domingo, 20 de dezembro de 2015

JESUS E O NATAL

                         
                                                            JESUS E O NATAL



Celebramos o aniversário de Jesus no dia 25 de Dezembro, mas a data exacta do seu nascimento é incerta, por motivos tão somente transparentes, em face das mudanças de calendário, da falta de registos históricos de fontes devidamente confiáveis
Muito embora não saibamos a data em que Jesus nasceu, em todo o Mundo se celebra o Natal de Jesus no dia 25 de Dezembro, por ter sido um acontecimento histórico na história da Humanidade, mas na realidade a data em que Jesus terá nascido é incerta. Não temos no Mundo documentos que nos comprovem o ano, o dia, e o mês do seu nascimento. Há historiadores que asseveram, que Jesus não terá nascido no ano 0 da nossa Era e recordam-nos que a Palestina, principalmente a Judeia, era governada por Herodes, o Grande e que ele morreu aproximadamente no ano 4 antes de nossa Era.
Como Herodes mandou matar os recém-nascidos até aos dois anos de idade, provavelmente, isso deverá ter acontecido dois anos antes de ele ter morrido, recuando a data do nascimento de Jesus para os anos 6 ou 7 da nossa Era.
Também há historiadores que asseguram que Jesus terá nascido entre os dias 2 ou 4 no mês de Abril.
O calendário primitivo era lunar e para ser adaptado à realidade foram necessárias, muitas concessões.
É n´uma dessas noites frias e estreladas de inverno palestino, quando na profundidade dos espaços siderais, se completava a conjunção insólita, as vibrações celestiais desceram sobre Belém e envolveram a casa humilde onde o Menino Jesus nascia e os pastores rústicos, enrodilhados em seus mantos desceram as encostas dos montes daquelas proximidades, beneficiados de uma incrível lucidez, viram os clarões luminosos que desciam do céu, e ouviram o coro inaudível dos Espíritos, clamando, para todo o mundo:” Glória a Deus nas alturas e paz na Terra aos homens de boa vontade”. Ora, como podemos verificar os pastores faziam vigílias, por causa dos seus rebanhos quando estes viviam ao ar livre, desde uma semana antes da Páscoa (no fim do mês de Março) até meados de Novembro.
Raciocinando veremos que os animais também passavam o inverno nos seus abrigos; com base nisso é improvável que a data em que festejamos a tradicional festa de Natal esteja certa, visto que o Evangelho nos dá notícia de que os pastores estavam nos campos e que foram guiados por uma Estrela que ia à frente deles e que chegando até ao lugar aonde se encontrava o menino a estrela aí se deteve.
Alguns magos também vieram do Oriente e do Ocidente a Jerusalém, sendo também guiados por uma estrela até à manjedoura aonde Jesus tinha nascido, encontrando Jesus, juntamente com seus pais — Maria e José seu esposo. Eles então se prostraram diante do menino o adoraram e lhe ofereceram presentes, ouro incenso e mirra.
A “estrela guia” que os guiou poderia ser simbólica, representando a conjunção de astros ou também poderia ser um Espírito visto pela vidência que, sob essa forma, serviu de guia às caravanas que iam visitar o Menino-Luz.
Segundo alguns observadores, fora o Cometa de Halley que naquele dia e naquele período se fizera visível por toda a Galileia. Para outros era uma conjunção de astros que produziram refração na atmosfera, com incidência do seu facho luminoso sobre a manjedoura na qual Jesus nascera e que Ele glorificou com o Seu nascimento.
Analisando todas estas questões podemos admitir várias hipóteses, mas não nos percamos em hipóteses, porque Jesus é em síntese, a “constelação dos astros divinos” revestindo a forma humana para conviver com os homens na Terra.
A chegada de Jesus ao nosso Planeta foi profetizada muitos séculos antes da sua vinda à Terra. Tanto no Velho Testamento, como no Novo Testamento, são narrados factos importantes da sua vinda à Terra.
A preparação para o seu reencarne na Terra, demorou cerca de mil anos, para que Ele pudesse viver na Terra e para que pudesse conviver com os homens no nosso Planeta. Jesus vivia e vive, em mundos celestes e, nesses mundos os seres que neles habitam, os seus corpos são menos densos, menos materiais, muito sublimados e por conseguinte, não poderiam viver em nosso Planeta com corpos de matéria mais rarefeita, mais etéria e mais sublime. Precisando então de se revestir de um corpo carnal para a execução da sua tarefa messiânica. Ele é um Espírito Crístico que desceu de um Mundo Divino para nos trazer as verdades eternas do seu Evangelho.
Quando o excelso Missionário, custodiado pelos seus luminosos assistentes espirituais se aproximou da atmosfera terrestre, no crucial sofrimento da sua redução vibratória para uma adaptação ao nosso Mundo material denso, já seus assistentes lhe haviam preparado todo um ambiente na Terra para o seu nascimento físico.
Pela sua pureza e semelhança de fluídos de Jesus, Maria de Nazaré foi a escolhida para vir a ser sua Mãe.
Precisou Jesus do concurso de dois entes que se amavam de Maria e de José , para que se pudesse concretizar a chegada do Messias à tanto tempo esperado na Terra.
Aquele ser Divino confiou Deus, os destinos de toda a Humanidade. Ele é o nosso irmão mais velho, o Mentor da Terra, o ser mais responsável pelo equilíbrio e manutenção do nosso Planeta.
Fez-se homem e habitou entre nós para nos trazer um código de moral elevada para que nos servisse de farol e de roteiro seguro —, O seu Evangelho.
Nasceu numa manjedoura entre pacíficos animais e singelos pastores.
O menino que Maria enfaixou, e deitou numa manjedoura é bem a demonstração daquele que um dia seria o Rei dos reis e a Luz do Mundo. Contam as escrituras que o evento se deu num estábulo numa manjedoura por não ter havido lugar para o seu nascimento numa hospedagem.
Porque é que nós comemoramos o Natal em Dezembro? Porque a cultura romana e a sua mitologia, havia reservado o dia 25 de Dezembro para a festa pagã do Solis Invictus (o Sol Invencível) logo após o chamado solstício do Inverno (22 ou 23, o dia mais curto do ano europeu que culminava com celebrações de natureza sensual para o gozo e para a perversão.
Os cristãos primitivos também resolveram celebrizar Jesus, com o intuito de elegerem a data do seu nascimento para que ela pudesse ser substituída por uma comemoração, vulgar e perturbadora, por outra de significado transcendente e de profundo conteúdo, como uma representação muito maior do que a convencional.
Transferindo então a data do nascimento de Jesus, de Abril para Dezembro.
Com esta resolução foram empanadas e também esquecidas um pouco mais tarde as evocações aos deuses Baco, Saturno e as grandes entregas ao sensualismo.
Também no ano 350, o Papa Júlio I fixou o dia 25 de Dezembro como sendo a data oficial do nascimento de Jesus, no entanto este acontecimento nada impediu que as Igrejas Ortodoxas (russas e gregas) o comemorassem no dia 6 de Janeiro.
Há historiadores que defendem que com esta escolha se pretendeu combater as festividades pagãs da Saturnália (de 17 a 24 de Dezembro) —, um festival realizado durante o solstício de Inverno em homenagem a Saturno, o deus da agricultura, que culminava no dia no dia 25 com Brumália, onde se comemorava a vitória do dia sobre a noite (o que era muito importante para a economia agrária daqueles povos, porque eles paravam de trabalhar, enquanto durassem as festividades.
A igreja católica saída do Concílio de Niceia (no ano 325) também via nesses festejos uma ameaça para o seu poder temporal e se, por um lado, não permitia que deuses pagãos continuassem a ser venerados, por outro, não sabia como resolver o problema para acabar com essas tradições tão fortemente enraizada nos costumes daqueles povos.
Perante tão arraigados costumes, o Papa Júlio I teve a ideia de transformar a Brumália (25 de Dezembro) numa festa religiosa, fixando este dia como sendo a data oficial, aquela em que nasceu o Salvador do Mundo, conservando-se assim a tradição até aos dias de hoje.
Até à data actual o catolicismo ainda mantém como certo o nascimento de Jesus no dia 25 de Dezembro, mas pelo exposto acima, percebe-se que não é esta a data certa. Mas na verdade quando eu era criança, lembro-me de gostar muito da época natalícia e do presépio de Natal da minha Igreja. Sendo para mim, a festa mais bonita que a Igreja celebrava, porque no dia 24 de Dezembro celebra-se a chamada missa do “galo” à meia – noite, havia cânticos na igreja, anunciando nascimento do Menino Jesus e se cantava —, glória a Deus nas alturas e paz na Terra às criaturas. Fazia-se um lindo presépio com musgo, com as figuras emblemáticas de S. José, de Nossa Senhora, do Menino Jesus, dos Reis Magos, dos pastores, dos animais e da Estrela, simbolizando o nascimento do nosso Redentor.
O menino Jesus era beijado na noite do seu nascimento e continuaria a sê-lo durante todo o tempo do Advento e até ao dia 6 de Janeiro, chamado o dia de Reis.
As religiões ortodoxas, não festejam o dia 25 de Dezembro como sendo o seu dia de Natal.
Foi no ano de 1223, que S. Francisco de Assis resolveu fazer a reconstituição — ao — vivo do nascimento de Jesus, celebrando missa à meia-noite junto do seu presépio. Acabando a sua recomposição por ser uma cópia a ser espalhada por todo o Mundo da cristandade.
Também a montagem da árvore de Natal é uma tradição de origem germânica. S. Bonifácio adoptou a ideia no século VIII para poder substituir os sacrifícios do carvalho sagrado, oferecidos ao deus pagão Odin.
Criou-se uma lenda sobre o Pai Natal, mas ela está baseada em factos reais, acabando por vir a ser real e com uma belíssima imagem em seu futuro, sobretudo, para as crianças e para os jovens que esperam ansiosamente pela noite de Natal.
No séc. IV, ao tempo do Imperador Constantino, um bispo chamado Nicolau, nascido na Ásia Menor (hoje é chamada Turquia), costumava anonimamente, distribuir dinheiro pelas pessoas mais carenciadas.
Pelo amor e pela caridade que praticava, era uma pessoa religiosa muito amada por todas a população dos sítios por onde passava. Depois da sua morte espalhou-se na Holanda o costume das crianças porem os sapatos á porta de sua casa, no dia 5 para o dia 6 de Dezembro, esperando a sua visita. Este foi o último dia da festa deste santo.
Posteriormente este costume passou a ter a sua tradição na noite de Natal!
Como podemos analisar as pesquisas históricas apontam para que Jesus não tenha nascido, nem em Dezembro, nem há 2015, anos, devendo-se então estas possíveis falhas a erros e às inúmeras falhas, devido a múltiplos erros, alterações e casuísmo da fixação do calendário oficial, que inclui supressão ou extensão de dias e meses.
Não nos importa de facto a data em que Jesus nasceu! O mais importante para todos nós é que Ele nasceu e esteve entre os homens para os encaminhar no seu longo peregrinar para Deus nosso Pai. Façamos então do nosso coração a singela manjedoura para o seu nascimento.
Nos acontecimentos natalinos ainda ocorre o esquecimento quase completo da personalidade de Jesus e da sua missão divina, pois no lugar Dele, surge a figura do Pai Natal, pois embora seja atraente, e engraçado, mas não tem conteúdo espiritual para as crianças. É importante que se dê a conhecer a todas as crianças do Mundo, quem é Jesus, e qual foi a sua missão na Terra, demonstrando-lhes e ensinando-lhes os seus ensinamentos, tornando-as cristãs. Fazendo-lhes compreender o significado verdadeiro do Natal. Ensinando-lhes que o Natal verdadeiro não é somente receber presentes, mas que Jesus é o melhor presente nas suas almas e nas suas vidas. Na época de Natal, troca-se Jesus pela figura lendária do bom velhinho de longas barbas, sendo Jesus o grande esquecido! Pouco se fala de Jesus, dos seus ensinos e da sua mais pura fraternidade. No Natal tem-se a oportunidade de fazer todos os pedidos ao Pai Natal, dos presentes que se pretendem e, as crianças ansiosamente esperam pela magia do Pai Natal que lhe vem trazer os seus presentes.
Se falam, e se concretizam-se sonhos, com muitas esperanças, e com muitas fantasias. Tudo isto, em função do poderoso interesse comercial, com músicas e festas encantadoras, com ruas enfeitadas e com o bom do velhinho trepando janelas acima, levando os seus presentes, há tanto tempo esperados e que, de certa forma tomando eles o lugar de Jesus.
Precisamos de espiritualizar as comemorações do nosso Natal, sobretudo, orientando e educando as crianças sobre o real significado do nascimento de Jesus e da sua missão na Terra, dando-lhes a conhecer o seu real significado do Natal. Devemos separando a lenda do Pai Natal de Jesus, dando a conhecer a todas as crianças do Mundo quem foi Jesus e qual foi a missão que Jesus desempenhou na Terra.
Tenhamos todos, um Santo e um Bom e Feliz Natal com Jesus em nossos corações!
Muita paz, de Jesus com muito amor e  que Jesus nos abençõe e nos proteja sempre, são os meus votos muito sinceros. 
Boas-Festas e Festas iluminadas com Jesus.
                          
                                                                       Aurinda Tavares                                                    
                                                                                                           


                                                      


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