segunda-feira, 26 de agosto de 2024

                                                  O SONO E OS SONHOS

                                                       O SONO E OS SONHOS

“DORMIR É UM MODO INTERNO DE MORRER”

                                              MACHADO DE ASSIS

No capítulo VII de “O Livro dos Espíritos Allan Kardec direciona suas intuídas questões aos Espíritos Superiores acerca do sono e dos sonhos, obtendo informações notáveis e instrutivas.

A ciência que progrediu de forma geométrica, em termos tecnológicos, desde a época de Kardec, ainda titubeia, hesita e teoriza sobre o assunto, o Espiritismo, contudo, aborda-o em extensão. Aqui, apenas tratamos de compilar modestamente o que está contido em “O Livro dos Espíritos” sobre este relevante, tema intrinsecamente, ligado à vida humana.

O SONO

1.1-       O que é?

É o repouso corporal a que todo o ser humano está sujeito. Quando a pessoa dorme, pelo lapso de tempo que dure o seu sono, encontrar-se-á em condição similar à que permanentemente, estará após o seu desencarne. O sono é a porta de contacto entre o mundo corpóreo e o mundo dos Espíritos.

Sendo este último, o verdadeiro, meio da criatura.

1.    2- O sono e o espírito

Enquanto o envoltório carnal precisa, por sua natureza, de repouso do sono, o Espírito jamais fica inativo e, durante o sono do corpo, afrouxa os liames fluídicos que o prendem à matéria, percorre o espaço, entrando em contacto com outros Espíritos, encarnados ou desencarnados.

1.2.1- O sono e os Espíritos elevados

Os Espíritos de maior elevação moral, durante o sono físico do corpo ao qual estão ligados, buscam fazer contacto com o Espírito em estágio superior aquele em que se acham, viajando, conversando, instruindo-se e trabalhando com eles.

1.2.2- O sono e a maioria dos Espíritos

Ligados a antigas afeições e magnetizados pela matéria, aos prazeres sensoriais, é comum a maioria dos Espíritos buscarem-se, procurarem-se durante o sono, e ligarem-se a Entidades de menor padrão vibratório, partilhando com essas Entidades as sensações e até as tornam mais ignominiosas.

1.2.3-O sono e a saúde

O Espírito aproveita todos os momentos de entorpecimentos dos sentidos do corpo para “libertar-se ”ao invés de que se possa imaginar, quanto menor é a saúde corporal, maior a liberdade dos Espíritos, pelo “ afrouxamento ”dos liames que o prendem à matéria.

1.2.4- O sono, as simpatias e as antipatias

Pelos contactos estabelecidos durante o sono, os Espíritos ligam-se, seja por afeição, seja por sentimentos de reserva, para com as pessoas com as quais convive, irá conviver, ou mesmo, com quem não terá qualquer tipo de contacto na sua reencarnação. Podem receber instruções e ideias e, até mesmo conforme seu tônus vibracional, reunirem-se com outros Espíritos, encarnados ou não, para estudos, auxílio, a outros espíritos, encarnados, ou não, ou fazerem visitas a outros Espíritos, a outras esferas espirituais. Que quase diariamente, são visitados por parentes, amigos, conhecidos, ou outros Espíritos.

O sono, inegavelmente, é fator decisivo de influência em nossa vida.

1.3-Faculdades dos Espíritos durante o sono

1.3-1-Lembranças do passado

Guardando, gravados, em seu perispírito, os factos e acontecimentos de vidas pretéritas, ou da presente vida, muitas vezes o Espírito os revive e em toda a sua intensidade, durante o sono.

1.3.2- Previsões do futuro

A reencarnação dos Espíritos é sempre programada, embora lhe seja atribuída a excelsa e Divina faculdade do Livre Arbítrio; essa programação é feita pelos próprios Espíritos ou pelos Espíritos subordinados à liderança do Orbe, em função da sua elevação moral.

Eventualmente, essas mesmas entidades superlativas em evolução, consentem que sejam ensejada a Espíritos, a antevisão, a preconização, de factos que lhes digam respeito, em geral, e mesmo quanto a ocorrências envolvendo povos e países, mais raramente.

2.- Os sonhos

2.1-O que são

Constituem-se nas lembranças do que o Espírito viu e participou durante o sono.

2.2-Tipos de Sonhos

2.2.1-Absurdos ou Perturbados

Muitas vezes decorrem da lembrança da perturbação verificada ou no instante do desencarne ou do retorno do Espírito ao corpo. É de registar-se, contudo, que os maus Espíritos também se utilizam dos sonhos para assustarem as criaturas cujas vibrações vivenciadas no instante de conciliar o sono, ou provindas do seu próprio caráter, sejam-lhe elas atrativas.

Incoerentes

2.2.2- Explicam-se pelas “lacunas” das lembranças incompletas ou interrompidas do que foi visto ou vivido nos sonhos. Podem também ser o efeito da lembrança de fatos ocorridos em vidas pretéritas, na Terra ou em outros mundos, fragmentados, formando conjuntos sem nexo ou lógica.

2.2.3- Rememorativos

São os sonhos de fatos que marcaram indelevelmente o Perispírito em vidas anteriores ou na atual, podendo reportar boas e más ocorrências e fatos consigo próprio ou envolvendo parentes, conhecidos e estranhos. Dessa natureza de sonho resultaram extraordinárias obras de literatura mediúnica.

É sabido que Chico Xavier e Ivone Pereira, para nos restringirmos apenas a dois exemplos, foram transportados, durante o sono, para “cenários vivos” que não apenas VIRAM, mas VIVERAM em sonho. Ao despertarem, ainda sob supervisão espiritual, narraram-nos, psicograficamente. Assim vieram a lume verdadeiros tesouros do romance espírita, como “Há 2000 anos” Paulo e “Estêvão”. “Dramas da Obsessão”. Memórias de um suicida e muitos outros.

2.2.4- Premonitórios

Ocasionalmente chamados de sonhos precognitivos: são aqueles em que o Espírito antevê experiências pelas quais poderá, ele próprio, ou pessoas a ele ligadas e mesmo coletividade, passar.

Aos Espíritos Elevados é permitido eventualmente, vislumbrar ocorrências de importância até para o Orbe e para a humanidade.

2.3-A perda de lembranças dos sonhos

Deve-se em geral, à composição grosseira da matéria corpórea e das dificuldades do Espírito, pelas vibrações próprias aquele corpo de reter as impressões vivenciadas nos sonhos.

2.4- Da significação dos Sonhos

Os sonhos apresentam imagens nitidamente reais, mas que, necessariamente, não têm relação com a vida corpórea, apenas eventualmente podem significar um pressentimento, ou advertência, ou um aviso, que decorrem do contacto estabelecido com parentes, ou pessoas amigas durante o sono.

2.5- Influência corpórea dos sonhos

O Espírito, preso que está, pelos laços fluídicos, ao corpo, jamais perde, por completo, sua influenciação. As preocupações da vida quotidiana podem, em consequência, influenciar o Espírito, pela sua interação com a matéria. Uma ideia preocupante centraliza e concentra energias.

3- Conclusões

Estas breves anotações tiveram como base unicamente de “O LIVRO DOS ESPÍRITOS” que permanece atual e avançado, em seus estudos e em suas lições. Que possam elas servir de estímulo, a todos aqueles que veem, na obra kardequiana, uma fonte inesgotável de saber e de ensinamentos fidedignos.

Aurinda Tavares

 

         

 


sexta-feira, 23 de agosto de 2024

“RESENHA DO LIVRO: NOS DOMINIOS DA MEDIUNIDADE”

                       

“RESENHA DO LIVRO: NOS DOMINIOS DA MEDIUNIDADE”
                                                   
                                               
             RESENHA DO LIVRO: NOS DOMÍNIOS DA MEDIUNIDADE

Este Livro é o nono da série de André Luiz, psicografado pelo médium: Francisco Cândido. É composto por trinta capítulos, os quais merecem uma leitura minuciosa, e um estudo aprofundado para análise de todos os temas neles abordados, para nossa reflexão, estudo e orientação da nossa conduta diária.

Para ser bem compreendido, e de mais fácil compreensão, o seu conteúdo, é necessário, estudarem-se as Obras básicas: “ O Livro dos Espíritos, o Livro dos Médiuns e as restantes obras básicas de “Allan Kardec”.

No Livro Nos Domínios da Mediunidade, extraem-se valiosos ensinamentos, para quem, deseja melhor, compreender os fenômenos mediúnicos, porque a obra em si é riquíssima, e nos ajuda a melhor conhecermos a mediunidade que, possuímos.

Nos seus trinta capítulos apresenta um estudo dos mecanismos da mediunidade, tanto no plano físico como no espiritual, levando-nos a uma meditação muito séria, e profunda, e a pensarmos muito nos transtornos, e nos constrangimentos embaraçosos que, nos trazem a: Obsessão, a subjugação, a possessão e a fascinação.

Ninguém queira passar, por esses tormentos. Eles são muito dolorosos e poderão levar-nos a cometer atos errados, inclusive o suicídio.

Conforme acentuou Allan Kardec o maior adversário da mediunidade é a obsessão, e os seus antídotos eficazes são o conhecimento e a prática sadia da doutrina incorporada ao cotidiano.

A mediunidade constitui abençoado meio para evitar, corrigir e sanar os processos obsessivos, quando exercida religiosamente, isto é, com unção, com espírito de caridade, voltada para a edificação do “Reino de Deus” nas mentes e nos corações.

A obsessão é obstáculo à correta educação da mediunidade e ao seu exercício edificante, face à instabilidade e insegurança de que se faz portadora.

No entanto revela a presença da faculdade mediúnica naquele que sofre o constrangimento espiritual dos maus espíritos, pois estes somente a exercem como expressão da ignorância e loucura de que se fazem infelizes que também o são nos propósitos que alimentam e nas ações que exercem.

Pululam em torno da Terra os maus Espíritos, em consequência da inferioridade de seus habitantes.

A ação malfazeja desses Espíritos é parte integrante dos flagelos com que a Humanidade se vê abraços neste mundo.

A obsessão, que é um dos efeitos de semelhante ação como as enfermidades e todas as tribulações da vida, deve, pois, ser considerada como provação ou expiação e aceita com esse carácter “ A Gênese cap. XII.”

Seja, porém, qual for o processo através de cujo mecanismo se apresente a obsessão, resulta da identificação moral de litigantes que se encontram na mesma faixa vibratória, necessitados de reeducação, amor e elevação.

Com os esclarecimentos que, a Doutrina Espírita nos traz, sabemos que a obsessão existe por estarmos ainda eivados de sombras. Ela se alastra por que os seres humanos trazem em si mesmos os germes da inferioridade que são matizes predisponentes, facultando a incursão dos que se erigem em cobradores.

Este o grande problema da Humanidade: o confronto entre os que devem e os que se julgam no direito de cobrar. E para que atinjam seus objetivos, utilizam-se de inúmeros métodos, buscando o acerto de contas.

Os Espíritos exercem incessante ação sobre o mundo moral e mesmo sobre o mundo físico. Atuam sobre ”a matéria e sobre o pensamento e constituem uma “das potências da Natureza, causa eficiente de uma, “multidão de fenômenos até então mal” explicados e que não encontram explicação racional senão no Espiritismo.

As relações dos Espíritos com os homens são constantes. Os bons Espíritos nos atraem para o bem, nos sustentam nas provas da vida e nos ajudam a suportá-las com coragem e resignação. Os maus nos impelem para o mal: é-lhes um gozo ver-nos sucumbir e assemelharmo-nos a eles “Livro dos Espíritos” de Allan Kardec.

Entre os que são tidos por loucos, muitos há que apenas são subjugados; precisariam de um tratamento moral, enquanto com os tratamentos corporais os tornam verdadeiros loucos. Quando os médicos conhecerem bem o Espiritismo saberão fazer essa distinção e curarão mais doentes do que com as duchas. “O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec”

A obsessão é vérmina a corroer o organismo emocional e físico da criatura humana. Somente ocorre a parasitose obsessiva quando existe o devedor que se torna maleável na ária da consciência culpada, que sente necessidade de recuperação. Conservando ainda a matriz da inferioridade moral no cerne do ser, o Espírito devedor faculta a vinculação psíquica da sua antiga vítima, que, se lhe torna, então, cruel cobrador, passando à condição de verdugo alucinado.

Estabelecida a sintonia, o vingador ensandecido passa a administrar, por usurpação, as energias que absorve e lhe sustentam o campo vibratório no qual se movimenta.

A obsessão é obstáculo à correta educação da mediunidade e ao seu exercício edificante, face à instabilidade e insegurança de que se faz portadora.

Para se puderem qualificar os médiuns temos que recorrer à Doutrina Espírita, porque só ela tem a luz necessária para nos orientar e nos guiar em nossas mediunidades.

A Doutrina Espírita é Jesus, representado na terra, só ela tem as chaves de todos os conhecimentos, ensinados por Jesus. Jesus prometeu-nos um outro Consolador, o Espírito da Verdade.

Jesus, também nos disse: Conhecereis a verdade e a verdade vos tornará livres.

Mediunidade não basta só por si. É preciso saber que tipo de onda assimilamos para conhecer da qualidade do nosso trabalho e ajuizar de nossa direção (…) a mediunidade é um dom inerente a todos os seres, como a faculdade de respirar, cada criatura assimila as forças superiores ou inferiores com as quais se sintoniza.

Nesta obra é realçada a importância da sintonia do pensamento em todos os fenômenos mediúnicos.

São abordados com insistência, a sintonia, o pensamento e a renovação com o objetivo de nos indicarem o caminho mais seguro para uma mediunidade mais segura e equilibrada.

Pelo estudo deste livro, compreenderemos melhor a nossa mediunidade, as sintonias e as ondas mentais com quem nos afinizamos. Compreenderemos que, se não tivermos vigilância de bons pensamentos, nos sintonizamos com o mal, mas que pudemos sempre nos ligarmos aos Espíritos Superiores pelos nossos canais de intuição, desfrutando de harmonia e paz, através da oração, disciplina e estudo, a fim de sermos fiéis instrumentos de Jesus e dos Bons Espíritos.

André Luiz vem contar-nos que a maior surpresa da morte carnal é a de nos colocar face a face com a própria consciência, onde edificamos o Céu, estacionando no purgatório ou nos precipitamos no abismo infernal;

Vem lembrar que a Terra é oficina sagrada, que ninguém a menosprezará, sem conhecer o preço do terrível engano a que submeteu o próprio coração.

No Livro nos “Domínios da Mediunidade”, extrairemos temas para bem s estudarmos: desdobramento, clarividência e clauriaudiência, os efeitos físicos e a materialização, o problema do fumo e do álcool, o passe, psicofonia, sonambulismo, a possessão, a fascinação, a psicometria, a responsabilidade mediúnica de todos os médiuns.

O autor inicia com: Raios, ondas, Médiuns e Mentes.

Fala-nos da importância cada vez maior do intercâmbio espiritual entre as criaturas, os assuntos são abordados acerca da mediunidade. Leva-nos particularmente em seus desequilíbrios e na importância da fortaleza. Esclarece-nos sobre a maneira como tratar as epidemias da alma e nos fortalecermos espiritualmente.

E que na grande romagem todos somos instrumentos das forças com as quais estamos em sintonia. Todos somos médiuns, dentro do campo mental que nos é próprio, associando-nos às energias edificantes, se o nosso pensamento flui na direção da Vida Superior, ou às forças perturbadoras e deprimentes, se ainda nos escravizamos às sombras da vida primitivista ou torturada.

Cada criatura com os seus sentimentos que se identifica lhe caracterizam a vida íntima emite raios específicos e vive na onda espiritual com quem se identifica.

André Luiz é bastante claro para que nos alonguemos em qualquer consideração.

Cada médium com a sua mente.

Cada mente com os seus raios, personalizando observações e interpretações.

Consoante os raios que arremessamos, erguer-se-nos-á domicílio espiritual na onda de pensamento a que nossas almas se afeiçoam.

Isso, em boa síntese, equivale, ainda a repetir com Jesus: “A cada qual segundo as suas obras”.

André Luiz foi o escolhido para nos transmitir os novos ensinamentos. E o fez, absolutamente de acordo com a orientação segura e sábia de Emanuel e Bezerra de Menezes.

Achando-se a mente na base de todas as manifestações mediúnicas, é imprescindível enriquecer o pensamento, incorporando-lhe os tesouros morais e culturais os únicos que, nos possibilitam fixar a luz que jorra para nós das Esferas Mais Altas, através dos gênios da sabedoria e do amor que supervisionam nossas experiências.

É na oração, e na caridade, e na humildade, que encontraremos as maiores bênçãos e refazimento espiritual.

O Evangelho é o farol que ilumina a nossa consciência. A reforma íntima sua pedra de toque.

Fontes de consulta: O Livro nos Domínios da Mediunidade;

O Livro dos Espíritos; A Génese.

Aurinda Tavares

                                                       

sexta-feira, 26 de julho de 2024

                  

Resenha do Livro Médiuns e Mediunidades

Resenha do Livro Médiuns e Mediunidades

Temos aqui nesta imagem, Jesus, o grande médico das almas, a curar os enfermos, foi Ele o maior médium de todos os tempos. Devo salientar que, Jesus era médium directo de Deus. O que Ele transmitia vinha directamente de Deus.

 O Livro referenciado acima, foi psicografado pelo Médium Divaldo Pereira Franco e ditado pelo Espírito Viana de Carvalho.

Divaldo dedica-se intensamente, à divulgação da Doutrina dos Espíritos e do livro Espírita.

É sua abnegada mentora Joana de Angelis, que realiza uma experiência educativa e evangélica de altíssimo valor, tem sido colaboradora de Jesus nas suas diversas reencarnações.

De retorno ao mundo dos Espíritos, Viana de Carvalho continua a manifestar o seu amor pela Doutrina Espírita, valendo-se agora da mediunidade psicográfica para prosseguir na iluminação de consciências e consolidando esperanças, combatendo a descrença e dirimindo dúvidas, estancando lágrimas e implantando a fé raciocinada, como infatigável pregoeiro da Boa Nova.

O Livro Médiuns e Mediunidades, esclarece diversos tópicos em torno dos médiuns e dos diferentes tipos de mediunidade.

Em seu sumário temos: Médiuns e mediunidades. A religião Espírita; o Livro dos Médiuns. Ceticismo ante a mediunidade ;  Evocação dos Espíritos; Consciência mediúnica; Dons Mediúnicos; Responsabilidade Mediúnica; Objetivos da Mediunidade; Problemas da Mediunidade; Obstáculos à mediunidade nobre; Educação das forças mediúnicas; Mistificação na mediunidade; Rivalidade entre os Médiuns; Obsessão; Obsessão na mediunidade; Médiuns em desconcerto; Médiuns fenômenos; Médiuns imperfeitos; Médiuns instáveis; Médiuns exibicionistas e problemáticos; Médiuns sensacionalistas; Mediunidade e Jesus; Calvário dos Médiuns; Médiuns seguros; Médiuns responsáveis; Médiuns profetas; Médiuns Curadores; Médiuns iluminados, Mediunato.

Para se encontrar a essência do Livro Médiuns e Mediunidades, temos que recorrer à sua leitura, ao seu estudo, meditação e reflexão, e ter por base o Livro dos Espíritos, o Livro dos Médiuns, de Allan Kardec e das restantes obras básicas e complementares, de André Luís, etc, para  pudermos ser bem conduzidos em nossas mediunidades e sem prejuízo das mesmas. 

Este livro começa pelas seguintes expressões: No variado caleidoscópio das faculdades mediúnicas, sempre serão encontradas expressões novas e pessoais que se apresentam conforme o grau evolutivo de cada criatura, os seus valores morais e intelectuais ao lado dos objetivos da sua existência corporal.

Podemos afirmar, com efeito, que cada médium, em particular, tem as suas próprias características embora na generalidade todos se apresentem com síndromes semelhantes.

O primeiro Livro da Codificação de Kardec, que foi: o Livro dos Espíritos, editado em 1857, é um manancial rico de valores morais para o caminho humano que bem pode ser considerado não apenas como revelação da Esfera Superior, mas também como primeiro marco da Religião dos Espíritos em base de sabedoria e amor a refletir o Evangelho, sob a inspiração de Nosso Senhor Jesus Cristo.

O Livro dos Médiuns que é um desdobramento do Livro dos Espíritos, o Codificador examinou a questão de máxima importância, no capítulo primeiro, interrogando se “há espíritos”, como natural consequência da existência dos mesmos.

A Doutrina Espírita ensina a todos os médiuns o ensino prático no aprimoramento das faculdades mediúnicas. Os Espíritos, que eram considerados os mortos, os adormecidos, ou os desagregados voltaram à realidade e a comunicar-se com os homens na Terra, através da mediunidade, constatando-se a vida futura e os falsos adornos que os fantasiaram.

Allan Kardec, na condição de observador sábio, foi capaz de retirar do aparente divertimento das “mesas girantes e falantes” uma doutrina séria, quão profunda que o colocou ao lado dos grandes benfeitores da humanidade.

Em o Livro dos Espíritos, Allan Kardec iniciou o trabalho estudando Deus, como Inteligência Suprema, Causa Primária de todas as coisas.

Todas as religiões, assentam numa base-Deus.

Allan Kardec preocupou-se em orientar o indivíduo, no sentido de que, antes de tornar-se espiritista, seja espiritualista, isto é, primeiro conceba a existência dos seres espirituais para cuidar, depois, das suas comunicações.

Não é possível se fazer um curso de Espiritismo experimental, como se faz um curso de Física, ou de Química. Nas ciências naturais, opera-se sobre a matéria bruta, que se manipula à vontade, e pode regular-se os seus efeitos. No Espiritismo, temos que lidar com inteligências que gozam de liberdade e a cada instante nos provam não estar submetidos aos nossos caprichos.

O Livro dos Médiuns: nenhuma outra obra penetrou tão fundo as investigações, na palpitante questão dos médiuns, da mediunidade, dos efeitos morais do exercício mediúnico, seus perigos e bênçãos, oferecendo os mesmos excelentes e seguros resultados.

Allan Kardec, documentou, o preclaro instrumento das entidades superiores, as diferenças entre médiuns e mediunidades, demonstrando a necessidade da vivência moral para colher resultados salutares superiores, confirmando que, sendo os espíritos as “almas dos homens” desvestidas da matéria, o rigor e a seriedade diante das comunicações mediúnicas devem presidir as investigações e estudos de tão delicada quão importante questão.

A mediunidade é sempre uma perceção neutra, sendo os efeitos do seu exercício compatíveis com os valores éticos e morais daqueles que a detêm.

No entanto, aplicada para o serviço do bem, pode converter-se em instrumento de luz para o seu portador, tanto quanto para todos aqueles que a buscam.

Não são santos, apóstolos ou missionários, mas homens sujeitos a grandezas e misérias, consoante também do uso que fizerem da sua mediunidade.

A mediunidade não é sinal de santificação nem apresenta características divinatórias.

Muitos só veem no Espiritismo um novo meio de adivinhação e imaginam que os Espíritos existem para predizer a sorte de cada um. Os Espíritos levianos e zombeteiros não perdem ocasião de se divertir à custa dos que pensam desse modo.

A mediunidade, constitui, apenas um meio de entrar em contacto com as almas que viveram na Terra, sendo por isso os médiuns mais responsáveis, porque são os intérpretes dos Espíritos e contas darão do exercício mediúnico, posto que, não venham a ser “os cegos conduzindo outros cegos”, a que se refere o ensino evangélico.

O verdadeiro espírita jamais deixará de fazer o bem.

Lenir corações aflitos; consolar, acalmar desesperos, operar reformas morais, essa a sua missão.

É nisso também que encontrará satisfação real.

Tornar felizes os que professam o Espiritismo.

Para serem obtidos os fenômenos dos Espíritos é necessário pessoas dotadas de faculdades especiais e estas faculdades variam ao infinito, de acordo com as aptidões dos indivíduos.

Com o estudo e explicação racional as pessoas pelo exercício e do raciocínio compreenderão esses fenômenos.

O estudo da Doutrina Espírita deve ser uma constante na vida do médium, porque oferecem as bases fundamentais e reais do Espiritismo.

Uma conduta moralizada protege-o contra os Espíritos ignorantes e maldosos, que procurem embaraçá-lo no desempenho de sua mediunidade, e fá-lo contar com o auxílio dos Bons Espíritos.

 O médium que reunir estas cinco virtudes pode ser qualificado de bom: seriedade, modéstia, devotamento, abnegação e caridoso.

O que faz um médium fracassar: falta de análise das comunicações, leviandade, indiferença, presunção, orgulho, suscetibilidade, exploração, egoísmo, inveja e elogios.

Há médiuns transviados colocando-se contra a dignidade do Espiritismo, cobrando seus trabalhos, como charlatães desnutrindo a fé cristã, fazendo ao contrário daquilo que Jesus ensinou: Dai de graça o que de graça recebeste.

Cobrar por um trabalho mediúnico é atear fogo na própria consciência, vivendo o clima de “ranger de dentes”.

Apesar desses graves erros, o Espiritismo avança na sua pureza cristã, porque serão excluídos das suas fileiras os “vendilhões do templo”.

As dificuldades encontradas na prática do Espiritismo são, em grande parte, devidas à ignorância das leis espirituais. Foi por isso que por misericórdia, Jesus enviou um dos mais iluminados dos seus discípulos - O Espírito de Verdade.

Em todas as épocas houve médiuns iluminados, para ajudarem a humanidade no crescimento espiritual na sua ascensão para Deus.

Moisés, Francisco de Assis, Santa Teresa de Ávila, Joana de Arc, Santo António de Pádua e muitos outros foram médiuns iluminados.

Suedenbourg e Edgar Cayce ofereceram contribuições valiosas, no campo da revelação como das curas e premonições.

Todavia, existem inúmeros médiuns outros iluminados, no anonimato, sem o aplauso das multidões, realizando serviços de consolação e socorro em toda a Terra, a fim de que brilhe a grande Luz da Esperança.

Acima de todos eles temos Jesus, o Médium de Deus como Fonte Inspiradora para os homens de todos os séculos.

Conforme acentuou Allan Kardec, o maior adversário da mediunidade é a obsessão, e os seus antídotos eficazes são o conhecimento e a prática sadia da doutrina incorporada ao cotidiano.

A obsessão é obstáculo à correta educação da mediunidade e ao seu exercício edificante.

A mediunidade constitui abençoado meio para evitar, corrigir e sanar os processos obsessivos.

O médium, que não quer perder a assistência dos Bons Espíritos, deve trabalhar pela própria melhoria, para que a sua faculdade se desenvolva e engrandeça, abstendo-se de tudo o que possa desviá-la da sua finalidade providencial.

Deve preparar-se adequadamente, através da prece e da boa conduta íntima, que, em síntese, resume-se no ”Orai e Vigiai.”

Não existem médiuns ou mediunidades melhores que as outras; o que Deus espera de nós é que sejam praticadas com amor. Se procura-mos a felicidade realcemo-la, aplicando-nos ao estudo, porque o livro nobre é o professor silencioso, capaz de ajudar sempre.

A Doutrina Espírita é amor, ela é caridade, ela tem a tarefa de fazer reviver o Cristianismo, tendo os Espíritas como os novos discípulos do Senhor.

Jesus é e sempre foi a bandeira tremulante de luz que se mostra no topo do mundo.

A Doutrina Espírita dá-nos a chave de todos os prodígios realizados por indivíduos que viveram em todas as épocas e em todas as nações.

O tempo, esse lutador incessante, encarrega-se de aferir os valores e demonstrar que a “árvore que o Pai não plantou” termina por ser arrancada.

Façamos como Apóstolo Paulo” Já não sou eu quem vive, mas o Cristo que vive em mim”.

A faculdade mediúnica é concedida a determinados indivíduos, porque dela necessitam para o seu desenvolvimento moral e recuperação de compromissos que lhes pesam desfavoravelmente na economia das reencarnações passadas.

A mediunidade, não constitui sinal de elevação moral ou espiritual, razão pela qual homens nobres não a apresentam expressiva, enquanto outros inferiores e de má vida, são assinalados por possibilidades largas, em que não se aplicam com o zelo e a dedicação que merecem, sendo esta uma característica natural do seu estado evolutivo ainda inferior.

O bom uso da mediunidade, a convivência psíquica com os espíritos elevados, as ações caritativas, o estudo dos ensinamentos de que se faz instrumento, as aspirações nobres que cultiva, tornam o indivíduo melhor e capacitam-no ao ingresso na classe dos missionários, graças à conduta relevante e à abnegação que revela na prática do bem.

O espírito Pascal escreveu: “aproveitai dessa faculdade que Deus houve por bem conceder-vos. Tende fé na mansuetude do Mestre; ponde sempre em prática a caridade; não vos canseis jamais de exercitar essa virtude sublime, assim como a tolerância.

Estejam sempre as vossas ações de harmonia com a vossa consciência e tereis nisso um meio certo de centuplicardes a vossa felicidade nessa vida passageira e de preparardes para vós mesmos uma existência mil vezes ainda mais suave.

“Que, dentre vós, o médium que não se sinta com forças para perseverar no ensino espírita, se abstenha; porquanto, não fazendo proveitosa a luz que ilumina, será menos escusável do que outro qualquer e terá que expiar a sua cegueira. O livro dos médiuns, de Allan Kardec, capítulo XXXI, item XIII.

O médium iluminado tem como modelo Jesus Cristo.

Imitemos o Apóstolo Paulo: “Já não sou eu que vivo, mas é o Cristo que vive em mim.”

Que Jesus nos ilumine a todos, e nos dê as suas bênçãos de Amor, de Luz e de muita Paz.

Fonte de consulta: O Livro Médiuns e Mediunidades, psicografado: por Divaldo Pereira Franco e ditado por Viana de Carvalho ” Espírito”

Aurinda Tavares

 











                                                                   









     

terça-feira, 28 de maio de 2024

                 GRANDE FORÇA DO UNIVERSO!

PERMITE QUE TUA BONDADE NOS FAÇA BONS,


GRANDE FORÇA DO UNIVERSO!

PERMITE QUE TUA BONDADE NOS FAÇA BONS,

QUE TUA ALEGRIA NOS FAÇA ALEGRES,

QUE TUA LUZ NOS ILUMINE,

QUE TEU LABOR NOS FAÇA TRABALHAR,

QUE TUA PERFEIÇÃO NOS FAÇA MELHORES,

QUE TUA SABEDORIA NOS FAÇA SABER,

QUE O TEU AMOR NOS FAÇA AMAR,

E QUE TU, MORANDO EM NÓS SENHOR,

A RENÚNCIA SE TRANSFORME EM CONTENTAMENTO,

A COMPREENSÃO EM BEM-ESTAR,

O DESPRENDIMENTO EM DEVER,

A INSTRUÇÃO EM HÁBITO,

A EDUCAÇÃO EM NORMA DE VIDA,

A GENTILEZA EM DOAÇÃO DIÁRIA,

E A CARIDADE EM GEMA DIVINA QUE BRILHA EM TODOS OS NOSSOS SENTIDOS.

GLÓRIA A TI, POR TODAS AS GLÓRIAS DO UNIVERSO.

ABENÇOA-NOS A TODOS SENHOR, E DEIXA-NOS COM O TEU AMPARO, COM O TEU, AMOR, COM A TUA PROTEÇÃO, COM A TUA LUZ E COM AS BENÇÃOS DO TEU PERDÃO.

QUE ASSIM SEJA.

ENCONTREI PARTE DESTA ORAÇÃO, EM UM LIVRO DAS OBRAS DE ANDRÉ LUÍZ.

ACHEI LINDA, POR ISSO RESOLVI, DAR A CONHECER.

NÃO ME LEMBRO EM QUAL DOS LIVROS.

AURINDA TAVARES


quinta-feira, 14 de março de 2024

                                                                                  DEUS


                                                         DEUS

Aos olhos da alma embebecemo-nos na radiação celeste, que inunda toda a natureza.

Contempla-se a luz, as flores, os rios, os bosques, as folhagens, os inumeráveis seres da Natureza. Tudo revela potência, sabedoria, inteligência, bondade o que se faz sentir; é a universal ternura de um ser misterioso sempre, fazendo sucederem-se na superfície de uma vida que se perpetua por amor, e que jamais se extingue.

A unidade de Deus se mostra sob todas as formas.

O espírito se eleva à noção de uma lei única-lei e forças universais, que valem por expressão ativa do pensamento divino. Luz, calor, eletricidade, magnetismo, atração, afinidade, vida vegetal, instinto, inteligência, tudo deriva de Deus.

Seja de qual for a forma o observador, observe a Natureza, encontra uma trilha conducente a Deus-força viva, cujas palpitações, através de todas as formas, ele as sentirá no estremecer da sensitiva, como no canto matinal dos passarinhos.

Tudo é número, correspondência, harmonia, revelação de uma causa inteligente, agindo universal e eternamente.

Deus é a força inteligente, universal e invisível, que constrói sem cessar a obra da Natureza: Deus é o geômetra que opera eternamente. (Platão)

É nessa visualização da presença de Deus na Terra que a alma se eleva à noção do verdadeiro.

O ruído longínquo do oceano, a paisagem solitária, as águas cujos murmúrios valem sorrisos, o sono das florestas entrecortado de anseios, suspirosos, a altivez impassível das montanhas, tudo abrangendo de alto, são manifestações sensíveis da força que vela no âmago de todas as coisas. Abandonei-me, algumas vezes, a contemplar-vos, ó esplendores vívidos da Natureza! e sempre vos senti envoltos e banhados de inefável poesia! Quando meu espírito se deixa seduzir pela magia da vossa beleza, ouvia acordes desconhecidos escapando-se do vosso concerto.

Sombras noturnas que flutuais pela encosta das montanhas, perfumes que baixais das florestas, flores pendidas que cerrais os lábios, surdos rumores oceânicos que nunca vos calais, calmarias profundas de noites estreladas, tendes-me falado de Deus, certo, com eloquência mais íntima e mais empolgante que todos os livros humanos! Em vós encontrei ternuras maternais, blandícies de inocência, e, sempre que me deixava adormecer no vosso regaço, despertava alegre e venturoso. Coloridos de esplêndidos crepúsculos, deslumbramentos de clamores moribundos, visões de sítios ermos, que deliciosos momentos de ebriedade não concedeis aos que vos amam?! O lírio desabrocha e bebe, em êxtase, a luz que derrama dos Céus!

Nessas horas contemplativas, a alma transforma-se em flor, aspirando, à vida, as irradiações celestes.

A atmosfera; as plantas, os seus perfumes; a brisa; as nuvens, na Natureza pressentimos em tudo uma lei de harmonia soberana, que governa a marcha simultânea de todas as coisas, que cerca os mais ínfimos seres de uma vigilância instintiva, que guarda ciosamente o tesouro da vida em plenitude de pujança e que, por seu perpétuo rejuvenescimento, desdobra em potência imutável a fecundidade criada. Em toda esta Natureza há uma espécie de beleza universal, que nossa a alma respira e identifica, como se essa beleza pertencesse, unicamente, ao domínio da inteligência.

A natureza tem nos lábios palavras doces, no olhar tesouros de amor, e no coração sentimentos afetivos de uma preciosidade insondável, numa organização corporal, mas também tem alma e vida.

A Natureza é um ser vivo e animado-um ser amigo. Onipresente, fala-nos pelas suas cores, pelos sons e pelos movimentos; tem sorrisos para as nossas alegrias, gemidos para as nossas tristezas, simpatia para todas as nossas aspirações. Nosso organismo está em consonâncias vibratórias com todos os movimentos que constituem a vida da Natureza: ele os compreende e deles compartilhamos, de modo a nos deixarem nalma uma repercussão profunda. Congênita do princípio da criação, nossa alma reencontra o infinito na Natureza.

Para a ciência espiritualista, não mais se defrontam um mecanismo automático e um Deus retraído na sua imobilidade absoluta. Deus é potência e atos naturais ; vive na Natureza, como nele vive ela. O Espírito se faz sentir através das formas materiais, mutáveis.

A Natureza tem harmonias para a alma, tem quadros para o pensamento, tem tesouros para as ambições do Espírito e ternuras para as aspirações do coração. Sim, ela os tem, porque não nos é estranha; não está de nós segregada e somos um com ela.

“ Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas”.

Provas da existência de Deus. Desde que não há efeito sem causa olhando a criação, considerando o universo, podemos tomá-lo como um efeito, cuja causa é Deus.

Diz-se que pela obra se conhece o autor. Há inteligência nas manifestações gerais do universo; o homem não pode criar o que cria a natureza.

Então a causa mater da natureza é uma inteligência superior à humanidade.

Podemos dizer que, Deus é eterno, porque é a causa primeira de tudo; como infinito no tempo e no espaço, é eterno e infinito, portanto imutável, único, onipotente.

A natureza de Deus difere do que é material, dizemos que é imaterial ou um puro espírito.

Deus é infinito e eterno como causa, mantém a harmonia do universo, a imutabilidade das leis, sendo, pois, soberanamente bom e justo.

Revela-se a inteligência de Deus em suas obras, como a do pintor nos seus quadros. E como o quadro não é o pintor que o concebeu e executou, assim as obras de Deus não são o próprio Deus.

Fontes de consulta: Universo e Vida e O Livro dos Espíritos.

Aurinda Tavares

 

 

 


quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

                                                               Injúrias e violências



                                                   Injúrias e violências

1.    Bem — aventurados os que são brandos, porque possuirão a Terra. (S. Mateus, cap. V, v. 4.)

2.    Bem — aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus. (Id., v.9.)

3.    Sabeis que foi dito aos antigos: Não matareis e quem quer que mate merecerá condenação pelo juízo. – Eu, porém, vos digo que quem quer que se puser em cólera contra seu irmão merecerá condenado no juízo; que aquele que lhe disser: És louco, merecerá condenado ao fogo do inferno. (Id., vv. 21 e 22. )

4.    Por estas máximas, Jesus faz da brandura, da moderação, da mansuetude, da afabilidade e da paciência, uma lei. Condena, por conseguinte, a violência, a cólera e até toda expressão descortês de que alguém possa usar para com seus semelhantes. Raca, entre os hebreus, era um termo desdenhoso que significava – homem que não vale nada, e se pronunciava cuspindo e virando para o lado a cabeça. Vai mesmo mais longe, pois que ameaça com o fogo do inferno aquele que disser a seu irmão: És louco.

Evidentemente que, a intenção é que, conta, ela agrava ou atenua a falta.

É que toda a palavra ofensiva exprime um sentimento contrário à lei do amor e da caridade que deve presidir às relações entre os homens e manter entre eles a concórdia e a união; é que constitui um golpe desferido na benevolência recíproca e na fraternidade; é que entretém o ódio e a animosidade; é enfim, que, depois da humildade para com Deus, a caridade para com o próximo é a lei primeira de todo cristão.

A violência é o meio utilizado pelos homens para o domínio do mundo e também dos seres que o habitam.

A violência é o ato de transgredir e infringir a lei em coação física, ou moral em abuso do respeito ao próximo.

O violento sempre usa da força bruta, enquanto o manso é afável e tolerante.

A humildade é um dos meios para alcançar a evolução real, Jesus é a própria doçura, mansidão, e paciência.

Não se tem a paz e a serenidade no coração, enquanto não se compreender, com paciência as necessidades dos nossos semelhantes, principalmente quando a ignorância é dirigida pela violência; só se alcança esta compreensão com a afabilidade, a doçura, a tolerância, a brandura e a pacificação.

A intolerância e a impaciência acabam levando o homem à violência e esta, à cólera.

O Espírita deve de se vigiar acerca dos seus pensamentos, para não se encolerizar.

A cólera são raios de sentimentos desarticulados, ela não exclui certas qualidades do coração, podendo enganar pela invigilância, atribuindo ao seu temperamento ativo, quanto é na realidade, nascida da importância, do orgulho e da fraqueza nas resoluções das imperfeições que revestem o Espírito. A única solução no momento é, parar, para pensar e, dar uma parada rápida nos centros seletivos da mente e, procurar a origem do problema e pedir ajuda e amparo a Jesus, para reorganização da Casa Mental.

A benevolência com os semelhantes, fruto do amor ao próximo, gera a afabilidade e a doçura, que são a sua manifestação.

A brandura e a mansidão complementam a delicadeza de espírito.

O ódio, o fanatismo, a ambição do poder e os privilégios da riqueza, crescem ao nosso redor, entretanto, o foco de luz do Evangelho, é cada vez mais forte; norteia as nossas vidas e nos vem ensinar a Lei de Amor e de Caridade.

Se permanecermos na Lei de Amor e de Caridade; se amarmos a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo, como a nós mesmos, nada teremos que, temer, porque estaremos a cumprir as Leis Divinas.

Bem-aventurados os que são brandos e pacíficos, porque possuirão a Terra.

Para sermos merecedores do planeta transformado, teremos que expurgar do nosso coração: o orgulho, o egoísmo, o ódio, a violência, as injúrias, a maledicência, todos os atos descorteses, pensamentos negativos e todas as palavras que possam ferir aos nossos semelhantes.

Temos que, viver numa constante vigilância, sobre nós mesmos, por isso Jesus nos recomendou: Orai e Vigiai para não cairmos em tentação. Se nos firmarmos unicamente no bem e no amor, já estamos a dar passos largos para a nossa regeneração e mais depressa, encontraremos a verdadeira felicidade, que é vivida nos Mundos Felizes.

Mas, que, queria Jesus dizer por estas palavras:”

Bem-aventurados os que são brandos, porque possuirão a Terra”, tendo recomendado aos homens que renunciassem aos bens deste mundo e havendo-lhes prometido os do céu?

Enquanto aguarda os bens do céu, tem o homem necessidade dos da Terra para viver.

Apenas, o que Jesus recomenda é que, os homens não liguem aos bens deste mundo, mais do que aos do Céu que, lhes não deem, mais importância do que aos do Céu.

Por aquelas palavras quis dizer que até agora os bens da Terra são açambarcados pelos violentos, em prejuízo dos que são brandos e pacíficos; que a estes falta muitas vezes o necessário, ao passo que outros têm o supérfluo.

Promete que justiça lhes será feita, assim na Terra como no céu, porque serão chamados filhos de Deus. Quando a Humanidade se submeter à lei de amor e de caridade, deixará de haver egoísmo; o fraco e o pacífico já não serão explorados, nem esmagados pelo forte e pelo violento. Tal a condição da Terra, quando, de acordo com a lei do progresso e a promessa de Jesus, se houver tornado num mundo ditoso, por efeito do afastamento dos maus.

 

Fontes de consulta: Evangelho Segundo o Espiritismo.

            Aurinda Tavares

 


sábado, 10 de fevereiro de 2024

 

                                                           A VIOLÊNCIA
      

 


A VIOLÊNCIA


Violência é definida pela Organização Mundial da Saúde como "o uso intencional de força física ou poder, ameaçados ou reais, contra si mesmo, contra outra pessoa ou contra um grupo ou comunidade, que resultem ou tenham grande probabilidade de resultar em ferimento, morte, dano psicológico etc. Estas frases, foram tiradas da  (Internet Wikipedia).

A violência é sempre uma desorganização psíquica e que, vai sempre, contra os princípios das Leis de Deus, que é, todo Bondade e Amor.

A violência foi e continua sendo, o meio utilizado pelos homens para o domínio deste mundo, inclusive dos seres que o habitam.

As ideias—políticas, filosóficas ou religiosas—igualmente hão sido impostas, muitas vezes pela força, custando isso à Humanidade um sacrifício de vidas não menor que o causado pelas guerras de conquista.

Os gananciosos são escrúpulos, que de recursos opressivos não empregam para conseguir o enriquecimento rápido, indiferentes ao sofrimento das multidões, vítimas e indefesas.

Mesmo nos lares, nas instituições, que, para ocuparem os primeiros lugares ou poderem dizer “aqui mando eu”, não se importam de constranger companheiros e tiranizar familiares.

Sim, até agora a Terra tem sido açambarcada pelos violentos, em dano para os mansos e pacíficos.

Tempos virão, entretanto, em que as relações humanas dos terrícolas serão bem outras.

Sob o império do amor universal pregado pelo Cristo, cada qual verá em seu semelhante um irmão, cujos direitos lhe cumpre respeitar, e não um adversário contra o qual deva lutar; o egoísmo cederá lugar ao altruísmo, de sorte que todos se auxiliarão mutuamente em suas necessidades; e porque ninguém cuidará de elevar-se sobre os outros, mas sim de superar-se a si mesmo, em saber e moralidade, os fracos e os pacíficos já não serão esmagados nem explorados, inexoravelmente, como estamos habituados a presenciar.

Os céticos talvez imaginem que tal progresso demande ainda muitos e muitos séculos para tornar-se uma realidade entre nós.

Sem dúvida, milagres não acontecem, e lenta, muito lenta, tem sido a evolução da Humanidade.

Nosso mundo, porém, está fadado a passar por profundas transformações, físicas e sociais, que o tornem uma estância mais ditosa e, segundo revelações de entidades amigas do “lado de lá”, um processo de expurgo e seleção já se acha em curso, devendo intensificar-se cada vez mais.

Por esse processo, todos quantos se não afinem com a nova ordem de coisas a serem estabelecidas aqui na Terra sofrerão a desencarnação em massa através de eventos diversos, sendo atraídos para outros mundos, cujas condições de primitivismo estejam em conformidade com os seus instintos e maus pendores, onde permanecerão até que se regenerem e façam jus a melhor destino.

A partir do terceiro milénio, passarão a reencarnar neste mundo apenas as almas que hajam demonstrado firmeza no bem, e, livres daqueles que lhes quebravam a harmonia, conhecerão uma nova era de paz e de felicidade, concretizando-se, assim, a promessa do Cristo: “Bem-aventurados os mansos, porque eles possuirão a Terra.

«Bem-aventurados os mansos, porque eles possuirão a Terra?

Por essas palavras Jesus quer dizer que até agora os bens da terra foram açambarcados pelos violentos, em prejuízo dos mansos e pacíficos.

Que a estes falta frequentemente o necessário, enquanto os outros dispõem do supérfluo. E promete que justiça lhes será feita, assim na Terra como no Céu, porque eles serão chamados filhos de Deus. Quando a lei de amor e caridade for a lei da humanidade, não haverá mais egoísmo; o fraco e o pacífico não serão mais explorados nem espezinhados pelo forte e violento. Será esse o estado da Terra, quando, segundo a lei do progresso e a promessa de Jesus, ela estiver transformada num mundo feliz, pela expulsão dos maus.


Aurinda Tavares