possível que Judas tivesse sido accionado por espíritos das trevas, deixando-se por eles inspirar, visto que os príncipes dos sacerdotes, os escribas e os fariseus, procuravam um modo para matar Jesus; porém temiam o povo.
Judas Iscariotes combinou com os príncipes dos sacerdotes e com os oficiais, como lhe o haveriam de entregar, combinando entre si darem 30 moedas de prata a Judas Iscariotes, mas não foi o dinheiro, o móvel da acção, pecaminosa, porque Judas, quando caiu em si de que tinha sido o causador da morte do Mestre Jesus, tombou no poço dos remorsos, despertando em si a sua consciência.
Aturdido pela traição e pela entrega de seu Mestre, ele chorou de arrependimento e de compaixão pelo seu amigo, devolvendo todo o dinheiro aos compradores de Jesus. Judas por entre as suas narrativas lhes declarou: — Pequei — disse entre lágrimas — traindo sangue inocente.”
Eles lhe responderam impiedosos: — Que nos importa, isso — é lá contigo.”
Judas lhes entregou todas as moedas, arrojando-as pelo solo, fugindo, cometendo outra loucura, suicidando-se de seguida.
“Os príncipes dos sacerdotes apanhando as moedas, disseram:” Não é lícito lançá-las no tesouro, pois são preço de sangue.”
Depois de terem deliberado, compraram com elas o campo do oleiro para servir de cemitério aos estrangeiros.
Por tal razão, aquele campo é chamado até aos dias de hoje — Campo de Sangue.
Cumpriram-se as profecias.” Tal como tinha sido anunciado pelos profetas.
Aquelas moedas compraram uma vida e levaram ao suicídio outra vida.
Foram as legiões das trevas, que se dispuseram a afrontarem o próprio Jesus, por intermédio de diversos obsidiados, pois eles se organizaram diabolicamente, originando a morte de Jesus.
Judas não deveria deixar que as coisas assumissem tal relevância e muito menos deveria dar lugar à traição do seu Mestre bem-amado,— Jesus.
Acabando por pôr as duas vidas em risco, a dele e a de Jesus.
Os doze apóstolos de Jesus foram por si escolhidos para levarem aos confins da Terra a semente da sua evangelização, mas apenas Judas Iscariotes falhou. Todos os outros discípulos, fortalecidos pela sua fé e sua confiança, seguiram Jesus e o ensinaram.
Na última Ceia Jesus declarou a seus discípulos: eis que a mão de quem me há-de entregar está à mesa comigo e eles muito cheios de tristeza, cada um começou a dizer: Porventura sou eu, Senhor? E Ele, respondendo, lhes disse: O que mete comigo a mão no prato, esse é o que me há-de entregar.
E respondendo Judas, o que o entregou, disse: Sou eu, porventura, Mestre? Disse-lhe Jesus: Tu o disseste.
Jesus advertiu o traidor que não recuaria perante o suplício, mas mais acrescentou: ai daquele homem, por quem vai ser entregue o filho do Homem. Seu erro lhe acarretará grandes sofrimentos para o futuro. E assim foi: durante muitos séculos, Judas se reencarnou na terra, afrontando inúmeros perigos e tormentos, sempre lutando pela sagrada causa de Jesus, até à sua total reabilitação espiritual.
Entregando o Mestre a Anás e Caifás, Judas não imaginou que também seria traído, e, vendo que as coisas atingiram um fim trágico, suicidou-se, cheio de remorsos.
Depois de muito sofrer nas regiões inferiores da espiritualidade, Judas começou a reencarnar, durante séculos, sofrendo as perseguições infligidas aos adeptos da Doutrina de Jesus, em Roma.
Na sua última reencarnação, vestiu a indumentária carnal de Joana D’Arc, culminando as suas duras provas numa fogueira da inquisição no século XV, quando foi traída, vendida e usurpada.
Judas e Tiago Zebedeu, no dia em que Jesus entrou triunfante em Jerusalém, estavam na estrada que conduzia a Betânia. Era de tarde e os dois conversavam sobre o assunto do poder político que o Mestre devia ter.
Judas asseverava que sem o poder material dos homens poderosos da Terra nunca conseguiriam fazer vingar a Doutrina de Jesus, por isso era importante amealhar amigos entre os políticos para dar forças aos ensinamentos que o Mestre divulgava.
E os homens do Sinédrio, traíram Judas que viu o Mestre ser crucificado numa cruz e Judas ralado de remorsos conversou com Caifás, reclamando as promessas feitas.
A resposta veio em forma de risos de sarcasmo dos doutores da Lei. Judas jogou as trinta moedas no assoalho do Templo e saiu em busca dos companheiros do apostolado. Encontrou-os vencidos e humilhados. Atroz remorso lhe pungia a consciência dilacerada.
O que aconteceu com Judas foi que ele entrou num emaranhado de situações adversas que culminou num pacto sinistro com as autoridades do Templo, que também o traíram.
Os outros apóstolos não traíram Jesus, mas, à excepção de João, fugiram com medo de também morrerem crucificados na cruz, juntos com o seu Mestre.
Jesus foi aprisionado no Horto das Oliveiras e logo mais, seria sentenciado à morte e crucificado numa cruz infamante.
Foi levado ao pontífice Anás e ao príncipe dos sacerdotes Caifás, aonde se haviam reunido com os escrivas e anciãos, passando por um longo interrogatório. Conduzido mais tarde ao procurador da Judeia, Pôncio Pilatos, que não achando delito nenhum à pessoa de Jesus, o enviou a Herodes Antipas e este o devolveu novamente a Pilatos. Pilatos, tendo feito vir Jesus à sua presença, perguntou-lhe: És, o rei dos judeus?- respondeu-lhe Jesus: Meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, a minha gente houvera combatido para impedir que eu caísse nas mãos dos judeus; mas, o meu reino ainda não é aqui.
Disse-lhe então Pilatos: És pois Rei? — Jesus lhe respondeu: Tu o dizes; sou rei; não nasci e não vim a este mundo senão para dar testemunho da verdade. Aquele que pertence à verdade escuta a minha voz. (S. João, cap.18,vv.33,36 37).
Pilatos disse este homem é justo, porque o quereis crucificar?
Para que os sacerdotes conseguissem do poder romano a condenação de Jesus dão à sua prisão um carácter zeloso para abafarem uma insurreição, da qual Jesus seria o chefe; por isso o acusam de se intitular rei.
Contudo a realeza a que Jesus se referia, era de ordem espiritual; abrangendo o povo judeu e toda a humanidade.
Ora, o governador tinha por costume, no dia de festa soltar aquele preso que o povo quisesse. E naquela altura tinha ele um preso afamado, que se chamava Barrabás e estando eles todos juntos, Pilatos perguntou? Quem quereis que eu solte Barrabás ou Jesus que se chama o Cristo? Mas Pilatos fez-lhes uma pergunta descabida, porque sabia muito bem que foi por inveja que lho haviam entregado.
Mas os príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo persuadiram aos do povo que pedissem a Barrabás, e que fizessem morrer a Jesus.
O governador Pôncio Pilatos perguntou então ao povo: quem quereis que eu solte Jesus ou Barrabás?
Eles responderam Barrabás.
Disse então Pilatos: Pois que hei-de fazer de Jesus, que se chama o Cristo?
Responderam todos: Seja crucificado.
Então Pilatos, vendo que nada conseguia em favor da pessoa de Jesus e ao ver o tumulto cada vez maior, mandou vir água, lavando as mãos à vista do povo, dizia: Eu sou inocente do sangue deste justo.
Como vimos Pilatos serviu de instrumento da intriga, que os sacerdotes teceram para a condenação e morte de Jesus.
Mandou Pilatos soltar Barrabás; e depois mandou açoitar Jesus, entregando-o para ser crucificado.
E Jesus se entregou para morrer, manso como um cordeiro. Na sua agonia ainda pediu perdão ao Pai por todos os pecadores, dizendo: Perdoa-lhes Pai, que eles não sabem o que fazem.
Carregou a sua cruz até ao monte Calvário, foi flagelado, açoitado, cuspiram-lhe no rosto, esbofetearam-no, deram-lhe fel e vinagre a beber, foi crucificado no meio de dois malfeitores. Foi pregado num madeiro infamante, morrendo com trinta e três anos de idade.
Sendo coroado em sua cabeça com uma coroa de espinhos, com as siglas: J.N.R.J.
Foi assim que o mundo recebeu Jesus. Ele veio para o que era seu e os seus não o receberam. Ele era o Homem Luz, mas as trevas não o reconheceram.
Jesus é o Espírito mais sublime e mais perfeito que Deus nos ofereceu para nos servir de Modelo e Guia. Ele era grande e fez-se pequeno para puder habitar no nosso planeta e redimir os homens com o Sol da verdade, mas muitos não O entenderam, nem O compreenderam. Ele como governador planetário trazia aos homens uma Carta de Deus, com um código seguro, de Amor, Justiça e Paz, para todos nós – o Seu Evangelho. A tarefa Messiânica de Jesus era sanear a Terra de suas iniquidades, oferecer à humanidade directrizes espirituais mais perfeitas e definitivas, redimir os homens e encaminhá-los para o seu reino divino, de luzes e de amor. Não importando ao Divino Cordeiro os sofrimentos físicos e morais que suportou. Indicando os caminhos luminosos do amor e da paz. Deixou-nos um legado eterno que é lei, não somente neste Planeta retardado, mas para todo o Cosmo.
O Cristo tinha anunciado aos seus apóstolos que o filho do Homem seria rejeitado pelos sacerdotes do Templo e oficiais, seria condenado, flagelado e entregue aos gentios.
Os amigos, quando é chegada a hora da sua morte, abandonaram-no com medo de serem também condenados.
Foi depositado num túmulo emprestado, por compaixão dum amigo.
O fracasso parecia total, mas vinte séculos depois: é figura central da História.
É o Homem de quem mais se fala na história da Humanidade.
A História fala dos grandes homens que ficaram para a História, mas nunca nenhum na História foi tão falado como o Homem de Nazaré.
Foi e é o inspirador de todos os autênticos movimentos e doutrinas sociais em favor da pessoa, de todas as Pessoas em todas as dimensões. Continua a inspirar os seus seguidores no Mundo e a todos aqueles que a Ele se disponibilizam para O, seguirem e O ensinarem…É que ele está vivo, está no meio de nós, em cada um de nós. Ele ressuscitou. Ele é o nosso Rei de Amor, Luz, Justiça, Paz e Verdade.
Jesus partiu para o Pai, mas não nos, deixou ficar órfãos, enviou outro Consolador — O Espírito de Verdade.
Jesus foi o fundador do mais puro e do mais verdadeiro Cristianismo.
Jesus ressuscitou, a pedra do seu túmulo foi afastada e os soldados ficaram assustados e caíram por terra cheios de medo
Maria Madalena e a outra Maria foram também ao túmulo para ungirem a Jesus, mas encontraram o túmulo de Jesus vazio.
Pensaram que tivessem roubado o corpo de Jesus.
Aconteceu que, estando elas consternadas por isso, eis que apareceram junto delas dois homens com vestidos resplandecentes.
Estando elas amedrontadas e com os olhos no chão, disseram-lhes: «Porque buscais entre os mortos, aquele que está vivo? Ele não está aqui, ressuscitou. Lembrai-vos do que Ele vos disse, quando estava na Galileia: Importa que o Filho do homem seja entregue nas mãos dos homens pecadores, seja crucificado, ressuscite ao terceiro dia.”
Jesus depois de sua morte apareceu a Maria Madalena; foi ela a primeira a ver o Mestre ressuscitado. Maria Madalena após ver Jesus foi imediatamente com a notícia a Pedro e a João, seus discípulos.
Depois Jesus apareceu aos seus discípulos e ainda conviveu com eles durante quarenta dias, continuando a lhes dar ensinamentos e fortalecimento na sua fé.
Estava a prepará-los para serem eles os divulgadores e continuadores da evangelização de todos os povos e também para lhes mostrar a imortalidade da alma e a sua sobrevivência.
Jesus sempre os assistiu espiritualmente.
Até que se despediu materialmente dos quinhentos da Galileia por ocasião da sua ascensão.
Subiu ao Céu numa nuvem que O encobriu aos olhos de toda a gente!
(As materializações sempre são dissolvidas em uma nuvem de ectoplasma).
Todos cheios de enorme alegria, voltaram para Jerusalém, indo ao Templo para agradecerem e louvarem a Deus.
Depois de receberem a manifestação do Espírito Santo, no dia de Pentecostes, pregaram por toda a parte e fizeram muitas curas.
Jesus está ressuscitado, mas certamente faltará ainda ressuscitar no coração de muitos homens na terra! Mas na verdade é que todos um dia O adorarão em Espírito e Verdade, porque só Ele é o Caminho a Verdade e a vida.

Fontes de consulta:
A bíblia sagrada;
Boa Nova de Francisco Cândido Xavier;
O Evangelho dos Humildes de Eliseu Rigonatti;
A Gênese de Allan-Kardec

Aurinda Tavares
  
     

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