Para a encarnação do anjo planetário, o vaso carnal escolhido, foi Maria de Nazaré, descendente da Casa de David, conforme as escrituras.
Maria a mãe de Jesus era, um Espírito de alta
envergadura espiritual, um Espírito de pureza lirial, vindo de planos altamente
iluminados, para receber e ter em sua companhia o Espírito mais evoluído que
pisou o nosso Planeta, portador das mensagens de Luz para toda a Humanidade _ o
seu Evangelho.
Maria de Nazaré desceu aos fluídos da carne como instrumento
divino para o aparecimento do grande Mestre que, que por vontade do Senhor, se
fez anunciar pelos profetas muito antes do seu nascimento.
Foi decidido, no mundo espiritual, que Maria deveria
nascer na Palestina, onde milhares de seres espiritualizados a esperavam para a
sua grandiosa e honrosa missão.
Com a morte de seus pais, Joaquim e Ana foi, internada
por parentes no Templo de Jerusalém, junto às virgens de Sião, que nas grandes
festividades cantavam em coro os salmos de David e os hinos rituais, pois que
as jovens descendentes de tais famílias tinham esse direito e podiam ser
educadas primorosamente no Templo, consagrando-se, caso o quisessem, a seus
serviços internos.
José, carpinteiro residente em Nazaré, cidadezinha
da província da Galileia, usando de um direito que também lhe pertencia por
descender da família de David, tendo enviuvado de sua mulher Debora, filha de
Alfeu e ficado com cinco filhos menores, bateu às portas do Templo pedindo que
lhe fosse designada uma esposa.
Maria foi a escolhida pela sorte para esposa do
pretendente José, também pertencente à família de David, em cuja linhagem pelas
Escrituras, o Messias nacional deveria nascer.
Maria e José eram espíritos virginais escolhidos no
plano Superior para serem os pais de Jesus. Um espírito virginal é todo aquele
que, através de sucessivas e incontáveis reencarnações, se torna isento das
máculas da matéria, conquanto ainda não tenha alcançado as esferas divinas,
próprias dos espíritos perfeitos, contudo, vive em planos muito superiores. Os
espíritos virginais só se encarnam na terra para o desempenho de missões de
benefício geral.
O casal veio a
este Mundo para facilitar a encarnação de Jesus, o qual, sendo um espírito de
extrema pureza, requeria um ambiente adequado, para evitar as graves
perturbações que um ambiente sem espiritualidade acarreta a um espírito
evoluído.
José, em sonhos ou, intuitivamente, foi avisado, de
que por intermédio deles se estava processando a encarnação do Messias
prometido ao mundo pelos antigos profetas de Israel, a princípio José não crê
que Maria fosse digna de tal missão. É quando intervém um mensageiro espiritual
para advertir José de que Maria já tinha alcançado a pureza de alma suficiente
para servir de tão nobre instrumento. E José, sem duvidar mais, redobra de
cuidados para que o ambiente doméstico se mantivesse puríssimo durante a conceção
de Maria.
O ensinamento dos Espíritos Superiores, nos dizem que
Deus não quebra a harmonia das leis que regulam a natureza, sendo assim, porque
haveria Jesus de se corporificar em nosso planeta, desrespeitando a lei
biológica e, portanto, desobedecendo às leis que regem a nossa esfera?
A vinda de Jesus ao nosso plano operou-se pelos
meios absolutamente comuns a todos nós; precisou do concurso de dois entes que
se amavam: do amparo de José e da ternura de Maria.
(Maria era dotada de aprimoradas faculdades
psíquicas).
Entrando o
Anjo Gabriel aonde ela estava, ainda no Templo, disse a Maria:
_ Ave - Maria, cheia de graça, o senhor é contigo,
bendita és tu entre as mulheres.
Vendo o anjo, Maria perturbou-se muito com aquelas
palavras, e considerava que saudação seria esta.
Disse-lhe então o anjo: Maria, não tema porque você
achou - se agraciada diante de Deus; em seu ventre conceberá e dará à luz um filho
e lhe porá o nome de Jesus. Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo e
o Senhor Deus lhe dará o trono de David, seu pai, e reinará eternamente na casa
de Jacó e o seu reino não terá fim.
Disse Maria ao anjo:
_ Como se dará isto, se não conheço varão?
“Ou seja,
nunca se tinha relacionado com um homem”
O anjo respondeu:
_ Descerá sobre você o Espirito Santo, e a virtude
do altíssimo a cobrirá com a sua sombra, pelo que também o Santo que de você
nascer será chamado Filho de Deus.
Foi depois dessa visão que Maria e José se
desposaram, indo o casal viver para Nazaré.
A partir de sua chegada a Nazaré, após as
comemorações rituais das bodas, cerimoniais que, segundo os costumes, duravam
alguns dias, dedicou-se aos afazeres domésticos sem poder, contudo, esquivar-se
à lembrança dos acontecimentos do Templo; e a vida do casal, desde o primeiro
dia, ressentiu-se daquelas apreensões e temores.
Maria foi-se retraindo o mais que pode da vida
social e das intimidades domésticas, recolhendo-se a prolongadas meditações e
alheiamentos, a ponto de provocar reprovações de conhecidos, parentes e
familiares.
Maria ia vivendo como dentro de um enlevo
permanente, no qual vozes misteriosas lhe falavam das coisas celestiais, de alegrias
sobre-humanas, de sofrimentos e de dores que estavam reservadas no futuro,
exatamente como, se lembrava, nas Sagradas Escrituras do seu povo. Por fim,
sentindo-se grávida, confessou a José, de cuja paternal bondade estava certa
poder esperar auxílio e compreensão.
José ficou surpreendido pela revelação, mas dentro
de sua sensatez que era seu atributo sólido, guardou silêncio, aguardando o
perpassar dos dias; mas estando evoluindo para termos finais a gestação e não
podendo confiar em estranhos ou parentes ali residentes, resolveu levar a jovem
esposa para Belém onde ela ficaria sob os cuidados maternais de sua tia Sara.
A viagem fora longa para aquele casal,
principalmente para aquela mulher grávida, durante quatro ou cinco dias,
sacudida pelo trote da montaria…
Contam as escrituras que o evento se deu num
estábulo, o que não é de se estranhar, tendo em vista a pobreza e a exiguidade
das habitações do povo naquela época, e o facto de que os estábulos nem sempre
eram lugares destinados a conter o gado, servindo também de depósito de
material, forragem, etc. É de se admitir que José e Maria tenham sido
acomodados como hóspedes em compartimento dessa natureza, mais afastado do
bulício da casa e da curiosidade dos estranhos.
Algum tempo antes do nascimento, tanto na Palestina
como nos países vizinhos e no Oriente, correu o aviso, dado pelos sábios de que
iria nascer o Salvador. E numa dessas noites frias e estreladas do inverno
palestino quando, na profundidade dos espaços siderais, se completava a conjunção
insólita, as vibrações celestiais desceram sobre Belém e envolveram a casa
humilde onde o Menino Jesus estava nascendo. E os pastores rústicos, chamados
também de Reis Magos do Oriente, enrodilhando sobre si os seus mantos, nas
encostas dos montes próximos, beneficiados de incrível lucidez, viram os
clarões luminosos que desciam do céu, e ouviram o coro inaudível dos Espíritos
clamando, para todo o mundo:” Glória a Deus nas alturas e paz na Terra entre os
homens de boa vontade”!
Os magos eram sacerdotes. O verdadeiro significado
da palavra mago é sábio.
Eram respeitados pelo povo, terão tomado
conhecimento das profecias referentes à vinda do Messias nos templos e só eram
reveladas aos iniciados nas coisas espirituais. Estudiosos da espiritualidade que
eram, não lhes foi difícil compreender o verdadeiro carácter de Jesus e da
missão que vinha desempenhar entre os homens, motivo pelo qual o esperavam
através das gerações.
Como eram possuidores de faculdades mediúnicas foram
avisados pelos seus mentores espirituais, logo que Jesus nasceu e guiados por
uma “estrela guia” partiram e por ela foram conduzidos até ao estábulo aonde se
dava o nascimento do menino Jesus, para o conhecerem e o adorarem, levando-lhe ouro,
incenso e mirra.
A “estrela guia” poderia ser simplesmente simbólica,
a estrela em si mesma representando a conjunção de astros; como também poderia
ser um Espírito visto pela vidência que, sob essa forma, serviu de guia às
caravanas que buscavam aproximar-se do Menino Luz.
Herodes, o Grande, era judeu, conhecia as
escrituras, sabia do valor das profecias; como qualquer judeu, temia os
profetas mas, sobretudo, temia pela sua própria segurança como rei, face às
reações que o advento de um Messias nacional produziria no seio do povo.
Herodes era muito supersticioso e vivia rodeado de
mágicos e adivinhos (como era comum entre as cortes reais) e mantinha um
exército de espiões espalhados pelo país e países vizinhos para ver se
encontravam o menino para o matarem, mas não tendo conseguido o seu intento
para ser encontrado, duplicou a sua vigilância e, durante quase dois anos,
vasculhou o país sem o menor resultado, concentrando, por fim, as suas buscas
nos arredores de Belém, que as profecias acusavam como local do nascimento. (Este
é o local onde Mateus refere ter havido uma matança de crianças por Herodes, na
esperança de que entre os mortos estivesse também o Messias, o esperado).
As crianças atingidas por este violento desencarne,
eram espíritos em expiação e que muito tinham errado em encarnações passadas,
por isso, lhe foi imposto como lei de causa e efeito, ou de retorno.
Pagando elas, com a sua morte as suas atrocidades, de
anteriores reencarnações na desobediência à Lei Divina.
A Providência
Divina, porém, fez com que o Messias fosse colocado em lugar seguro, enquanto
se manifestava o temporário poder das trevas.
E sendo morto Herodes, eis que o anjo do Senhor
apareceu em sonhos a José no Egipto.
Dizendo: Levanta-te e toma o menino e sua mãe e vai
para a terra de Israel; porque são mortos os que buscavam o menino para o
matar.
José, levantando-se, tomou o menino e sua mãe e veio
para a terra de Israel.
Mas ouvindo que Arquelau reinava na Judeia em lugar
de seu pai Herodes, temeu ir para lá, e avisado em sonhos se retirou para as
partes da Galileia.
E veio morar numa cidade que se chama Nazaré; para
se cumprir o que fora dito pelos profetas: Que será chamado Nazareno.
José, esposo de Maria e pai de Jesus seguia sempre
os conselhos de seus mentores espirituais, para preservação da vida do menino.
Admiremos a obediência de José aos seus guias espirituais para a sua proteção! Defendendo-o
sempre de seus perseguidores.
Obedecendo às intuições de seus guias espirituais e
ao seu Anjo de Guarda, José rendeu um preito de adoração e de veneração a Deus,
nosso Pai e nosso Criador.
Se José não tivesse obedecido às inspirações do
Mundo Maior teria falhado na missão que lhe fora confiada de velar pela
infância de Jesus.
É de enaltecer a ação maravilhosa da mediunidade. Os
magos, José e Maria, receberam as ordens dos planos superiores, através de sua
mediunidade.
Também todo o médium que cuida amorosamente de sua
mediunidade e sabe obedecer às inspirações de seus mentores espirituais, tem na
sua própria mediunidade, um arrimo seguro para triunfar nas suas provas e nas
suas expiações na Terra.
José seu Pai, fez por Jesus o que o melhor de todos
os pais faria por um filho seu, protegeu-o, dirigindo-o, durante a sua infância
e juventude. A sua apresentação no Templo. O exilio no Egipto. Jesus foi sempre
protegido e rodeado por falanges espirituais constantes e a presença de Deus em
si era permanente, ele era o mensageiro de Deus_ o enviado de Deus, para ajudar
a Humanidade na sua acensão para a eternidade.
Maria era um foco de luz na Terra, para que no seu
ventre pudesse ser gerado o Salvador do Mundo, aquele, que, haveria de trazer a
toda a humanidade o Evangelho de Deus, para que ele pudesse ficar no Mundo como
norma de conduta para todas as gerações.
A expectativa por um Messias nacional, nesse tempo,
era geral na Palestina. O nascimento de Jesus fora anunciado pelos profetas da
antiguidade, nos seguintes termos: “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um
filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel “( que quer dizer: Deus convosco)”. Na época predita
veio ao mundo o arauto, o Salvador, aquele que tiraria os “pecados “do mundo.
Os judeus, contudo, não entenderam a grande mensagem
do Salvador: esperavam-no na condição de rei, de governador. Ele, porém dizia
ser rei, mas não deste mundo. Enaltecendo a continuidade desta vida,
vislumbrava-nos a expectativa da vida futura, muito mais proveitosa e sem as
dificuldades materiais da vida presente.
A tarefa messiânica era sanar a terra de suas
iniquidades, porque a humanidade estava imersa em trevas espirituais; agora com
o nascimento de Jesus brilharia a grande luz da esperança e os ensinamentos de
Jesus ficariam no Mundo como um farol para iluminar a todos os povos.
Para que o Evangelho fosse conhecido por toda a
Humanidade, escolheu Jesus doze apóstolos para darem prosseguimento à missão
que, Jesus trouxera à Terra, para poder ser anunciada a sua Boa Nova.
O Evangelho, no futuro, irá fazer parte das leis de
todas as nações, vai ser a carta magna de todos os países do mundo, porque só ele
é o roteiro capaz de levar à humanidade a harmonia e a paz universal.
Durante o progresso do Evangelho, vemos as trevas se
insurgirem contra ele em quatro ocasiões: a primeira, quando Jesus nasceu. A
segunda, quando Jesus foi crucificado. A terceira, quando os Apóstolos se
espalharam pelo mundo, levando o Evangelho a todos os povos; então assistimos
às perseguições dos cristãos. E a quarta é a de estes últimos tempos com o
advento do Espiritismo, o Consolador prometido por Jesus, que viria explicar o
que Jesus deixou para mais tarde e reviver-lhe os preceitos evangélicos, mas
seus adeptos foram ridicularizados.
Mas acendemos a luz da esperança em nosso coração,
para irmos ao encontro do nosso amado mestre Jesus.
E que essa imensa luz se projete no espaço, como
aquando na grande noite do nascimento de Jesus. Que o Natal de Jesus, possa ser
vivido e sentido na nossa alma e em todas as almas, não só no dia 25 de
Dezembro, mas por todo o sempre, por toda a Humanidade, porque Jesus nasceu. Não
importa a data certa do seu nascimento, o que nos importa é que Jesus desceu
aos fluídos grosseiros do nosso Planeta, Ele não é um mito, mas sim uma
realidade.
O presépio é talvez a mais antiga forma de
caracterização do Natal. Sabemos que foi S. Francisco de Assis, em 1223, o
primeiro a usar a manjedoura com figuras esculpidas formando um presépio, tal
qual como hoje o conhecemos.
Conta-se que naquela noite especial, enquanto o
santo proferia as palavras do Evangelho sobre o nascimento do Menino Jesus,
todos os presentes puderam ver uma criança em seu colo, envolta em um raio de
luz.
Desde então, os presépios foram se tornando cada vez
mais populares e, além das figuras tradicionais do Menino Jesus deitado na
manjedoura, Maria e José, acabaram incluindo uma enorme variedade de
personagens como os pastores, os Reis Magos, a estrela e os animais.
Através do Espiritismo, Jesus convoca novos
discípulos para reacenderem na Terra as luzes de seu reino.
Sob sua divina inspiração, em todos os Centros
Espíritas prega-se o Evangelho e concita-se a humanidade a viver de acordo com
as leis divinas. Por intermédio de médiuns curadores, Jesus permite que se
reproduzam as curas, que realizou nas margens do mar de Galileia.
Jesus veio cumprir a vontade do Pai que está no Céu.
Da manjedoura ao Calvário, transitou humilde, mostrando sua Mensagem de Paz,
Amor e Fraternidade a todos os povos; vivenciou todos os seus Ensinos,
fazendo-nos reconhecer que Ele é o Caminho, a Verdade e Vida.
Com Jesus, uma nova Luz brilhou no coração dos
homens, desde o seu nascimento até aos dias de hoje, porque é Ele o nosso
Governador Espiritual, a Jesus foram confiadas pelo Pai Celestial as rédeas
diretoras do nosso Planeta, desde o princípio do Mundo.
O Salvador do Mundo veio à Terra com suas lições de
Verdade e de Luz para espargirem a bendita claridade pela Humanidade inteira, elas
seriam espalhadas pelo Mundo inteiro, como chuvas de bênçãos magníficas e
confortadoras.
Chegada a hora das suas lições imorredouras, Ele
curou enfermos, possuídos de vários achaques e dores, possessos, lunáticos,
paralíticos, sendo cada um tratado de acordo com a sua fé e seu merecimento.
A Jesus o meu
muito obrigada, por todas as bênçãos que eu recebi de ti.
Te peço que me envolvas no Teu manto de Luz Paz e Amor;
pedindo-te para sempre a Tua divina proteção.
Do mesmo modo te peço por todos os que lerem estas mensagens e por toda a humanidade.
Aurinda
Tavares