segunda-feira, 2 de maio de 2016

“SER MÉDIUM”

                                                                       
                                                                 “SER MÉDIUM”

                                                 
Médiuns são pessoas aptas a sentir a influência dos Espíritos e a transmitir os seus pensamentos. Toda a pessoa que, num grau qualquer, experimenta a influência dos Espíritos é, por esse simples facto, médium. Essa faculdade é inerente ao homem e por conseguinte, não constitui privilégio exclusivo, donde se segue que poucos são os que não possuem um rudimento de tal faculdade. Contudo dizer-se que toda a gente é médium, é segundo o uso, esse qualificativo só se aplica àqueles a quem uma faculdade se manifesta por efeitos ostensivos, de certa intensidade.
Há dois géneros de mediunidade: a mediunidade de efeitos físicos e a mediunidade de efeitos intelectuais.
A mediunidade de efeitos físicos é a que produz manifestações materiais, tais como: barulhos, deslocamentos de objectos, materializações, transportes, trabalhos manuais, voz directa, etc.
A mediunidade de efeitos intelectuais produz manifestações inteligentes e essas manifestações inteligentes são: a palavra, a escrita, a inspiração, a intuição, etc.
Para que melhor se entenda a mediunidade, lembro que nós, seres humanos, somos compostos de três elementos: o espírito, o perispírito e o corpo. No estado de reencarnados, temos três “corpos”, totalmente inseparáveis até ao momento da nossa desencarnação, ou (morte, mas quando desencarnarmos, o nosso corpo volverá ao pó e ficaremos a ser Espírito, tendo o nosso Espírito, como veste um corpo fluídico, à medida que o Espírito evolui e se dedica exclusivamente ao bem, ele se vai despojando das impressões da matéria, ele se aproxima da natureza dos Bons Espíritos. Como o progresso dos Espíritos é quase infinito, ele se vai depurando nas suas reencarnações e o seu perispírito à medida que se aperfeiçoa, também se vai tornando mais etéreo para poder habitar mundos menos materiais.

O perispírito é um véu fluídico que envolve o espírito, ligando-o ao corpo durante o tempo da encarnação. Eles são inseparáveis e é tanto ou mais luminoso, quanto maior for o adiantamento moral do espírito que o reveste. É invisível para nós no estado de vigília; porém pode tornar-se visível, como nos casos das materializações, das aparições e nos sonhos. 
                                                        


Aqui temos uma imagem bem ilustrativa daquilo que nós realmente somos no estado de reencarnados! Trouxe esta imagem para nos poder facilitar o entendimento.
A mediunidade é pois a faculdade que nos facilita o intercâmbio com os seres desencarnados e que já partiram para o mundo espiritual. A mediunidade é, pois, o sentido pelo qual, nós nos relacionamos com os espíritos desencarnados e todos nós humanos, a possuímos, embora em diferentes graus.
Para que compreendamos melhor onde reside a nossa mediunidade, vamos lembrar de que o ser humano é então composto de espírito+ perispírito e + corpo.
O perispírito é o receptor das sensações e o transmissor delas ao espírito. As sensações físicas são recebidas pelo nosso perispírito através do nosso sistema nervoso do qual é dotado o nosso corpo. As sensações do nosso espírito são recebidas, através do nosso perispírito que nos envolve e se irradia no nosso corpo, contornando-o como que fosse uma névoa.

No mecanismo da mediunidade de efeitos físicos, processa-se o seguinte: o perispírito do médium projecta para o exterior uma emissão fluídica-nervosa; os espíritos se aproximam dessa emissão fluídica- nervosa e a combinam com os seus fluídos magnéticos, retirados do fluido cósmico universal e desse modo, adquirem a força necessária para o efeito da produção dos fenômenos que pretendam realizar.
No mecanismo da mediunidade de efeitos intelectuais: o Espírito que se quer comunicar liga seu perispírito ao perispírito do médium, influenciando dessa forma o médium que lhe reproduz o seu pensamento, quer seja pela palavra, ou seja, pela escrita.
Ainda na mediunidade de efeitos físicos há uma emissão fluídica-nervosa e da qual os espíritos dela se utilizam.
Já na mediunidade de efeitos intelectuais o organismo do médium é influenciado pelo perispírito do espírito que se quer manifestar. A essa força nervosa extraída do próprio médium de efeitos físicos, dá-se o nome de ectoplasma.
A causa que produz a mediunidade é orgânica-espiritual.
Vibrando o sistema nervoso do médium facilmente e irradiando pelo seu perispírito intensa emissão de fluídos que, combinados com os fluídos magnéticos do espírito manifestante, servem para a produção dos fenômenos de efeitos físicos.
Também a rapidez com que essas vibrações se fazem, se devem à liberdade que o perispírito do médium ganha, nesse intercâmbio de energia o que lhe permite ligar-se ao perispírito do espírito manifestante e, dessa forma podendo produzir os fenômenos de efeitos intelectuais.
A causa é espiritual, porque sem o concurso dos espíritos não haveria mediunidade!
Os sinais mais comuns do aparecimento da mediunidade são estes: cérebro perturbado, sensação de peso na cabeça e também nos ombros; nervosismo e ficando irritados por tudo e por nada; vivendo agitados; desassossegados; com insônias; arrepios de frio, sensação de cansaço, fraqueza, tédio; apatia, e melancolia; sentindo por vezes também calor, como que se estivésse junto a qualquer coisa muito quente; falta de ânimo; por vezes uma profunda tristeza e nalguns momentos poderemos ter excessiva alegria, sem que percebamos qual a sua origem. Estes são os sinais mais frequentes, mas dia a dia eles se acentuam cada vez mais e à medida que as relações fluídicas entre nós e os espíritos sofredores se estabelecem e se fortifiquem a nossa saúde se altera, devido à enorme carga de fluídos deletérios que o nosso corpo armazena.
Toda a pessoa com estes sintomas de mediunidade deverá procurar ajuda espiritual num Centro Espírita, porque esses médiuns são como as antenas parabólicas e atraem com os seus aparelhos receptores, ou chacras, os espíritos muito sofredores, e perturbados, porque estando eles com seu perispírito tão denso e tão materializado, as suas percepções espirituais são muito reduzidas que na maioria das vezes ainda acreditam estarem vivos, e a sentirem as sensações físicas, nomeadamente as da agonia, tornando as suas percepções espirituais muito limitadas e, em certos casos muitos Espíritos, ainda não se aperceberam de que já desencarnaram.
Se um espírito sofredor se acerca de uma pessoa na qual lhe está aparecendo a mediunidade, ele lhe transmitirá todas as sensações que ele próprio sente.
Para nosso equilíbrio físico e espiritual deveremos procurar um Centro Espírita para nos ajudar espiritualmente e esclarecer o que se passa connosco. Deveremos evangelizar-nos. Inscrevendo-nos nos Cursos que a Doutrina Espírita tem ao nosso dispor e nos oferece gratuitamente, para nossa orientação mediúnica.
Quem frequentar um Centro Espírita, nada pagará, porque é o dar de graça o que de graça recebeu — como Jesus ensinou a quem recebeu o dom mediúnico gratuitamente. Nas casas Espíritas pratica-se a mais santa caridade, a caridade desinteressada.
Nunca procurar cartomancia: homens ou mulheres que utilizem o curandeirismo e que só servem para explorar o próximo ao máximo, com as suas falsas promessas baratas, mas que não são tão baratas assim, porque até são bem exploradas e não são ajudadas como esperavam. Gastam por vezes o que têm, e por vezes o que não têm e cada vez se afundam mais.
Ninguém deve desviar a mediunidade do seu fim providencial,
a mediunidade é coisa santa e sagrada e esses falsos médiuns pagarão muito caro no Mundo Espiritual pelo desvio que dela fizeram.
 Há muitos espíritos que ao saberem que foram enganados, aguardam estes médiuns e os farão lá sofrer muito, quando estes também são maldosos e ignorante.
Só as casas Espíritas têm ao nosso dispor as ferramentas necessárias para nossa libertação espiritual e seguindo a sua orientação, nós neutralizaremos as más influências espirituais que nos acompanham, através do passe magnético e do estudo das Obras De Allan-kardec e complementares. Ao nos educarmos moralmente e espiritualmente, os Espíritos que nos acompanham também se evangelizarão como nós e se educarão mediunicamente como nós e do mesmo processo. E dessa forma teremos a dupla vantagem não só de nos ajudarmos a nós próprios, mas também ajudamos a esses nossos irmãos infelizes que também o são; e tão ou mais sofredores do que nós, porque o que eles mais necessitam também é de almas caridosas que os auxiliem e esclareçam.
Há quem dê por nome de encosto quando algum espírito se agarra a uma pessoa, porém o mais comum é dizer-se que a pessoa está obsidiada e de facto se esta não for tratada numa Casa Espírita de facto a pessoa ficará debaixo de um jugo obsessor e do qual não conseguirá desenvencilhar-se sem o concurso de terceiros.
Em novo trabalho eu explicarei mais assuntos acerca desta problemática e da mediunidade, mas para não tornar o trabalho tão extenso e tão cansativo eu encerro este assunto por agora.
Teremos muito mais oportunidades se Deus nos permitir!
Fontes de consulta, O LIVRO: MEDIUNIDADE SEM LÁGRIMAS
Boas leituras!
              
                                Aurinda Tavares