quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

                                                               Injúrias e violências



                                                   Injúrias e violências

1.    Bem — aventurados os que são brandos, porque possuirão a Terra. (S. Mateus, cap. V, v. 4.)

2.    Bem — aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus. (Id., v.9.)

3.    Sabeis que foi dito aos antigos: Não matareis e quem quer que mate merecerá condenação pelo juízo. – Eu, porém, vos digo que quem quer que se puser em cólera contra seu irmão merecerá condenado no juízo; que aquele que lhe disser: És louco, merecerá condenado ao fogo do inferno. (Id., vv. 21 e 22. )

4.    Por estas máximas, Jesus faz da brandura, da moderação, da mansuetude, da afabilidade e da paciência, uma lei. Condena, por conseguinte, a violência, a cólera e até toda expressão descortês de que alguém possa usar para com seus semelhantes. Raca, entre os hebreus, era um termo desdenhoso que significava – homem que não vale nada, e se pronunciava cuspindo e virando para o lado a cabeça. Vai mesmo mais longe, pois que ameaça com o fogo do inferno aquele que disser a seu irmão: És louco.

Evidentemente que, a intenção é que, conta, ela agrava ou atenua a falta.

É que toda a palavra ofensiva exprime um sentimento contrário à lei do amor e da caridade que deve presidir às relações entre os homens e manter entre eles a concórdia e a união; é que constitui um golpe desferido na benevolência recíproca e na fraternidade; é que entretém o ódio e a animosidade; é enfim, que, depois da humildade para com Deus, a caridade para com o próximo é a lei primeira de todo cristão.

A violência é o meio utilizado pelos homens para o domínio do mundo e também dos seres que o habitam.

A violência é o ato de transgredir e infringir a lei em coação física, ou moral em abuso do respeito ao próximo.

O violento sempre usa da força bruta, enquanto o manso é afável e tolerante.

A humildade é um dos meios para alcançar a evolução real, Jesus é a própria doçura, mansidão, e paciência.

Não se tem a paz e a serenidade no coração, enquanto não se compreender, com paciência as necessidades dos nossos semelhantes, principalmente quando a ignorância é dirigida pela violência; só se alcança esta compreensão com a afabilidade, a doçura, a tolerância, a brandura e a pacificação.

A intolerância e a impaciência acabam levando o homem à violência e esta, à cólera.

O Espírita deve de se vigiar acerca dos seus pensamentos, para não se encolerizar.

A cólera são raios de sentimentos desarticulados, ela não exclui certas qualidades do coração, podendo enganar pela invigilância, atribuindo ao seu temperamento ativo, quanto é na realidade, nascida da importância, do orgulho e da fraqueza nas resoluções das imperfeições que revestem o Espírito. A única solução no momento é, parar, para pensar e, dar uma parada rápida nos centros seletivos da mente e, procurar a origem do problema e pedir ajuda e amparo a Jesus, para reorganização da Casa Mental.

A benevolência com os semelhantes, fruto do amor ao próximo, gera a afabilidade e a doçura, que são a sua manifestação.

A brandura e a mansidão complementam a delicadeza de espírito.

O ódio, o fanatismo, a ambição do poder e os privilégios da riqueza, crescem ao nosso redor, entretanto, o foco de luz do Evangelho, é cada vez mais forte; norteia as nossas vidas e nos vem ensinar a Lei de Amor e de Caridade.

Se permanecermos na Lei de Amor e de Caridade; se amarmos a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo, como a nós mesmos, nada teremos que, temer, porque estaremos a cumprir as Leis Divinas.

Bem-aventurados os que são brandos e pacíficos, porque possuirão a Terra.

Para sermos merecedores do planeta transformado, teremos que expurgar do nosso coração: o orgulho, o egoísmo, o ódio, a violência, as injúrias, a maledicência, todos os atos descorteses, pensamentos negativos e todas as palavras que possam ferir aos nossos semelhantes.

Temos que, viver numa constante vigilância, sobre nós mesmos, por isso Jesus nos recomendou: Orai e Vigiai para não cairmos em tentação. Se nos firmarmos unicamente no bem e no amor, já estamos a dar passos largos para a nossa regeneração e mais depressa, encontraremos a verdadeira felicidade, que é vivida nos Mundos Felizes.

Mas, que, queria Jesus dizer por estas palavras:”

Bem-aventurados os que são brandos, porque possuirão a Terra”, tendo recomendado aos homens que renunciassem aos bens deste mundo e havendo-lhes prometido os do céu?

Enquanto aguarda os bens do céu, tem o homem necessidade dos da Terra para viver.

Apenas, o que Jesus recomenda é que, os homens não liguem aos bens deste mundo, mais do que aos do Céu que, lhes não deem, mais importância do que aos do Céu.

Por aquelas palavras quis dizer que até agora os bens da Terra são açambarcados pelos violentos, em prejuízo dos que são brandos e pacíficos; que a estes falta muitas vezes o necessário, ao passo que outros têm o supérfluo.

Promete que justiça lhes será feita, assim na Terra como no céu, porque serão chamados filhos de Deus. Quando a Humanidade se submeter à lei de amor e de caridade, deixará de haver egoísmo; o fraco e o pacífico já não serão explorados, nem esmagados pelo forte e pelo violento. Tal a condição da Terra, quando, de acordo com a lei do progresso e a promessa de Jesus, se houver tornado num mundo ditoso, por efeito do afastamento dos maus.

 

Fontes de consulta: Evangelho Segundo o Espiritismo.

            Aurinda Tavares

 


sábado, 10 de fevereiro de 2024

 

                                                           A VIOLÊNCIA
      

 


A VIOLÊNCIA


Violência é definida pela Organização Mundial da Saúde como "o uso intencional de força física ou poder, ameaçados ou reais, contra si mesmo, contra outra pessoa ou contra um grupo ou comunidade, que resultem ou tenham grande probabilidade de resultar em ferimento, morte, dano psicológico etc. Estas frases, foram tiradas da  (Internet Wikipedia).

A violência é sempre uma desorganização psíquica e que, vai sempre, contra os princípios das Leis de Deus, que é, todo Bondade e Amor.

A violência foi e continua sendo, o meio utilizado pelos homens para o domínio deste mundo, inclusive dos seres que o habitam.

As ideias—políticas, filosóficas ou religiosas—igualmente hão sido impostas, muitas vezes pela força, custando isso à Humanidade um sacrifício de vidas não menor que o causado pelas guerras de conquista.

Os gananciosos são escrúpulos, que de recursos opressivos não empregam para conseguir o enriquecimento rápido, indiferentes ao sofrimento das multidões, vítimas e indefesas.

Mesmo nos lares, nas instituições, que, para ocuparem os primeiros lugares ou poderem dizer “aqui mando eu”, não se importam de constranger companheiros e tiranizar familiares.

Sim, até agora a Terra tem sido açambarcada pelos violentos, em dano para os mansos e pacíficos.

Tempos virão, entretanto, em que as relações humanas dos terrícolas serão bem outras.

Sob o império do amor universal pregado pelo Cristo, cada qual verá em seu semelhante um irmão, cujos direitos lhe cumpre respeitar, e não um adversário contra o qual deva lutar; o egoísmo cederá lugar ao altruísmo, de sorte que todos se auxiliarão mutuamente em suas necessidades; e porque ninguém cuidará de elevar-se sobre os outros, mas sim de superar-se a si mesmo, em saber e moralidade, os fracos e os pacíficos já não serão esmagados nem explorados, inexoravelmente, como estamos habituados a presenciar.

Os céticos talvez imaginem que tal progresso demande ainda muitos e muitos séculos para tornar-se uma realidade entre nós.

Sem dúvida, milagres não acontecem, e lenta, muito lenta, tem sido a evolução da Humanidade.

Nosso mundo, porém, está fadado a passar por profundas transformações, físicas e sociais, que o tornem uma estância mais ditosa e, segundo revelações de entidades amigas do “lado de lá”, um processo de expurgo e seleção já se acha em curso, devendo intensificar-se cada vez mais.

Por esse processo, todos quantos se não afinem com a nova ordem de coisas a serem estabelecidas aqui na Terra sofrerão a desencarnação em massa através de eventos diversos, sendo atraídos para outros mundos, cujas condições de primitivismo estejam em conformidade com os seus instintos e maus pendores, onde permanecerão até que se regenerem e façam jus a melhor destino.

A partir do terceiro milénio, passarão a reencarnar neste mundo apenas as almas que hajam demonstrado firmeza no bem, e, livres daqueles que lhes quebravam a harmonia, conhecerão uma nova era de paz e de felicidade, concretizando-se, assim, a promessa do Cristo: “Bem-aventurados os mansos, porque eles possuirão a Terra.

«Bem-aventurados os mansos, porque eles possuirão a Terra?

Por essas palavras Jesus quer dizer que até agora os bens da terra foram açambarcados pelos violentos, em prejuízo dos mansos e pacíficos.

Que a estes falta frequentemente o necessário, enquanto os outros dispõem do supérfluo. E promete que justiça lhes será feita, assim na Terra como no Céu, porque eles serão chamados filhos de Deus. Quando a lei de amor e caridade for a lei da humanidade, não haverá mais egoísmo; o fraco e o pacífico não serão mais explorados nem espezinhados pelo forte e violento. Será esse o estado da Terra, quando, segundo a lei do progresso e a promessa de Jesus, ela estiver transformada num mundo feliz, pela expulsão dos maus.


Aurinda Tavares