terça-feira, 2 de dezembro de 2014

O NASCIMENTO DE JESUS

                                        O NASCIMENTO DE JESUS
                                                

 Para a encarnação do anjo planetário, o vaso carnal escolhido, foi Maria de Nazaré, descendente da Casa de David, conforme as escrituras.

Maria a mãe de Jesus era, um Espírito de alta envergadura espiritual, um Espírito de pureza lirial, vindo de planos altamente iluminados, para receber e ter em sua companhia o Espírito mais evoluído que pisou o nosso Planeta, portador das mensagens de Luz para toda a Humanidade _ o seu Evangelho.
Maria de Nazaré desceu aos fluídos da carne como instrumento divino para o aparecimento do grande Mestre que, que por vontade do Senhor, se fez anunciar pelos profetas muito antes do seu nascimento.

Foi decidido, no mundo espiritual, que Maria deveria nascer na Palestina, onde milhares de seres espiritualizados a esperavam para a sua grandiosa e honrosa missão.
Com a morte de seus pais, Joaquim e Ana foi, internada por parentes no Templo de Jerusalém, junto às virgens de Sião, que nas grandes festividades cantavam em coro os salmos de David e os hinos rituais, pois que as jovens descendentes de tais famílias tinham esse direito e podiam ser educadas primorosamente no Templo, consagrando-se, caso o quisessem, a seus serviços internos.
José, carpinteiro residente em Nazaré, cidadezinha da província da Galileia, usando de um direito que também lhe pertencia por descender da família de David, tendo enviuvado de sua mulher Debora, filha de Alfeu e ficado com cinco filhos menores, bateu às portas do Templo pedindo que lhe fosse designada uma esposa.
Maria foi a escolhida pela sorte para esposa do pretendente José, também pertencente à família de David, em cuja linhagem pelas Escrituras, o Messias nacional deveria nascer.
Maria e José eram espíritos virginais escolhidos no plano Superior para serem os pais de Jesus. Um espírito virginal é todo aquele que, através de sucessivas e incontáveis reencarnações, se torna isento das máculas da matéria, conquanto ainda não tenha alcançado as esferas divinas, próprias dos espíritos perfeitos, contudo, vive em planos muito superiores. Os espíritos virginais só se encarnam na terra para o desempenho de missões de benefício geral.
 O casal veio a este Mundo para facilitar a encarnação de Jesus, o qual, sendo um espírito de extrema pureza, requeria um ambiente adequado, para evitar as graves perturbações que um ambiente sem espiritualidade acarreta a um espírito evoluído.
José, em sonhos ou, intuitivamente, foi avisado, de que por intermédio deles se estava processando a encarnação do Messias prometido ao mundo pelos antigos profetas de Israel, a princípio José não crê que Maria fosse digna de tal missão. É quando intervém um mensageiro espiritual para advertir José de que Maria já tinha alcançado a pureza de alma suficiente para servir de tão nobre instrumento. E José, sem duvidar mais, redobra de cuidados para que o ambiente doméstico se mantivesse puríssimo durante a conceção de Maria.
O ensinamento dos Espíritos Superiores, nos dizem que Deus não quebra a harmonia das leis que regulam a natureza, sendo assim, porque haveria Jesus de se corporificar em nosso planeta, desrespeitando a lei biológica e, portanto, desobedecendo às leis que regem a nossa esfera?
A vinda de Jesus ao nosso plano operou-se pelos meios absolutamente comuns a todos nós; precisou do concurso de dois entes que se amavam: do amparo de José e da ternura de Maria.
(Maria era dotada de aprimoradas faculdades psíquicas).
 Entrando o Anjo Gabriel aonde ela estava, ainda no Templo, disse a Maria:
_ Ave - Maria, cheia de graça, o senhor é contigo, bendita és tu entre as mulheres.
Vendo o anjo, Maria perturbou-se muito com aquelas palavras, e considerava que saudação seria esta.
Disse-lhe então o anjo: Maria, não tema porque você achou - se agraciada diante de Deus; em seu ventre conceberá e dará à luz um filho e lhe porá o nome de Jesus. Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo e o Senhor Deus lhe dará o trono de David, seu pai, e reinará eternamente na casa de Jacó e o seu reino não terá fim.
Disse Maria ao anjo:
_ Como se dará isto, se não conheço varão?
 “Ou seja, nunca se tinha relacionado com um homem”
O anjo respondeu:
_ Descerá sobre você o Espirito Santo, e a virtude do altíssimo a cobrirá com a sua sombra, pelo que também o Santo que de você nascer será chamado Filho de Deus.
Foi depois dessa visão que Maria e José se desposaram, indo o casal viver para Nazaré.
A partir de sua chegada a Nazaré, após as comemorações rituais das bodas, cerimoniais que, segundo os costumes, duravam alguns dias, dedicou-se aos afazeres domésticos sem poder, contudo, esquivar-se à lembrança dos acontecimentos do Templo; e a vida do casal, desde o primeiro dia, ressentiu-se daquelas apreensões e temores.
Maria foi-se retraindo o mais que pode da vida social e das intimidades domésticas, recolhendo-se a prolongadas meditações e alheiamentos, a ponto de provocar reprovações de conhecidos, parentes e familiares.
Maria ia vivendo como dentro de um enlevo permanente, no qual vozes misteriosas lhe falavam das coisas celestiais, de alegrias sobre-humanas, de sofrimentos e de dores que estavam reservadas no futuro, exatamente como, se lembrava, nas Sagradas Escrituras do seu povo. Por fim, sentindo-se grávida, confessou a José, de cuja paternal bondade estava certa poder esperar auxílio e compreensão.
José ficou surpreendido pela revelação, mas dentro de sua sensatez que era seu atributo sólido, guardou silêncio, aguardando o perpassar dos dias; mas estando evoluindo para termos finais a gestação e não podendo confiar em estranhos ou parentes ali residentes, resolveu levar a jovem esposa para Belém onde ela ficaria sob os cuidados maternais de sua tia Sara.
A viagem fora longa para aquele casal, principalmente para aquela mulher grávida, durante quatro ou cinco dias, sacudida pelo trote da montaria…
Contam as escrituras que o evento se deu num estábulo, o que não é de se estranhar, tendo em vista a pobreza e a exiguidade das habitações do povo naquela época, e o facto de que os estábulos nem sempre eram lugares destinados a conter o gado, servindo também de depósito de material, forragem, etc. É de se admitir que José e Maria tenham sido acomodados como hóspedes em compartimento dessa natureza, mais afastado do bulício da casa e da curiosidade dos estranhos.
Algum tempo antes do nascimento, tanto na Palestina como nos países vizinhos e no Oriente, correu o aviso, dado pelos sábios de que iria nascer o Salvador. E numa dessas noites frias e estreladas do inverno palestino quando, na profundidade dos espaços siderais, se completava a conjunção insólita, as vibrações celestiais desceram sobre Belém e envolveram a casa humilde onde o Menino Jesus estava nascendo. E os pastores rústicos, chamados também de Reis Magos do Oriente, enrodilhando sobre si os seus mantos, nas encostas dos montes próximos, beneficiados de incrível lucidez, viram os clarões luminosos que desciam do céu, e ouviram o coro inaudível dos Espíritos clamando, para todo o mundo:” Glória a Deus nas alturas e paz na Terra entre os homens de boa vontade”!
Os magos eram sacerdotes. O verdadeiro significado da palavra mago é sábio.
Eram respeitados pelo povo, terão tomado conhecimento das profecias referentes à vinda do Messias nos templos e só eram reveladas aos iniciados nas coisas espirituais. Estudiosos da espiritualidade que eram, não lhes foi difícil compreender o verdadeiro carácter de Jesus e da missão que vinha desempenhar entre os homens, motivo pelo qual o esperavam através das gerações.
Como eram possuidores de faculdades mediúnicas foram avisados pelos seus mentores espirituais, logo que Jesus nasceu e guiados por uma “estrela guia” partiram e por ela foram conduzidos até ao estábulo aonde se dava o nascimento do menino Jesus, para o conhecerem e o adorarem, levando-lhe ouro, incenso e mirra.
A “estrela guia” poderia ser simplesmente simbólica, a estrela em si mesma representando a conjunção de astros; como também poderia ser um Espírito visto pela vidência que, sob essa forma, serviu de guia às caravanas que buscavam aproximar-se do Menino Luz.
Herodes, o Grande, era judeu, conhecia as escrituras, sabia do valor das profecias; como qualquer judeu, temia os profetas mas, sobretudo, temia pela sua própria segurança como rei, face às reações que o advento de um Messias nacional produziria no seio do povo.
Herodes era muito supersticioso e vivia rodeado de mágicos e adivinhos (como era comum entre as cortes reais) e mantinha um exército de espiões espalhados pelo país e países vizinhos para ver se encontravam o menino para o matarem, mas não tendo conseguido o seu intento para ser encontrado, duplicou a sua vigilância e, durante quase dois anos, vasculhou o país sem o menor resultado, concentrando, por fim, as suas buscas nos arredores de Belém, que as profecias acusavam como local do nascimento. (Este é o local onde Mateus refere ter havido uma matança de crianças por Herodes, na esperança de que entre os mortos estivesse também o Messias, o esperado).
As crianças atingidas por este violento desencarne, eram espíritos em expiação e que muito tinham errado em encarnações passadas, por isso, lhe foi imposto como lei de causa e efeito, ou de retorno.
Pagando elas, com a sua morte as suas atrocidades, de anteriores reencarnações na desobediência à Lei Divina.
 A Providência Divina, porém, fez com que o Messias fosse colocado em lugar seguro, enquanto se manifestava o temporário poder das trevas.
E sendo morto Herodes, eis que o anjo do Senhor apareceu em sonhos a José no Egipto.
Dizendo: Levanta-te e toma o menino e sua mãe e vai para a terra de Israel; porque são mortos os que buscavam o menino para o matar.
José, levantando-se, tomou o menino e sua mãe e veio para a terra de Israel.
Mas ouvindo que Arquelau reinava na Judeia em lugar de seu pai Herodes, temeu ir para lá, e avisado em sonhos se retirou para as partes da Galileia.
E veio morar numa cidade que se chama Nazaré; para se cumprir o que fora dito pelos profetas: Que será chamado Nazareno.
José, esposo de Maria e pai de Jesus seguia sempre os conselhos de seus mentores espirituais, para preservação da vida do menino. Admiremos a obediência de José aos seus guias espirituais para a sua proteção! Defendendo-o sempre de seus perseguidores.
Obedecendo às intuições de seus guias espirituais e ao seu Anjo de Guarda, José rendeu um preito de adoração e de veneração a Deus, nosso Pai e nosso Criador.
Se José não tivesse obedecido às inspirações do Mundo Maior teria falhado na missão que lhe fora confiada de velar pela infância de Jesus.
É de enaltecer a ação maravilhosa da mediunidade. Os magos, José e Maria, receberam as ordens dos planos superiores, através de sua mediunidade.
Também todo o médium que cuida amorosamente de sua mediunidade e sabe obedecer às inspirações de seus mentores espirituais, tem na sua própria mediunidade, um arrimo seguro para triunfar nas suas provas e nas suas expiações na Terra.
José seu Pai, fez por Jesus o que o melhor de todos os pais faria por um filho seu, protegeu-o, dirigindo-o, durante a sua infância e juventude. A sua apresentação no Templo. O exilio no Egipto. Jesus foi sempre protegido e rodeado por falanges espirituais constantes e a presença de Deus em si era permanente, ele era o mensageiro de Deus_ o enviado de Deus, para ajudar a Humanidade na sua acensão para a eternidade.
Maria era um foco de luz na Terra, para que no seu ventre pudesse ser gerado o Salvador do Mundo, aquele, que, haveria de trazer a toda a humanidade o Evangelho de Deus, para que ele pudesse ficar no Mundo como norma de conduta para todas as gerações.
A expectativa por um Messias nacional, nesse tempo, era geral na Palestina. O nascimento de Jesus fora anunciado pelos profetas da antiguidade, nos seguintes termos: “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel “( que  quer dizer: Deus convosco)”. Na época predita veio ao mundo o arauto, o Salvador, aquele que tiraria os “pecados “do mundo.
Os judeus, contudo, não entenderam a grande mensagem do Salvador: esperavam-no na condição de rei, de governador. Ele, porém dizia ser rei, mas não deste mundo. Enaltecendo a continuidade desta vida, vislumbrava-nos a expectativa da vida futura, muito mais proveitosa e sem as dificuldades materiais da vida presente.
A tarefa messiânica era sanar a terra de suas iniquidades, porque a humanidade estava imersa em trevas espirituais; agora com o nascimento de Jesus brilharia a grande luz da esperança e os ensinamentos de Jesus ficariam no Mundo como um farol para iluminar a todos os povos.
Para que o Evangelho fosse conhecido por toda a Humanidade, escolheu Jesus doze apóstolos para darem prosseguimento à missão que, Jesus trouxera à Terra, para poder ser anunciada a sua Boa Nova.
O Evangelho, no futuro, irá fazer parte das leis de todas as nações, vai ser a carta magna de todos os países do mundo, porque só ele é o roteiro capaz de levar à humanidade a harmonia e a paz universal.
Durante o progresso do Evangelho, vemos as trevas se insurgirem contra ele em quatro ocasiões: a primeira, quando Jesus nasceu. A segunda, quando Jesus foi crucificado. A terceira, quando os Apóstolos se espalharam pelo mundo, levando o Evangelho a todos os povos; então assistimos às perseguições dos cristãos. E a quarta é a de estes últimos tempos com o advento do Espiritismo, o Consolador prometido por Jesus, que viria explicar o que Jesus deixou para mais tarde e reviver-lhe os preceitos evangélicos, mas seus adeptos foram ridicularizados.
Mas acendemos a luz da esperança em nosso coração, para irmos ao encontro do nosso amado mestre Jesus.
E que essa imensa luz se projete no espaço, como aquando na grande noite do nascimento de Jesus. Que o Natal de Jesus, possa ser vivido e sentido na nossa alma e em todas as almas, não só no dia 25 de Dezembro, mas por todo o sempre, por toda a Humanidade, porque Jesus nasceu. Não importa a data certa do seu nascimento, o que nos importa é que Jesus desceu aos fluídos grosseiros do nosso Planeta, Ele não é um mito, mas sim uma realidade.
O presépio é talvez a mais antiga forma de caracterização do Natal. Sabemos que foi S. Francisco de Assis, em 1223, o primeiro a usar a manjedoura com figuras esculpidas formando um presépio, tal qual como hoje o conhecemos.
Conta-se que naquela noite especial, enquanto o santo proferia as palavras do Evangelho sobre o nascimento do Menino Jesus, todos os presentes puderam ver uma criança em seu colo, envolta em um raio de luz.
Desde então, os presépios foram se tornando cada vez mais populares e, além das figuras tradicionais do Menino Jesus deitado na manjedoura, Maria e José, acabaram incluindo uma enorme variedade de personagens como os pastores, os Reis Magos, a estrela e os animais.
Através do Espiritismo, Jesus convoca novos discípulos para reacenderem na Terra as luzes de seu reino.
Sob sua divina inspiração, em todos os Centros Espíritas prega-se o Evangelho e concita-se a humanidade a viver de acordo com as leis divinas. Por intermédio de médiuns curadores, Jesus permite que se reproduzam as curas, que realizou nas margens do mar de Galileia.
Jesus veio cumprir a vontade do Pai que está no Céu. Da manjedoura ao Calvário, transitou humilde, mostrando sua Mensagem de Paz, Amor e Fraternidade a todos os povos; vivenciou todos os seus Ensinos, fazendo-nos reconhecer que Ele é o Caminho, a Verdade e Vida.
Com Jesus, uma nova Luz brilhou no coração dos homens, desde o seu nascimento até aos dias de hoje, porque é Ele o nosso Governador Espiritual, a Jesus foram confiadas pelo Pai Celestial as rédeas diretoras do nosso Planeta, desde o princípio do Mundo.
O Salvador do Mundo veio à Terra com suas lições de Verdade e de Luz para espargirem a bendita claridade pela Humanidade inteira, elas seriam espalhadas pelo Mundo inteiro, como chuvas de bênçãos magníficas e confortadoras.
Chegada a hora das suas lições imorredouras, Ele curou enfermos, possuídos de vários achaques e dores, possessos, lunáticos, paralíticos, sendo cada um tratado de acordo com a sua fé e seu merecimento.  
A Jesus o meu muito obrigada, por todas as bênçãos que eu recebi de ti.
Te peço que me envolvas no Teu manto de Luz Paz e Amor; pedindo-te  para sempre a Tua divina proteção. 
Do mesmo modo te peço por todos os que lerem estas mensagens e por toda a humanidade.  
       
                                                                     Aurinda Tavares