“O
VALOR DA MEDIUNIDADE”
A mediunidade é uma das ferramentas que, os
Espíritos utilizam para se poderem comunicar com os homens, através dos seus
intermediários, chamados “médiuns” para poderem dizer à humanidade que desencarnaram,
mas que se sentem mais vivos, do que nunca, provando-nos assim, a sua
identidade com provas, irrefutáveis no que concerne à sua imortalidade.
É através dos seus “aparelhos” “mediúnicos” ou Médiuns
que os Espíritos nos dão a conhecer o mundo espiritual e qual a sua nova realidade,
após esta vida, provando-nos assim, que a morte não os aniquilou para sempre,
como muita gente julga ou pensa.
Médiuns são pessoas aptas a sentirem a influência
dos Espíritos e de nos transmitirem os pensamentos deles.
O Médium é como uma ponte, que liga duas margens de
um rio, ou como um telefone, que vai permitir que pessoas de um país distante
se possam comunicar entre elas.
A palavra médium deriva do latim da palavra medium,
significando: meio ou intermediário.
Os médiuns da actualidade, ainda sofrem, como os
antigos profetas sofreram, no seu tempo, a incompreensão dos seus
contemporâneos.
Os fenômenos mediúnicos, sempre existiram, mas só a
partir de Allan-Kardec é que eles entraram no campo das ciências; porque antes
de Allan-kardec eram considerados fenômenos angélicos ou demoníacos. Angélicos,
desde que eles fossem dados nos ambientes religiosos; e demoníacos, se fossem
observados fora desses ambientes.
A Ciência Espírita dá tempo, a que a ciência oficial
progrida, e esta, se apoie na razão, para que um dia, as duas se unam numa
mesma descoberta, numa mesma crença, e numa mesma fé. A fim de que um dia as
duas confirmem e testemunhem juntas o que a Doutrina Espírita, já descobriu há
mais de um século, e dessa forma, desapareçam de algumas mentes humanas a
superstição, o orgulho e o egoísmo e para que a humanidade descubra a verdade.
Jesus disse: conhecereis a verdade e ela vos libertará! Um dia, não muito
longe, a morte deixará de ter os seus mistérios e os fenômenos mediúnicos serão
bem aceites por toda a humanidade, é então, que caminharemos mais seguros e com
maiores certezas e com mais confiança para Deus, e que, mais facilmente, nós
acreditaremos nas muitas moradas existentes e disseminadas no espaço Universal.
Jesus disse: há muitas moradas na Casa de meu Pai.
Os fenômenos mediúnicos ou de espíritas, sempre
existiram, desde que os corpos humanos se tornaram menos densos e mais leves.
Os corpos humanos, tornando-se menos brutos, reencarnavam
mais esclarecidos e mais espiritualizados, começando por haver maior facilidade
e mais flexibilidade para o uso da prática mediúnica e também, para nascer um maior
interesse, pelas coisas do mundo invisível.
Primeiro surgiram as manifestações grosseiras dos
fenômenos físicos e um pouco mais tarde, surgiram as manifestações intelectuais
em cujo patamar, nós estamos.
Como a nossa evolução é contínua, dia virá em que a
nossa mediunidade também crescerá.
A mediunidade nunca estacionará, e dia virá em que a
nossa faculdade mediúnica, será tão subtil e tão apurada, como estão os nossos
cinco sentidos.
Há vários tipos de mediunidade, mas para
aprofundarmos bem todas as questões em torno dessa temática, é indispensável a
leitura e o estudo do Livro dos Médiuns de Allan-Kardec. Este livro é um
guia seguro para todos os médiuns que desejem e que pretendam pôr a sua
mediunidade ao serviço de Jesus.
A mediunidade não nos foi concedida para satisfação
dos nossos caprichos ou dos nossos interesses. Ninguém, mas ninguém, no mundo
pode fazer dela comércio, ou o seu ganha-pão.
Infelizes daqueles que a utilizam em proveito
próprio, e mal-aventurado é aquele que troca por dinheiro os dons que Deus lhe
confiou.
A mediunidade é uma coisa sagrada e ela visa
suavizar os sofrimentos daqueles que procuram por todos os meios curar os seus
males físicos e os seus males espirituais.
A mediunidade, bem aceite e bem utilizada é uma
ponte entre o Céu e a Terra, porque ela nos permite dar e receber as energias
salutares, para ajudar a todos os sofredores, sejam eles, doentes da alma, ou
do corpo físico.
Há pessoas que não gostam de ter nascido com o dom
mediúnico, mas se o possuem, é, porque dele muito precisam, e muito mais do que
as pessoas que nasceram sem ele.
Pessoas há tão endividadas para com a Lei de Deus,
que antes de reencarnarem, pediram e imploraram a Deus, para que pudessem, passar
por essa prova, para que pudessem saldar as suas dívidas.
A mediunidade tem que ser exercida num Centro
Espírita, porque o Centro Espírita é o grande Hospital das almas, funcionando,
como Escola, como um Templo e um Hospital.
É no Centro Espírita, que os médiuns têm que exercer
o seu mandato mediúnico. A missão dos médiuns é de curar os doentes, seja de seus
males físicos ou espirituais. Os Médiuns ao ajudarem a seus irmãos, estão a repor
na balança divina uma boa parte de seus débitos, para com as leis de Deus, para
além do auxílio prestado a todos os sofredores, encarnados ou desencarnados.
Há pessoas interesseiras e exploram a mediunidade em
proveito próprio! Há muitos médiuns transviados que em vez de porem a
mediunidade ao serviço de Jesus, se aproveitam para enganar, pessoas incautas e
invigilantes, mas muitas contas lhes serão pedidas, por não terem posto ao
serviço de Deus, os talentos que Ele lhes confiou.
Há muitas pessoas que se deixam enganar por esses
supostos médiuns ou médiuns interesseiros, não beneficiando em nada quem nos
procura nos seus problemas, mas antes porém prejudicando-os grandemente e agravando
ainda mais os seus problemas.
As pessoas são enganadas, exploradas, e além do mais
esses falsos médiuns, e quem nos procura, mais atrasam a sua evolução. Mas não
é só isso, porque quando chegarem ao Além, lá terão à sua espera, espíritos
vingativos, aqueles Espíritos a quem eles enganaram e prejudicaram,
pedindo-lhes contas de terem sido enganados, e depois como será? Serão muito
atormentados por esses cobradores do espaço que muito os irão fazer sofrer.
É o Centro Espírita que as pessoas devem procurar e
não o curandeirismo. As pessoas certas estão no Centro Espírita e não exploram
a ninguém. Elas cumprem os ensinamentos de Jesus, dando de graça o que de graça
receberam, ou seja: o dom de curar.
É na Casa Espírita que os médiuns tratam os
complicados processos de obsessão em reuniões mediúnicas, permitindo que os
doutrinadores auxiliem aos espíritos muito perturbados e muito endurecidos,
levando-os a reconhecerem que estão a perder o seu tempo, com a perseguição que
fazem às suas vítimas, (refiro-me aqui, às pessoas obsidiadas), ou perseguidas,
pelos seus obsessores. Levando a esses infelizes, o se perdoarem mutuamente,
através de actos de amor, de benevolência e de ajuda ao próximo e, assim, se desatarão
os laços de animosidade, e os de ódio, de ambos os litigantes.
São tão variados os tipos de médiuns e de
mediunidades e em graus tão diferentes que nestas curtas linhas é quase
impossível classificá-los, aconselho mesmo a quem queira estudar estas questões
tão relevantes se dedique a estudar a Doutrina Espírita. Como acima disse, o
Livro dos Médiuns de Allan- Kardec é um roteiro seguro para todos aqueles que
desejam ter uma mediunidade séria e segura. Para além desta obra espírita,
existem também outra obras complementares que a Doutrina Espírita tem ao nosso
dispor para aprimoramento da nossa mediunidade e para a colocarmos ao serviço
de Jesus.
Em mediunidade não há santos, nem milagres, mas há
fenômenos que nos transcendem a todos nós! É pena que muita gente necessitada
de tratamentos espíritas não acredite, nesta nova ciência.
A Doutrina Espírita pode ser considerada como a
Renascença do Cristianismo, trazendo de volta a emulação corajosa dos “Homens
do Caminho”
O Espiritismo trouxe de volta a mensagem do amor e
do entendimento com o concurso das grandes Vozes do Alto e juntos trabalham em
prol da disseminação do Evangelho de Jesus, através das obras básicas de Allan-
Kardec e das obras complementares.
Todas essas obras facilitam o nosso entendimento,
preparando a nossa mente, e o nosso coração, para recebermos em nossas almas, as
sementes do Evangelho de Jesus.
Em todas as épocas houve prodígios realizados por
indivíduos que viveram em todas as épocas e em todas as nações. Dotados de
poderosa mediunidade atraíam os sofredores e, lhes aliviavam os seus males,
pregavam a Fé, a Esperança e a Caridade.
A ignorância dos povos e a exploração dos sacerdotes
os converteram em santos. E suas curas, efectuadas de conformidade com as leis
da natureza, e o concurso fraterno dos espíritos, tidas como milagres. O
Espiritismo veio explicar racionalmente os factos e revelar a faculdade
mediúnica que possuímos, veio levantar o véu intencional, trazendo-nos a
verdade, acabando com os milagres e com os santos.
Não há santos, nem há milagres; mas há médiuns
esclarecidos e espíritos do bem irmanados na santa tarefa de cuidarem da seara
do Senhor.
Acima de todos os médiuns temos Jesus, o Médium de
Deus como Fonte Inspiradora para todos os homens de todos os séculos.
Fonte de consulta, o livro: Mediunidade sem lágrimas.
Aurinda
Tavares