domingo, 3 de abril de 2016

“O QUE SÃO OS ESPÍRITOS”

             
                                              “O QUE SÃO OS ESPÍRITOS”
               
 O que são Espíritos?
 Os Espíritos são os seres inteligentes da criação. Constituem o mundo dos Espíritos, que preexiste e sobrevive a tudo. Os Espíritos são criados simples e ignorantes. Evoluem, intelectual e moralmente, passando de uma ordem inferior para outra mais elevada, até a perfeição, onde gozam de inalterável felicidade. Os Espíritos preservam sua individualidade, antes, durante e depois de cada encarnação.
 O Céu e o Inferno Cap. VIII
- As Almas ou Espíritos são criados simples, ou ignorantes, quer dizer: sem conhecimentos e sem a consciência do bem e do mal, mas aptos a adquirir tudo isso que lhe falta. Eles o adquirem pelo trabalho. O alvo, que é a perfeição, é o mesmo para todos e eles o atingem com maior ou menor rapidez, de acordo com o uso que fizerem do seu livre-arbítrio e na razão dos seus esforços. Todos têm que percorrer os mesmos graus, com o mesmo trabalho a cumprir.
Deus não dá uma obrigação mais pesada nem mais leve a uns do que a outros, porque todos são seus filhos e sendo Ele justo não tem preferência por nenhum.
Os Espíritos reencarnam-se para que possam chegar à perfeição. Para uns, é expiação; para outros a reencarnação é missão. A reencarnação visa também pôr o Espírito em condições de suportar a parte que lhe toca na obra da criação.
Todos os Espíritos são criados simples e ignorantes, e se instruem nas lutas e tribulações da vida corporal. Os que seguem o caminho do bem chegam mais depressa ao fim da meta assinada por Deus.
A alma. A alma é um Espírito encarnado.
A alma antes de se unir ao corpo era Espírito quando desencarnar volta a ser Espírito e quando novamente reencarnar é alma.
Dois termos diferentes, mas alma ou Espírito são sinônimo da mesma coisa! Ou seja: a Doutrina Espírita, deixa bem claro que o Espírito quando procede à sua reencarnação vai habitar num corpo carnal, então designa-o por alma reencarnada.
Mas quando a alma abandona o corpo por ocasião da morte, volta a ser Espírito, indo habitar novamente no mundo dos Espíritos. 
Justiça da reencarnação. A reencarnação do Espírito prova a justiça de Deus, pois o bom pai deixa sempre aberta a porta aos seus filhos para o arrependimento. Deus seria injusto se privasse para sempre da felicidade eterna todos aqueles dos quais não dependeu o se melhorarem. Todos os homens são filhos de Deus. Só entre os egoístas se encontram a iniquidade, o ódio implacável e os castigos sem remissão.
Até ao dia em que formos chamados para o mundo espiritual seremos espíritos reencarnados.
Quando voltarmos novamente para o Mundo espiritual através do fenômeno chamado morte seremos de novo espíritos desencarnados.
Sabemos através da Doutrina Espírita, que a morte não existe.
O fenômeno chamado morte apenas consiste na separação de nosso espírito imortal do corpo ao qual nos achávamos ligados durante a nossa romagem terrena. A morte é a grande libertadora do nosso espírito. Uma vez libertos do corpo, passaremos a viver no mundo espiritual no mundo que nos é próprio.
O local para aonde iremos vai depender muito daquilo que nós fomos na Terra! Não há regiões determinadas, nem circunscritas, há é diversos estados de alma e esses estados de alma é que nos atrairão magneticamente para o local que nos é apropriado. Se merecermos ir para um local muito bom, nós o teremos à nossa espera, ou melhor, se na Terra tivermos construído esse local, através das nossas boas acções, das nossas boas decisões, dos nossos bons pensamentos, das nossas boas palavras, de actos de amor ao próximo, do perdão e da caridade.
Pelo contrário se tivermos sido maus, arrogantes, invejosos, déspotas, maus pais, maus filhos, ou se tivermos praticado crimes, ou se tivermos sido sádicos, impostores, ou amigos do alheio, etc. Será certo e sabido, que as regiões que estes irão habitar, serão de dolorosos sofrimentos. 
Contudo Deus não quer a morte do pecador, mas quer que este se arrependa e dia virá que o Espírito cansado de sofrer nos umbrais do sofrimento se mostrará arrependido e procurará Deus pedindo-lhe socorro e perdão, procedendo então à sua reconciliação com Deus e com o seu próximo. Disposto ao arrependimento, à expiação e à reparação das suas faltas.
Para todos os Espíritos arrependidos há sempre um local feliz que os aguarda. Ninguém fica deserdado da suprema consolação e de ser feliz. 
O ESPÍRITO — é o princípio inteligente que povoa o Universo fora do mundo material — é criado por Deus simples e ignorante.
Envolve-o um fluido próprio — o perispírito — que o Espírito haure da atmosfera planetária na qual foi chamado a viver e guarda a aparência normalmente da sua última encarnação. O perispírito é semi-material, isto é, pertence à matéria pela sua origem e à espiritualidade pela sua natureza etérea.
No nascimento, em cada encarnação, dá-se a união do perispírito ( ) envolvendo o Espírito) ao corpo material que é modelado de acordo às suas necessidades evolutivas.
Quando o Espírito necessita de reencarnar, reencarna num corpo humano em vias de formação, um laço fluídico que mais não é do que uma expansão do seu perispírito, o liga ao gérmen que o atrai por uma força irresistível, desde o momento da sua concepção.
O perispírito, que possui certas propriedades da matéria, une-se molécula a molécula ao corpo em formação, donde se poderá dizer que o Espírito, com o seu perispírito, enraíza-se como uma planta na terra.
Quando o gérmen chega ao seu completo desenvolvimento completa-se a união, é quando, então nasce o ser para a vida exterior.
O homem é então constituído por Espírito + perispírito + corpo biológico.
A vida do Espírito é eterna e é a morte do corpo que determina a partida do espírito para o mundo dos espíritos.
Dá-se então um processo inverso ao nascimento, quando se desprendem, molécula a molécula as ligações dos términos nervosos do corpo físico dos terminais energéticos que constituem o perispírito.
Quando a vida orgânica se extingue opera-se a separação da alma, em virtude do rompimento do laço fluídico que a unia ao corpo, que nem sempre é imediata.
Os términos perispirituais só pouco a pouco se desprendem de todos os órgãos, pelo que a separação só é completa e absoluta quando não mais reste um átomo do perispírito ligado a uma molécula do corpo físico.
O Espírito para chegar à perfeição, tem que passar pelas vicissitudes das existências corporais (reencarnações) é através delas que ele desenvolve a inteligência, adquire sabedoria e experiência, conhecendo gradativamente a missão que lhe toca na obra da Criação.
Os espíritos constituem um mundo à parte — o mundo dos Espíritos — que preexiste e sobrevive a tudo: interpenetra o mundo material e interfere nele, atuando sobre os seus habitantes, quase sempre despercebidamente e dele também recebendo influenciações.
Os Espíritos são uma das Potências da Natureza e instrumentos de Deus para a execução de seus desígnios. Povoam os espaços infinitos e estão por toda a parte nos dois mundos.
Justiça da reencarnação. A reencarnação do Espírito prova a justiça de Deus, pois o bom pai deixa sempre aberta a porta aos seus filhos para o arrependimento. Deus seria injusto se privasse para sempre da felicidade eterna todos aqueles dos quais não dependeu o se melhorarem. Todos os homens são filhos de Deus. Só entre os egoístas se encontram a iniquidade, o ódio implacável e os castigos sem remissão.
Os Espíritos reencarnam-se para que possam chegar à perfeição. Para uns, é expiação; para outros a reencarnação é missão. A reencarnação visa também pôr o Espírito em condições de suportar a parte que lhe toca na obra da criação.
Todos os Espíritos são criados simples e ignorantes, e se instruem nas lutas e tribulações da vida corporal. Os que seguem o caminho do bem chegam mais depressa ao fim da meta assinada por Deus.
Os Espíritos são de diferentes ordens, consoante o grau de perfeição que tenham alcançado.
Poderemos classifica-los assim:
OS PUROS ESPÍRITOS Os que atingiram a perfeição máxima.
OS DA SEGUNDA ORDEM são aqueles que chegaram ao meio da escala: o desejo do bem é o que neles predomina.
TERCEIRA ORDEM são todos aqueles que se acham na parte inferior da escala: os Espíritos imperfeitos. A ignorância, o desejo do mal e todas as paixões más que lhes retardam o progresso, eis o que os caracteriza.
Poderá levar-se séculos ou milénios para que alguns Espíritos se tornem perfeitos, mas Deus lhe facultará todos os meios para que alcancem a perfeição suprema.
Deus sendo tão grande, bom, justo e misericordioso não poderia banir para sempre os seus filhos bem-amados.
Os Espíritos puros são os que se acham no mais alto grau da escala e reúnem todas as perfeições.
Não há demónios na acepção da palavra, o que há é maus espíritos, por estes se terem votado ao mal enquanto encarnados. Deus não criou seres, votados perpetuamente e eternamente para o mal. Todos os Espíritos um dia se melhorarão, por vontade própria e nenhum filho de Deus ficará deserdado da suprema felicidade, que por tal sinal  Deus a todos os seus filhos criou, para serem felizes.
Os demônios encontram-se no nosso mundo, sendo eles esses homens hipócritas que fazem de um Deus justo e bom, um Deus mau e vingativo e que julgam poder agradá-lo através das abominações que praticam em seu nome.
O homem é, portanto formado de três partes essenciais:
1º — O corpo ou ser material, análogo ao dos animais e animado pelo mesmo princípio vital;
2º — A alma, o Espírito encarnado que tem no corpo a sua habitação;
3º— O princípio intermediário, ou perispírito, substância semi-material que serve de primeiro envoltório ao Espírito e liga a alma ao corpo. Tais, num fruto, o gérmen, o perisperma e a casca.
O corpo não é mais do que um envoltório da alma ou (espírito) desde que cesse a vida do corpo, a alma o abandona.
Se nós como encarnados temos os nossos meios de nos podermos comunicar uns com os outros será que não existirá a possibilidade de comunicação com os espíritos? Não haverá um meio, sob o qual, nos possamos servir para conversarmos com aqueles que nos foram queridos e que desta vida já partiram? Será que desse mundo a que foram chamados a viver não poderemos deles recebermos notícias e palavras de encorajamento, de conforto, e úteis e proveitosos ensinamentos?
Claro que há! E esse meio que nos põe em contacto com os espíritos é  a mediunidade, através do intercâmbio mediúnico.
A mediunidade é, pois, o sentido pelo qual através dele entramos em relação com os espíritos. E todos nós, homens e mulheres, a possuímos, embora em diferentes graus, daí se poder dizer que todos os homens são mais ou menos médiuns.
Então não pensemos, que os Espíritos, ou as almas são fantasmas, porque não o são! São sim, Espíritos de homens, ou de mulheres, de jovens, ou de adolescentes, ou de crianças falecidas. Animaram corpos carnais na Terra, quando nela viveram com um corpo físico, e voltarão a ter corpos carnais quando voltarem a reencarnar. Voltarão a ser os mesmos Espíritos quando voltarem a desencarnar.
Quanto a nós encarnados, tenhamos o máximo de cuidado com os pensamentos que emitimos, porque agora somos almas encarnadas, quando voltarmos para  o Mundo dos Espíritos voltaremos a ser Espíritos e não ficaremos alegres, e  satisfeitos ao sermos olhados e ao sermos vistos como fantasmas!
Se alguém tem familiares no além, ore por eles e eles lhe ficarão muito gratos. Eles esperam sempre por uma oração nossa, dita com muita sinceridade, muito reconhecimento e muito amor, porque ao lembrarmo-nos deles, testemunhamos o nosso amor por eles, gratidão, afecto, demostrando-lhes que não os esquecemos.
Fontes de consulta:
O Livro dos Espíritos
O Céu e o Inferno, todos de Allan-Kardec

                                                           
                                                                             
                                                    Aurinda Tavares