terça-feira, 2 de dezembro de 2014

O NASCIMENTO DE JESUS

                                        O NASCIMENTO DE JESUS
                                                

 Para a encarnação do anjo planetário, o vaso carnal escolhido, foi Maria de Nazaré, descendente da Casa de David, conforme as escrituras.

Maria a mãe de Jesus era, um Espírito de alta envergadura espiritual, um Espírito de pureza lirial, vindo de planos altamente iluminados, para receber e ter em sua companhia o Espírito mais evoluído que pisou o nosso Planeta, portador das mensagens de Luz para toda a Humanidade _ o seu Evangelho.
Maria de Nazaré desceu aos fluídos da carne como instrumento divino para o aparecimento do grande Mestre que, que por vontade do Senhor, se fez anunciar pelos profetas muito antes do seu nascimento.

Foi decidido, no mundo espiritual, que Maria deveria nascer na Palestina, onde milhares de seres espiritualizados a esperavam para a sua grandiosa e honrosa missão.
Com a morte de seus pais, Joaquim e Ana foi, internada por parentes no Templo de Jerusalém, junto às virgens de Sião, que nas grandes festividades cantavam em coro os salmos de David e os hinos rituais, pois que as jovens descendentes de tais famílias tinham esse direito e podiam ser educadas primorosamente no Templo, consagrando-se, caso o quisessem, a seus serviços internos.
José, carpinteiro residente em Nazaré, cidadezinha da província da Galileia, usando de um direito que também lhe pertencia por descender da família de David, tendo enviuvado de sua mulher Debora, filha de Alfeu e ficado com cinco filhos menores, bateu às portas do Templo pedindo que lhe fosse designada uma esposa.
Maria foi a escolhida pela sorte para esposa do pretendente José, também pertencente à família de David, em cuja linhagem pelas Escrituras, o Messias nacional deveria nascer.
Maria e José eram espíritos virginais escolhidos no plano Superior para serem os pais de Jesus. Um espírito virginal é todo aquele que, através de sucessivas e incontáveis reencarnações, se torna isento das máculas da matéria, conquanto ainda não tenha alcançado as esferas divinas, próprias dos espíritos perfeitos, contudo, vive em planos muito superiores. Os espíritos virginais só se encarnam na terra para o desempenho de missões de benefício geral.
 O casal veio a este Mundo para facilitar a encarnação de Jesus, o qual, sendo um espírito de extrema pureza, requeria um ambiente adequado, para evitar as graves perturbações que um ambiente sem espiritualidade acarreta a um espírito evoluído.
José, em sonhos ou, intuitivamente, foi avisado, de que por intermédio deles se estava processando a encarnação do Messias prometido ao mundo pelos antigos profetas de Israel, a princípio José não crê que Maria fosse digna de tal missão. É quando intervém um mensageiro espiritual para advertir José de que Maria já tinha alcançado a pureza de alma suficiente para servir de tão nobre instrumento. E José, sem duvidar mais, redobra de cuidados para que o ambiente doméstico se mantivesse puríssimo durante a conceção de Maria.
O ensinamento dos Espíritos Superiores, nos dizem que Deus não quebra a harmonia das leis que regulam a natureza, sendo assim, porque haveria Jesus de se corporificar em nosso planeta, desrespeitando a lei biológica e, portanto, desobedecendo às leis que regem a nossa esfera?
A vinda de Jesus ao nosso plano operou-se pelos meios absolutamente comuns a todos nós; precisou do concurso de dois entes que se amavam: do amparo de José e da ternura de Maria.
(Maria era dotada de aprimoradas faculdades psíquicas).
 Entrando o Anjo Gabriel aonde ela estava, ainda no Templo, disse a Maria:
_ Ave - Maria, cheia de graça, o senhor é contigo, bendita és tu entre as mulheres.
Vendo o anjo, Maria perturbou-se muito com aquelas palavras, e considerava que saudação seria esta.
Disse-lhe então o anjo: Maria, não tema porque você achou - se agraciada diante de Deus; em seu ventre conceberá e dará à luz um filho e lhe porá o nome de Jesus. Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo e o Senhor Deus lhe dará o trono de David, seu pai, e reinará eternamente na casa de Jacó e o seu reino não terá fim.
Disse Maria ao anjo:
_ Como se dará isto, se não conheço varão?
 “Ou seja, nunca se tinha relacionado com um homem”
O anjo respondeu:
_ Descerá sobre você o Espirito Santo, e a virtude do altíssimo a cobrirá com a sua sombra, pelo que também o Santo que de você nascer será chamado Filho de Deus.
Foi depois dessa visão que Maria e José se desposaram, indo o casal viver para Nazaré.
A partir de sua chegada a Nazaré, após as comemorações rituais das bodas, cerimoniais que, segundo os costumes, duravam alguns dias, dedicou-se aos afazeres domésticos sem poder, contudo, esquivar-se à lembrança dos acontecimentos do Templo; e a vida do casal, desde o primeiro dia, ressentiu-se daquelas apreensões e temores.
Maria foi-se retraindo o mais que pode da vida social e das intimidades domésticas, recolhendo-se a prolongadas meditações e alheiamentos, a ponto de provocar reprovações de conhecidos, parentes e familiares.
Maria ia vivendo como dentro de um enlevo permanente, no qual vozes misteriosas lhe falavam das coisas celestiais, de alegrias sobre-humanas, de sofrimentos e de dores que estavam reservadas no futuro, exatamente como, se lembrava, nas Sagradas Escrituras do seu povo. Por fim, sentindo-se grávida, confessou a José, de cuja paternal bondade estava certa poder esperar auxílio e compreensão.
José ficou surpreendido pela revelação, mas dentro de sua sensatez que era seu atributo sólido, guardou silêncio, aguardando o perpassar dos dias; mas estando evoluindo para termos finais a gestação e não podendo confiar em estranhos ou parentes ali residentes, resolveu levar a jovem esposa para Belém onde ela ficaria sob os cuidados maternais de sua tia Sara.
A viagem fora longa para aquele casal, principalmente para aquela mulher grávida, durante quatro ou cinco dias, sacudida pelo trote da montaria…
Contam as escrituras que o evento se deu num estábulo, o que não é de se estranhar, tendo em vista a pobreza e a exiguidade das habitações do povo naquela época, e o facto de que os estábulos nem sempre eram lugares destinados a conter o gado, servindo também de depósito de material, forragem, etc. É de se admitir que José e Maria tenham sido acomodados como hóspedes em compartimento dessa natureza, mais afastado do bulício da casa e da curiosidade dos estranhos.
Algum tempo antes do nascimento, tanto na Palestina como nos países vizinhos e no Oriente, correu o aviso, dado pelos sábios de que iria nascer o Salvador. E numa dessas noites frias e estreladas do inverno palestino quando, na profundidade dos espaços siderais, se completava a conjunção insólita, as vibrações celestiais desceram sobre Belém e envolveram a casa humilde onde o Menino Jesus estava nascendo. E os pastores rústicos, chamados também de Reis Magos do Oriente, enrodilhando sobre si os seus mantos, nas encostas dos montes próximos, beneficiados de incrível lucidez, viram os clarões luminosos que desciam do céu, e ouviram o coro inaudível dos Espíritos clamando, para todo o mundo:” Glória a Deus nas alturas e paz na Terra entre os homens de boa vontade”!
Os magos eram sacerdotes. O verdadeiro significado da palavra mago é sábio.
Eram respeitados pelo povo, terão tomado conhecimento das profecias referentes à vinda do Messias nos templos e só eram reveladas aos iniciados nas coisas espirituais. Estudiosos da espiritualidade que eram, não lhes foi difícil compreender o verdadeiro carácter de Jesus e da missão que vinha desempenhar entre os homens, motivo pelo qual o esperavam através das gerações.
Como eram possuidores de faculdades mediúnicas foram avisados pelos seus mentores espirituais, logo que Jesus nasceu e guiados por uma “estrela guia” partiram e por ela foram conduzidos até ao estábulo aonde se dava o nascimento do menino Jesus, para o conhecerem e o adorarem, levando-lhe ouro, incenso e mirra.
A “estrela guia” poderia ser simplesmente simbólica, a estrela em si mesma representando a conjunção de astros; como também poderia ser um Espírito visto pela vidência que, sob essa forma, serviu de guia às caravanas que buscavam aproximar-se do Menino Luz.
Herodes, o Grande, era judeu, conhecia as escrituras, sabia do valor das profecias; como qualquer judeu, temia os profetas mas, sobretudo, temia pela sua própria segurança como rei, face às reações que o advento de um Messias nacional produziria no seio do povo.
Herodes era muito supersticioso e vivia rodeado de mágicos e adivinhos (como era comum entre as cortes reais) e mantinha um exército de espiões espalhados pelo país e países vizinhos para ver se encontravam o menino para o matarem, mas não tendo conseguido o seu intento para ser encontrado, duplicou a sua vigilância e, durante quase dois anos, vasculhou o país sem o menor resultado, concentrando, por fim, as suas buscas nos arredores de Belém, que as profecias acusavam como local do nascimento. (Este é o local onde Mateus refere ter havido uma matança de crianças por Herodes, na esperança de que entre os mortos estivesse também o Messias, o esperado).
As crianças atingidas por este violento desencarne, eram espíritos em expiação e que muito tinham errado em encarnações passadas, por isso, lhe foi imposto como lei de causa e efeito, ou de retorno.
Pagando elas, com a sua morte as suas atrocidades, de anteriores reencarnações na desobediência à Lei Divina.
 A Providência Divina, porém, fez com que o Messias fosse colocado em lugar seguro, enquanto se manifestava o temporário poder das trevas.
E sendo morto Herodes, eis que o anjo do Senhor apareceu em sonhos a José no Egipto.
Dizendo: Levanta-te e toma o menino e sua mãe e vai para a terra de Israel; porque são mortos os que buscavam o menino para o matar.
José, levantando-se, tomou o menino e sua mãe e veio para a terra de Israel.
Mas ouvindo que Arquelau reinava na Judeia em lugar de seu pai Herodes, temeu ir para lá, e avisado em sonhos se retirou para as partes da Galileia.
E veio morar numa cidade que se chama Nazaré; para se cumprir o que fora dito pelos profetas: Que será chamado Nazareno.
José, esposo de Maria e pai de Jesus seguia sempre os conselhos de seus mentores espirituais, para preservação da vida do menino. Admiremos a obediência de José aos seus guias espirituais para a sua proteção! Defendendo-o sempre de seus perseguidores.
Obedecendo às intuições de seus guias espirituais e ao seu Anjo de Guarda, José rendeu um preito de adoração e de veneração a Deus, nosso Pai e nosso Criador.
Se José não tivesse obedecido às inspirações do Mundo Maior teria falhado na missão que lhe fora confiada de velar pela infância de Jesus.
É de enaltecer a ação maravilhosa da mediunidade. Os magos, José e Maria, receberam as ordens dos planos superiores, através de sua mediunidade.
Também todo o médium que cuida amorosamente de sua mediunidade e sabe obedecer às inspirações de seus mentores espirituais, tem na sua própria mediunidade, um arrimo seguro para triunfar nas suas provas e nas suas expiações na Terra.
José seu Pai, fez por Jesus o que o melhor de todos os pais faria por um filho seu, protegeu-o, dirigindo-o, durante a sua infância e juventude. A sua apresentação no Templo. O exilio no Egipto. Jesus foi sempre protegido e rodeado por falanges espirituais constantes e a presença de Deus em si era permanente, ele era o mensageiro de Deus_ o enviado de Deus, para ajudar a Humanidade na sua acensão para a eternidade.
Maria era um foco de luz na Terra, para que no seu ventre pudesse ser gerado o Salvador do Mundo, aquele, que, haveria de trazer a toda a humanidade o Evangelho de Deus, para que ele pudesse ficar no Mundo como norma de conduta para todas as gerações.
A expectativa por um Messias nacional, nesse tempo, era geral na Palestina. O nascimento de Jesus fora anunciado pelos profetas da antiguidade, nos seguintes termos: “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel “( que  quer dizer: Deus convosco)”. Na época predita veio ao mundo o arauto, o Salvador, aquele que tiraria os “pecados “do mundo.
Os judeus, contudo, não entenderam a grande mensagem do Salvador: esperavam-no na condição de rei, de governador. Ele, porém dizia ser rei, mas não deste mundo. Enaltecendo a continuidade desta vida, vislumbrava-nos a expectativa da vida futura, muito mais proveitosa e sem as dificuldades materiais da vida presente.
A tarefa messiânica era sanar a terra de suas iniquidades, porque a humanidade estava imersa em trevas espirituais; agora com o nascimento de Jesus brilharia a grande luz da esperança e os ensinamentos de Jesus ficariam no Mundo como um farol para iluminar a todos os povos.
Para que o Evangelho fosse conhecido por toda a Humanidade, escolheu Jesus doze apóstolos para darem prosseguimento à missão que, Jesus trouxera à Terra, para poder ser anunciada a sua Boa Nova.
O Evangelho, no futuro, irá fazer parte das leis de todas as nações, vai ser a carta magna de todos os países do mundo, porque só ele é o roteiro capaz de levar à humanidade a harmonia e a paz universal.
Durante o progresso do Evangelho, vemos as trevas se insurgirem contra ele em quatro ocasiões: a primeira, quando Jesus nasceu. A segunda, quando Jesus foi crucificado. A terceira, quando os Apóstolos se espalharam pelo mundo, levando o Evangelho a todos os povos; então assistimos às perseguições dos cristãos. E a quarta é a de estes últimos tempos com o advento do Espiritismo, o Consolador prometido por Jesus, que viria explicar o que Jesus deixou para mais tarde e reviver-lhe os preceitos evangélicos, mas seus adeptos foram ridicularizados.
Mas acendemos a luz da esperança em nosso coração, para irmos ao encontro do nosso amado mestre Jesus.
E que essa imensa luz se projete no espaço, como aquando na grande noite do nascimento de Jesus. Que o Natal de Jesus, possa ser vivido e sentido na nossa alma e em todas as almas, não só no dia 25 de Dezembro, mas por todo o sempre, por toda a Humanidade, porque Jesus nasceu. Não importa a data certa do seu nascimento, o que nos importa é que Jesus desceu aos fluídos grosseiros do nosso Planeta, Ele não é um mito, mas sim uma realidade.
O presépio é talvez a mais antiga forma de caracterização do Natal. Sabemos que foi S. Francisco de Assis, em 1223, o primeiro a usar a manjedoura com figuras esculpidas formando um presépio, tal qual como hoje o conhecemos.
Conta-se que naquela noite especial, enquanto o santo proferia as palavras do Evangelho sobre o nascimento do Menino Jesus, todos os presentes puderam ver uma criança em seu colo, envolta em um raio de luz.
Desde então, os presépios foram se tornando cada vez mais populares e, além das figuras tradicionais do Menino Jesus deitado na manjedoura, Maria e José, acabaram incluindo uma enorme variedade de personagens como os pastores, os Reis Magos, a estrela e os animais.
Através do Espiritismo, Jesus convoca novos discípulos para reacenderem na Terra as luzes de seu reino.
Sob sua divina inspiração, em todos os Centros Espíritas prega-se o Evangelho e concita-se a humanidade a viver de acordo com as leis divinas. Por intermédio de médiuns curadores, Jesus permite que se reproduzam as curas, que realizou nas margens do mar de Galileia.
Jesus veio cumprir a vontade do Pai que está no Céu. Da manjedoura ao Calvário, transitou humilde, mostrando sua Mensagem de Paz, Amor e Fraternidade a todos os povos; vivenciou todos os seus Ensinos, fazendo-nos reconhecer que Ele é o Caminho, a Verdade e Vida.
Com Jesus, uma nova Luz brilhou no coração dos homens, desde o seu nascimento até aos dias de hoje, porque é Ele o nosso Governador Espiritual, a Jesus foram confiadas pelo Pai Celestial as rédeas diretoras do nosso Planeta, desde o princípio do Mundo.
O Salvador do Mundo veio à Terra com suas lições de Verdade e de Luz para espargirem a bendita claridade pela Humanidade inteira, elas seriam espalhadas pelo Mundo inteiro, como chuvas de bênçãos magníficas e confortadoras.
Chegada a hora das suas lições imorredouras, Ele curou enfermos, possuídos de vários achaques e dores, possessos, lunáticos, paralíticos, sendo cada um tratado de acordo com a sua fé e seu merecimento.  
A Jesus o meu muito obrigada, por todas as bênçãos que eu recebi de ti.
Te peço que me envolvas no Teu manto de Luz Paz e Amor; pedindo-te  para sempre a Tua divina proteção. 
Do mesmo modo te peço por todos os que lerem estas mensagens e por toda a humanidade.  
       
                                                                     Aurinda Tavares





                                                                                                             


domingo, 2 de novembro de 2014

A REENCARNAÇÃO É O MOTOR OCULTO PARA A NOSSA EVOLUÇÃO.

















_ Por que na Terra nem todos são reencarcionistas?
“Porque foi criada a teoria da existência única e se tornou mais fácil para a religião salvar o homem, do que o homem buscar a sua salvação através de uma luta para ser perfeito. Tornou-se mais fácil os sacerdotes e pastores perdoarem e condenarem do que o homem lutar dia após dia contra seus próprios defeitos, na certeza de que sem eles se tornará mais fácil chegar a Deus.
Se cada homem encarnado acreditasse na reencarnação, procuraria errar menos. Mas a ideia de que tudo se acaba no túmulo leva-o a não se conscientizar das consequências dos seus atos e, apegado às coisas transitórias deste mundo, vai-se afastando das leis divinas do seu Criador e Pai.  
 “O caminho do cristão cumpre-se na ressurreição.”_ Estas frases são do Papa Francisco em sua homilia numa manhã de sexta-feira na Casa Santa Marta.
O Santo Padre, comentando as palavras de S. Paulo na Primeira carta aos Coríntios, destacou que os cristãos parecem ter dificuldade em acreditar na transformação do próprio corpo após a morte.
Refere ainda em sua Homilia que S. Paulo terá que fazer uma “correção difícil” “a da Ressurreição”.
Paulo na terceira parte da primeira Epístola aos Coríntios empenhou-se em esclarecer, para a época, o problema da ressurreição dos mortos, mostrando o exemplo de Jesus. Diz que muitos viram o Senhor ressuscitado, “e se não há ressurreição de mortos, então o Cristo não ressuscitou. E, se o Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação e vã a vossa fé”. (15:13 e 14)
Comenta ainda S. Paulo, que nem toda a carne é igual, que há carne de homens, de animais, de aves e de peixes, completando por extensão, que há corpos terrestres e corpos celestiais. Diz que a ressurreição dos mortos, por analogia, assemelha-se à semente que morre para nascer dela a planta.
Diz ainda S. Paulo: semeia-se corpo animal, ressuscita corpo espiritual”. (15:44)
Semeando-se corpo animal, S. Paulo refere-se, ao sepultamento dos corpos carnais, já sem vida. Claro está, que ressuscita corpo espiritual, porque a alma ou Espírito, que anima o homem durante a sua existência o abandona por ocasião da morte física. Desde que cessa a vida do corpo, a alma deixa o corpo como uma veste imprestável. O Espírito volta então de novo para o Mundo dos Espíritos, onde preparará a sua futura reencarnação, mas em novo corpo, formado especialmente para si, de acordo às suas necessidades evolutivas.
E ainda na sua 1ª epístola aos Coríntios S. Paulo no item (15:54) faz uma síntese de todo o processo evolutivo da geração humana até à sua chegada ao reino angelical. Escreve: (E quando este corpo corruptível se revestir da incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir da imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória”.
A morte sendo tragada pela vitória, S. Paulo quer dizer que não à morte, porque o Espírito viverá.
O corpo se irá decompor para dar vida a outros micro-organismos, logo a ressurreição dos corpos é impossível e inadmissível.
Paulo se refere às vidas sucessivas que a humanidade tem que percorrer no seu longo peregrinar em todas as estações corporais; é o mesmo que dizer pelas vias da reencarnação; até chegar ao estado de Espírito puro.
Será que não dá para se perceber que S. Paulo se referiu à reencarnação?
No meu entender quem terá de fazer essa correção difícil é mesmo a Igreja Católica!
Não somente os trovadores, falaram de reencarnação nos seus poemas e canções e lhe faziam discretas alusões, mas até espíritos poderosos, como Boaventura e Dante Alighieri, a mencionaram de maneira formal.
Ozanam, escritor católico, reconhece que o plano da “Divina Comédia” segue muito de perto as grandes linhas da iniciação antiga, baseada, sobre a pluralidade das existências.
O Cardeal Nicolau de Cusa, em pleno Vaticano, a pluralidade das vidas e dos mundos habitados, com o assentimento do Papa Eugênio IV.
O próprio Islamismo, no novo Alcorão dá lugar importante às ideias palingenésicas. (181). Mazzini, apostrofando os bispos, na sua obra” Dal Concílio a Dio” diz: “ Cremos numa série indefinida de reencarnações da alma, de vida em vida, de mundo em mundo, cada uma das quais constitui um progresso em relação à vida precedente. Poderemos recomeçar o estádio percorrido quando não merecemos passar a um grau superior; mas, não podemos retrogradar nem perecer espiritualmente.”
Na Grécia vai-se encontrar a doutrina das vidas sucessivas nos poemas órficos; era a crença de Pitágoras, de Sócrates, de Platão, de Apolônio e de Empédocles. Com o nome de metempsicose, (173) dela falam muitas vezes nas suas obras em termos velados, porque em grande parte, estavam ligados pelo juramento iniciático; contudo ela é afirmada com clareza no último livro da “República” em “Fedra”, em “Timeu” e em “Fédon”.
“É certo que os vivos nascem dos mortos e que as almas dos mortos tornam a nascer.” (Fedra.)
“A alma é mais velha que o corpo. As almas renascem incessantemente do Hades para tornarem à vida atual.”
A reencarnação era festejada pelos egípcios nos mistérios de Ísis, e pelos gregos, nos de Elêusis, com o nome de mistérios de Perséfone, em cujas cerimônias só os iniciados tomavam parte.
O mito de Perséfone era a representação dramática dos renascimentos, a história da alma humana passada, presente e futura, sua descida à matéria, seu cativeiro em corpos de empréstimo, sua reascensão por graus sucessivos.
Os livros sagrados dos hebreus, o “Zoar”, a Cabala” o “Talmude”, afirmam igualmente a preexistência e, com o nome de ressurreição, a reencarnação era a crença dos fariseus e dos essénios. 
No Antigo e no Novo Testamento, por entre textos obscuros ou alterados, como por exemplo, em certas passagens de Jeremias e de Job, depois no caso de João Batista, que foi Elias, no do cego de nascença e na conversação particular de Jesus com Nicodemos.
No Evangelho de Mateus (177) lê-se:” Em verdade vos digo que, dentre os filhos das mulheres, nenhum há maior que João Batista, e se quiseres ouvir, é ele mesmo que é Elias que há -de vir. Aquele que tem ouvidos para ouvir, ouça”.
De outra vez interrogaram ao Cristo os seus discípulos, dizendo: “ Por que dizem então os escribas que é necessário que volte Elias primeiro?” Jesus respondeu-lhes: “ É verdade que Elias há - de vir primeiro e restabelecer todas as coisas; mas digo-vos que Elias já veio, mas eles não o reconheceram e fizeram-lhe o que quiseram.” Então os seus discípulos compreenderam que era de João Batista que ele falara.
Um dia Jesus pergunta aos seus discípulos o que dizem os homens que eu sou? Eles responderam: Uns dizem que és João Batista, outros Elias, outros, Jeremias, ou algum dos antigos profetas que voltou ao mundo.”Jesus, em vez de dissuadi-los, como se eles tivessem falado de coisas imaginárias, contenta-se com acrescentar: E vós quem credes que sou eu?” Simão Pedro, tomando a palavra, respondeu: “Tu és o Cristo o Filho do Deus vivo.”_ Replicou-lhe Jesus: Bem- aventurado és, Simão, filho de Jonas, porque não foram a carne nem o sangue que te revelaram, mas meu Pai, que está nos Céus.” (S. MATEUS, CAP. XVI,vv.13ª 17; S. Marcos, cap. VIII, vv.27 a 30.)
Quando encontram o cego de nascença, os discípulos perguntaram ao Mestre se esse homem nasceu cego por causa dos pecados dos pais ou dos pecados que cometeu antes de nascer.
Acreditavam, pois, na possibilidade da reencarnação e na preexistência possível da alma.
Esta sua linguagem fazia acreditar que a ideia da reencarnação estava divulgada e Jesus parece autorizá-la, em vez de combatê-la fala das numerosas moradas de que se compõe a casa do Pai e Orígenes, comentando estas palavras, acrescenta: “ O Senhor alude às diferentes estações que as almas devem ocupar depois de terem sido privadas dos seus corpos atuais e de terem sido revestidas de outros.”
Lemos no Evangelho de João: “ Havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, um dos principais dentre os judeus. Este homem veio de noite ter com Jesus para não ser visto e disse-lhe “ Mestre, sabemos, que és um doutor vindo da parte de Deus, porque ninguém poderia fazer os milagres que fazes, se Deus não estivesse com ele.” Jesus respondeu-lhe: Em verdade te digo que, se um homem não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.” Nicodemos disse-lhe:” Como pode um homem nascer quando é velho? Pode tornar a entrar no ventre de sua mãe e nascer segunda vez?” Jesus respondeu: Em verdade te digo que, se um homem não nascer de água e de espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne, é carne; o que é nascido do espírito, é espírito. Não te admires do que te disse: é necessário que nasças de novo. O vento sopra onde quer e tu lhe ouves o ruído, mas não sabes donde vem nem para onde vai. Sucede o mesmo com todo homem que é nascido do espírito.”
A água representava entre os hebreus a essência da matéria, e quando Jesus afirma que o homem tem de renascer de água e de espírito, não é como se dissesse que tem de renascer de matéria e de espírito, isto é, em corpo e alma?
Jesus acrescenta estas palavras: “ Tu és mestre em Israel e ignoras estas coisas?” Não se tratava, pois, do batismo, que todos os judeus conheciam. As palavras de Jesus tinham um sentido mais profundo e sua admiração devia traduzir-se assim: “ Tenho para a multidão ensinamentos ao seu alcance, e não lhe dou a verdade senão na medida em que ela a pode compreende. Mas contigo, que és mestre em Israel e que, nessa qualidade, deves ser iniciado em mistérios mais elevados, entendi poder ir mais além,”
A doutrina Espírita é, a representação dos ensinos de Jesus e ensina que a alma que não alcançou a perfeição durante a vida corpórea acaba de depurar-se sofrendo a prova de uma nova existência, durante a qual experimenta uma transformação para melhor. Por isso passa por muitas existências corporais. O objetivo da reencarnação é, pois, expiação, melhoramento progressivo da humanidade. Em cada nova existência o Espírito dá um passo para diante, na senda do progresso. Desde que se ache limpo das provas da vida corpórea. Ao final da última encarnação, o Espirito é um bem-aventurado; um Espírito puro.
Até meados do século VI, todo o Cristianismo aceitava a Reencarnação que a cultura religiosa oriental já proclamava, milênios antes da era cristã, como fato incontestável, norteador dos princípios da Justiça Divina, que sempre dá oportunidade ao homem para retificar os seus erros e recomeçar o trabalho de sua regeneração, em nova existência.
Foi, porém no segundo Concílio de Constantinopla, atual Istambul, na Turquia, em decisão política, para atender exigências do Império Bizantino, resolveu abolir tal convicção, cientificamente justificada, substituindo-a pela ressurreição, que contraria os princípios da ciência, pois admite a volta do ser, por ocasião de um suposto juízo final, no mesmo corpo já desintegrado em todos os seus elementos constitutivos.
No ano 553 d. C, este Concílio realizado, resolveu rejeitar todo o pensamento de Orígenes de Alexandria, um dos maiores Teólogos que a Humanidade tem conhecimento.
Os primeiros padres da Igreja e, entre todos, Orígenes e S. Clemente de Alexandria, pronunciaram-se em favor da transmigração das almas. S. Jerônimo e Ruffinus (“carta a Anastácio) afirmam que ela era ensinada como verdade tradicional a um certo número de iniciados.
Em sua obra capital,” Dos Princípios”, livro I Orígenes passa em revista os numerosos argumentos que mostram, na preexistência e sobrevivência das almas em outros corpos, o corretivo necessário à desigualdade das condições humanas.
S. Gregório de Nysse diz “que há necessidade natural para a alma imortal de ser curada e purificada e que, se ela não o foi em sua vida terrestre, a cura se opera pelas vidas futuras e subsequentes”.
Todavia, esta alta doutrina, não podia conciliar-se com certos dogmas e artigos de fé, armas poderosas para Igreja, tais como a predestinação, as penas eternas e o juízo final. Com ela, o Catolicismo teria dado lugar mais largo à liberdade do espírito humano, chamado em suas vidas sucessivas a elevar-se por seus próprios esforços e não somente por graça do Alto. Por isso foi um ato fecundo em consequência funesta a condenação das opiniões de Orígenes e das teorias gnósticas pelo Concílio de Constantinopla em 553. Ela trouxe consigo o descrédito e repulsa do princípio das reencarnações. Então, em vez de uma conceção simples e clara do destino, compreensível para as mais humildes inteligências, conciliando a Justiça Divina com a desigualdade das condições e do sofrimento humanos, vimos edificar-se todo um conjunto de dogmas, que lançaram a obscuridade no problema da vida, revoltaram a razão e, finalmente, afastaram o homem de Deus.
As decisões do Concílio condenaram, inclusive, a reencarnação admitida pelo próprio Cristo, em várias passagens do seu Evangelho, sobretudo quando nos disse que João Batista era Elias.
 Como sendo soberana em suas decisões, a assembleia dos bispos, reunidos no Segundo Concílio de Constantinopla, houve por bem afirmar que a reencarnação não existe!
Conclui-se que a igreja admite a reencarnação sob o nome de ressurreição. Mas já é altura de a igreja desvendar esse mistério, porque ninguém acredita na suposta ressurreição dos mortos e do juízo final.
O dogma da ressurreição da carne, outra coisa não é, senão a reencarnação, ensinada pelos Espíritos Superiores e mal compreendida pelos homens.
Muita gente ainda fala em fim do Mundo, como se a Humanidade encarnada, nos tempos atuais, não mais devesse existir, porquanto partindo-se da ideia dogmática da ressurreição dos corpos no final dos tempos, necessariamente esta hipótese deveria ocorrer dada a arrebatação dos bons ao paraíso e o envio dos maus aos páramos infernais.
A doutrina de um julgamento final, único e universal que coloque fim a toda a Humanidade, repugna à razão e à bondade de Deus.
Deus sendo todo amor e misericórdia deixa sempre aberta a porta aos seus filhos para o arrependimento. A teoria das penas eternas, criada pela Igreja Católica, não é nada mais, nem nada menos, do que um espantalho destinado a amedrontar os maus; mas, a ameaça do inferno, o temor dos suplícios, eficaz nos tempos de fé cega, hoje não reprime a ninguém, porque repugna à razão, no sentido em que ela implicaria a inatividade de Deus durante a eternidade.
Como hoje sabemos, no fenômeno do desencarne, é necessário sempre algum tempo para que se desliguem todos os laços que prendem o espírito ao corpo. Depois de liberto o espírito, ainda temos de considerar que lhe é preciso mais algum tempo, até que se ambiente no mundo espiritual para o qual voltou. Para a maioria dos espíritos, a transição acarreta perturbações, por vezes prolongadas. Nos espíritos altamente evoluídos, a transição é de consequências mínimas. Eis porque Jesus dizia que ressurgiria depois de três dias. É como se tivesse dito: Depois de três dias estarei livre das consequências provindas de meu desencarne e, portanto, em condições de me materializar perante meus discípulos.
O aparecimento de Jesus a seus discípulos, depois do seu desencarne, foi necessário para solidificar-lhes a fé, que até então era vacilante. Seus discípulos receberam seus ensinamentos; testemunharam-lhes as obras; depois assistiram à prisão e ao seu suplício; viram-no expirar, pregado na cruz; ajudaram a carregar o seu cadáver para o túmulo; não podiam alimentar dúvidas: o Mestre tinha morrido. Em seguida, no dia predito pelo Mestre, ele lhes aparece radiante de vida; fala com eles; dá-lhes ordens; na verdade, o Mestre Amado tinha ressuscitado. E depois, diante deles, parte para a elevada esfera espiritual donde viera, e donde continuaria a zelar pelos seus ensinamentos. Então era bem certo o que ele lhes tinha ensinado: não havia a morte; todos deixariam o corpo de carne e reviveriam no corpo espiritual, e ascenderia aos céus. A morte tinha sido vencida; a imortalidade da alma estava comprovada. Eis porque foi preciso que Jesus expirasse na cruz. Era mister que todos os discípulos o vissem realmente morto, e que o vissem triunfar da morte para crerem em seus ensinamentos, e se disporem a evangelizar a humanidade. E uma vez que os factos provaram a Verdade, com a certeza absoluta gravada nos corações, partiram os discípulos a espalhar a Boa Nova por todos os caminhos da terra.
Para compreendermos como se processou o desaparecimento do corpo de Jesus de dentro do túmulo cavado na rocha, e fechado por pesada pedra, e selada pelos sacerdotes, e guardado por soldados romanos, temos de recordar o que é possível fazer-se por meio da mediunidade de efeitos físicos. A doutrina espírita recorda-nos o que é possível fazer-se por meio da mediunidade de efeitos físicos.
Sabemos que, utilizando-se desse tipo de mediunidade, os espíritos podem retirar de dentro de um recipiente hermeticamente fechado, qualquer coisa que ali se ache, ou colocar dentro dele o que se queira. A mediunidade de efeitos físicos já nos mostrou médiuns que foram retirados de verdadeiras jaulas de ferro e transportados pelos espíritos para outros cômodos fechados da casa, e mesmo para locais distantes de onde se realizavam as experiências.
Os médiuns não precisam de estar no local onde se apresenta o fenômeno; podem estar muito longe dele e completamente inconscientes de estarem servindo de instrumentos a fenômenos de efeitos físicos; pois fornecem apenas os fluidos dos quais os espíritos precisam para puderem realizar o trabalho designado. Assim sendo, mediante  a mediunidade de efeitos físicos que os espíritos utilizaram em alto grau, puderam transportar o corpo de Jesus para algum túmulo distante e desconhecido, onde se desfez, e cuja matéria voltou ao grande reservatório da natureza.
Isto foi uma medida muito acertada para se evitarem consequências desastrosas e imprevisíveis para o futuro do Evangelho. Os espíritos agiram para com os homens daquele tempo, como os adultos agem para com as crianças: nem tudo se lhes explica integralmente, e muita coisa se oculta delas, para daí não provirem males; mas quando alcançam a idade adulta, tudo se lhes pode revelar. E como hoje a humanidade já está em condições de compreender tudo, o Espiritismo veio trazer-lhes a solução do problema.
Os sacerdotes tinham o máximo interesse em conservar o corpo no túmulo, a fim de apresenta-lo como prova contra os discípulos, quando estes se dispusessem a pregar a doutrina do Mestre. E sobretudo os sacerdotes alimentavam o secreto desejo de, decorridos os três dias, mostrarem o corpo de Jesus ao povo, provando assim que eles realmente tinham condenado um impostor, pois não ressuscitara como prometera. E se os sacerdotes tivessem consumido o corpo, logo que os discípulos iniciassem as pregações, estes seriam confundidos, pois os sacerdotes não deixariam de lhes mostrar onde estava o corpo e dizer-lhes como o tinham tirado do túmulo.
Tanto os discípulos como os sacerdotes tomavam as palavras de Jesus ao pé da letra; entendiam-lhe apenas a parte material, sem procurar extrair delas o ensinamento moral ou espiritual que continham.
Como não formavam uma ideia concreta de como o espírito sobrevive à matéria, julgavam que a ressurreição da qual Jesus lhes falava, se processaria mediante o corpo de carne.
A humanidade tem necessidade da ressurreição de Cristo no seu coração para que se encontre com o seu Salvador em espírito e verdade, porque só Ele é a Ressurreição e a Vida. 
                                                   Aurinda Tavares

                                                                                                              

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

“EXPLICAR À LUZ DA DOUTRINA ESPÍRITA”
(A GLOBALIZAÇÃO DOS CONFLITOS MUNDIAIS EM PLENO SÉCULO XXI E QUAIS AS SOLUÇÕES!)
                         
           
  O ensinamento dos Espíritos Superiores é importante para entendermos os problemas que se abatem sobre o nosso Planeta.
Haverá explicação para tal ordem de coisas? É disso que vamos tratar na exposição deste trabalho!
Dada a onda de criminalidade, violência, corrupção, miséria e destruição que se verifica no Mundo, tem-se a impressão que em nosso planeta, se não possa mais encontrar a paz, a harmonia e a tranquilidade.
 O século XXI está profundamente marcado pelas modernas tecnologias: o automóvel, o cinema, o avião, os eletrodomésticos, o rádio, a televisão, o fax, as fibras sintéticas, os computadores, as naves espaciais, as comunicações, a Internet, o avanço da medicina, etc. 
Apesar de tantas transformações no Mundo moderno, todavia existe um facto alarmante na sociedade em face a tantos conflitos mundiais.
As relações humanas, no plano do sentimento, continuam idênticas às da época tribal, permeadas de hostilidades, inveja, ambição, ódio, puder, cobiça, traição, vinganças, etc.
O homem faz as suas grandes descobertas: nas ciências, nas artes, alargando sua abertura para o Cosmo, mas permanece egoísta e orgulhoso. Vive ainda com o coração endurecido e com imensas dificuldades no relacionamento interpessoal.
Ainda que as sondas espaciais viagem levando sons e articulações humanas a departamentos longínquos do Universo, em busca de contacto extraterrestre, o ser humano continua incapaz de se relacionar, maduramente com o seu semelhante_ o vizinho da porta ao lado ou o desafeto familiar.
O egoísmo é o inimigo feroz da criatura humana, esta chaga da sociedade tem determinado preconceitos e violências de toda a ordem, inclusive foi nestes dois últimos séculos que se conheceram as guerras mais sangrentas e no seu bojo as mais cruéis torturas e flagelações.
Só unicamente com o amor vivido na sua plenitude, a Deus, a Jesus e aos nossos semelhantes, é que se consegue viver de acordo com as leis divinas, porque estas são as leis do amor, da caridade e fraternidade universais e só elas imperarão para toda a eternidade. Não adianta batermos com a mão no peito e dizermos que amamos a Deus, se não, amamos os homens nossos irmãos. Não se pode amar a Deus sem se  amar as obras da sua criação e respeitá-las.
Amemos as florestas sem as destruir, o respeito pelos animais é precioso, porque eles são também nossos irmãos, embora inferiores, mas estão em processo de evolução e a seu tempo também chegarão ao nosso estágio evolutivo.
Respeitemos a mãe Natureza, que tudo nos dá, para nela descobrirmos os bens essenciais à manutenção da vida na Terra.
Somente praticando o amor, a caridade, a solidariedade e a fraternidade, o homem se desprenderá dos grilhões que o prendem à matéria. É também demolindo do altar do seu coração toda a ideia de ódio, orgulho, egoísmo, e malvadez que este planeta se tornará um Mundo melhor, um verdadeiro paraíso de onde imanará leite e mel para os seus habitantes.
 A vivência materialista tem gerado distorções das leis naturais, (leis divinas), entre outras, o aumento de suicídio sobretudo através do uso de drogas, a aplicação da pena de morte, a instituição do aborto delituoso, da eutanásia, o desequilíbrio sexual, da pedofilia, o tráfico de crianças e de mulheres para a prostituição, a sensualidade, a luxúria, a influência negativa dos programas de televisão pornografia que dão lugar à parasitose obsessiva.
As doenças, os desajustes familiares, as lutas morais, as mortes prematuras, as obsessões, neuroses e psicoses, os problemas do sexo, o alcoolismo, etc. continuam a desafiar o homem deste século, despreparado para o cultivo dos valores espirituais.
A religião parece ter perdido aqui a batalha final, ao passo que a tecnologia não se mostrou capaz de resolver os problemas que angustiam a humanidade.
 As religiões por sua vez, também não têm contribuído muito para que o homem se torne bastante melhor, mas aceitemos o seu atraso espiritual, porque todos estamos em crescimento espiritual e portanto, ainda estamos todos, bastante atrasados na nossa evolução e na nossa moralidade.
Se bem que o nosso atraso também se deve à religião, que não tem sabido conduzir as ovelhas do Senhor, descambando para a luxúria e para as suas conveniências materialistas.
Em vez de ensinar o melhor caminho para Deus, através da pureza do Evangelho de Jesus, que Ele, nos legou como roteiro para toda a humanidade, deturparam-na e seus ensinos estão ainda longe do verdadeiro Cristianismo. 
Na realidade o que ocorre na Terra não é uma involução. A humanidade segue sempre um curso progressivo, ainda que esse processo nos pareça impercetível. A conjunção de fatores adversos constitui, de facto, um ajuste de contas entre a velha ordem, que teima em manter seus privilégios, e a nova ordem, formada de indivíduos que renascem com novos propósitos, mas que encontram aqui um quadro de gritante iniquidade criado pelos próprios homens.
A desigualdade das condições sociais, a miséria absoluta e os desníveis absurdos que se verificam no planeta são obra dos homens não de Deus; como o Espiritismo já advertia em sua primeira obra, “ O Livro dos Espíritos de Allan-kardec.”
Também no Evangelho Segundo o Espiritismo capítulo III, Kardec, desenvolve um estudo, falando dos diferentes estados da alma na erraticidade e das diversas categorias de mundos habitados. Santo Agostinho “ Espírito” em suas mensagens mediúnicas no citado livro dá-nos uma explicação sobre os mundos superiores e inferiores, os mundos de provas e expiações, os mundos regeneradores e mesmo até acerca da progressão dos mundos.
O Evangelho Segundo o Espiritismo em seu terceiro capítulo
diz  que há muitas moradas na casa de meu Pai( Jesus).
Que o Universo é a casa do Pai, é criação de Deus. Abrange todos os seres racionais e irracionais, materiais e imateriais.
A finalidade da formação dos planetas é ser morada da vida e os seres inteligentes foram convocados a conhecê-lo e glorificá-lo.
De acordo com o nosso crescimento espiritual assim teremos as nossas moradas, até atingirmos o zénite da nossa evolução.
Do ensino dado pelos Espíritos Superiores resulta que os diversos mundos que circulam no Espaço possuem condições muito diversas, quanto ao grau de adiantamento e de inferioridade dos seus habitantes. Podemos com base nos seus aspetos mais destacados dividi-los assim, de modo geral: mundos primitivos, onde se verificam as primeiras encarnações da alma humana; mundos de expiação e de provas, em que o mal predomina; mundos regeneradores, onde as almas que ainda têm o que expiar, adquirem novas forças, repousando das fadigas da luta; mundos felizes, onde o bem supera o mal; mundos celestes ou divinos, morada de Espíritos purificados, onde o bem reina sem mistura.
A Terra já foi mundo primitivo onde ocorreram as primeiras encarnações da espécie humana: a Terra já viveu essa fase, devidamente documentada pela ciência. Mundos de provas e expiação situam-se num patamar um pouco acima dos primeiros e é essa a atual situação da Terra.
Pertencendo a Terra à categoria de mundos de expiação e provas é compreensível que aqui reencarnem Espíritos de evolução compatível com o planeta. Mas nem todos os Espíritos reencarnados na Terra se encontram em expiação. Muitos desempenham a sua missão para ajudarem aos seus irmãos mais primitivos ou retardatários a evoluir. Conforme o ensino dos Espíritos Superiores, pode-se dividir a espécie humana vinculada ao planeta em três categorias evolutivas: 1.ª(os selvagens propriamente ditos, constituídos de Espíritos que apenas saíram do estado de infância espiritual e que se educam e desenvolvem em contato com Espíritos mais avançados; 2.ªas raças semicivilizadas, formadas pelos mesmos Espíritos a que nos referimos, mas num patamar de progresso ligeiramente superior ao dos primeiros. Pode-se dizer que essas são as raças indígenas da Terra que foram se desenvolvendo gradativamente ao longo dos séculos; e, 3.ªos Espíritos em expiação emigrantes que já viveram em outros mundos e deles foram excluídos por sua obstinação no mal e por serem causa de perturbação aos bons. Obrigados a nascer e viver entre Espíritos mais atrasados, curtem o seu exílio, ao mesmo tempo em que, dada a sua inteligência mais desenvolvida, auxiliam o progresso dos que têm ainda um longo caminho pela frente na marcha da sua evolução.
A sabedoria de Deus é imensa e é por isso que, nos mundos de provas e expiação, os Espíritos exilados têm de lutar, ao mesmo tempo, contra a perversidade dos homens e a inclemência da natureza, trabalho esse realmente difícil, mas que tem o mérito de propiciar, a uma só vez, o desenvolvimento das qualidades do coração e as da inteligência. É assim que Deus, na sua bondade, torna o próprio castigo proveitoso para esses espíritos renitentes e com inclinação para o mal, proporcionando-lhes sempre caminho aberto para o seu progresso e sua evolução para que nenhuma das ovelhas de Jesus se perca.
Uma conclusão resta inevitável, para quem compreende e aceita a tese espírita: os desmandos cometidos na Terra em séculos, precedentes as cruzadas, a inquisição, as invasões dos bárbaros, a espoliação dos povos das Américas, as guerras mundiais, a escravatura e tantas outras coisas _não são as únicas causas de tantos ajustes. Estrangeiros na Terra, trazemos ainda, dos mundos em que vivemos e dos quais fomos excluídos, uma lista de crimes e desvarios certamente maior do que os cometidos na Terra! Ora se a lei que rege os nossos destinos é a lei do merecimento, não poderemos esperar nada melhor da atual ordem de coisas, salvo se ocorrer aqui, uma modificação das predisposições morais das criaturas que habitam este mundo. A regeneração da humanidade não requer muito mais do que isso: havendo a decisão de mudar, existindo uma predisposição moral diferente, a Terra mudará e será dentro de uns poucos de séculos, um mundo de regeneração e paz, em transição para um futuro ainda melhor e mais digno da obra do Criador. Então, os homens encontrarão nela a felicidade, porque a lei de Deus a governará.
Os maus serão então relegados deste planeta para mundos primitivos para não serem causa de perturbação aos espíritos bons e merecedores de um mundo novo, ou também chamado de mundo Regenerador. Esses espíritos em punição se revestirão de corpos animalizados nesses mundos primitivos, vivendo em companhia dos seus irmãos mais inferiores a si próprios. Sem esses ainda terem a sua inteligência tão desenvolvida quanto eles. Irão expiar arduamente com suor e lágrimas a sua crueldade, nesses mundos mais atrasados na sua evolução, para ajudarem os seus irmãos primitivos a evoluir.
Os espíritos em punição nesses mundos, têm uma grande inteligência, mas quando viveram por entre os espíritos melhores do que eles, não a souberam aproveitar para o bem coletivo dos seus semelhantes, usando-a para o mal. E é precisamente pela falta de sua moralidade que eles irão habitar nos mundos primitivos.
 Lá terão que descobrir o fogo, os metais, a agricultura, as suas habitações, etc.. Se compararmos a evolução do nosso mundo e dos seus habitantes com os mundos e os seres desses mundos primitivos verificaremos que vivemos num mundo muito mais desenvolvido e os seus habitantes também. Os espíritos em punição nesses Mundos primitivos, terão que descobrir tudo quanto lhes é necessário, desde os elementos base, a tudo quanto lhes venha a ser necessário, para seu sustento e suas necessidades.
Nesses mundos, esses espíritos são carentes de tudo, mas Deus em sua sabedoria lhes dá todos os recursos necessários para neles descobrirem o necessário para a manutenção da vida nesses planetas.
Apesar dos sofrimentos pelos quais passamos em relação a esses espíritos em punição, gozamos de melhor conforto e de melhor bem-estar.
É assim, que Deus torna proveitoso o castigo desses espíritos renitentes e inclinados ao mal em proveito dos espíritos primitivos necessitados de ajuda nesses seus mundos mais atrasados.
A Doutrina Espírita, quando trata das características do planeta Terra, refere-se também à possibilidade de ascensão deste mundo a uma etapa nova, denominada pelos Benfeitores da Espiritualidade Superior de Mundo de Regeneração.
É precisamente por isso que esses espíritos não sendo merecedores do nosso planeta transformado irão ter habitação compatível com o seu merecimento e sua evolução.
 Eles é que são os principais culpados da sua nova situação, porque não quiseram acompanhar o progresso dos seus irmãos mais adiantados e se compraziam no mal.
O Espiritismo convoca neste 3.º milénio o ser humano a esculpir-se internamente em busca do homem moral.
Convida-nos à vivência plena do Evangelho para sermos merecedores do nosso Planeta transformado em _mundo Regenerador.
Aonde haverá um só rebanho e um só Pastor.
“Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a Terra.” (Mateus, 5:5.) Estes serão os herdeiros do nosso Planeta.

                          
                                                                 Aurinda Tavares                  

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

                  
                     “A VIRTUDE QUE DISTINGUE OS HOMENS AOS OLHOS DE DEUS”
                    

                                                       
AQUELE QUE MAIS AMAR OS SEUS IRMÃOS NA TERRA SERÁ O MAIS AMADO NO REINO DOS CÉUS.
 Toda a virtude tem o seu mérito próprio, porque todas indicam progresso na senda do bem. Há virtude sempre que há resistência voluntária ao arrastamento dos maus pendores. A sublimidade da virtude, porém, está no sacrifício pessoal, pelo bem do próximo, sem pensamento oculto. A mais meritória é a que assenta na mais desinteressada caridade” (O Livro dos Espíritos”_ Questão 893)
Toda a moral de Jesus se resume na caridade e na humildade, isto é, nas duas virtudes contrárias ao egoísmo e ao orgulho. Em todos os seus ensinos, ele aponta essas duas virtudes como sendo as que conduzem à eterna felicidade.
Também a moral da Doutrina Espírita, se baseia no Evangelho de Jesus. Ela nos ensina a combater o egoísmo e o orgulho, por serem as geratrizes de todas as mazelas e imperfeições humanas. Onde permanece o interesse egoístico não poderão prosperar os sentimentos de justiça, de amor e de caridade que resumem todas as leis morais.

Quem quiser, desde esta vida, ir se aproximando-se da perfeição moral, deve expurgar o seu coração de todo o sentimento de egoísmo, visto ser o egoísmo incompatível com a justiça, o amor e a caridade.
 Ele neutraliza todas as outras qualidades. O egoísmo é a fonte de todos os vícios, como a caridade o é de todas as virtudes.
A virtude, no mais alto grau, é o conjunto de todas as qualidades essenciais que constituem o homem de bem. Ser bom, caritativo, laborioso, sóbrio, modesto, quem reunir estas qualidades pode sentir-se um homem virtuoso. 
Porém não é virtuoso aquele que faz ostentação da virtude, pois que lhe falta a qualidade principal: a modéstia, e tem o vício que mais se lhe opõe: o orgulho.
A virtude, verdadeira e digna desse nome não se envaidece, foge à admiração e aos aplausos.
Afastemo-nos, sim, de toda a vaidade, orgulho, egoísmo, hipocrisia, amor-próprio, porque desenfeitam as mais belas qualidades e as mais santas virtudes.
Para que cultivemos as mais santas virtudes, é necessário: abnegação, humildade, caridade, benevolência, amor, paciência, perdão, compreensão, mansidão, prudência, cerrar os ouvidos à calúnia, e à maledicência.
É necessária a beneficência, a indulgência, o perdão, nunca deixar uma única ocasião de ser útil aos nossos semelhantes, fazer todo o bem possível ao nosso alcance aos nossos semelhantes e ver em cada criatura, um irmão! filho do mesmo Pai _Deus.
Pratiquemos o amor e a caridade, amando a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos, como nos ensina Jesus.
Não tropecemos na vaidade, nem no orgulho e nem na ostentação, porque mais vale pouca virtude com modéstia, do que muita com orgulho.
Pelo orgulho, egoísmo, paixões desenfreadas, ambição, vaidade, falsa modéstia, hipocrisia, falso saber, viciações de toda a ordem, etc, etc, é que os homens se têm afastado de Deus e das suas leis divinas.
Pelo mau uso que fazemos do nosso livre – arbítrio fugimos do dever de bons cristãos, mas dia virá em que cansados de sofrer nos voltaremos com amor e fé para o nosso Criador, porque não teremos outra alternativa senão a de nos voltarmos para o nosso Pai Celestial, amando-o em Espírito e Verdade, amando a todas as criaturas, sem distinção de raças ou de cores.  
Depois de dois mil anos já passados, os homens na Terra ainda continuam em sua maioria esquecidos da mensagem de Jesus. Mistura-se no mundo o bem com o mal, a paz com a guerra, o ódio com o amor, o perdão com a discórdia, a fé com a dúvida, a moral com o desregramento das emoções inferiores, a harmonia com a desarmonia.
Muitos de nós não entendemos ainda o porquê da passagem de Jesus pela Terra, julgando nós que os seus ensinos foram dirigidos somente àquela pequena comunidade já destruída e distante, que as suas lições de sabedoria, amor e de paz são incompatíveis com nossas pretensas necessidades de enfatuados homens modernos.
Não nos devemos impressionar pelo fato de Jesus ter-se dirigido a homens simples e tão distantes das complicações da atualidade. Seus ensinos são dirigidos ao espírito imortal e eterno que não se fixa em épocas e lugares. No capítulo 15, em “O Evangelho Segundo o Espiritismo, item 5.Ele nos diz com toda a clareza: Fora da Caridade não há salvação”.
No item 6. Do mesmo Evangelho: Ainda que eu falasse todas as línguas dos homens e a língua dos próprios anjos, se eu não tiver caridade, serei como o bronze que soa e um címbalo que retine;- ainda quando tivesse o dom de profecia, que penetrasse, todos os mistérios, e tivesse perfeita ciência de todas as coisas; ainda quando tivesse toda a fé possível, até ao ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, nada sou. _ E, quando houvesse distribuído os meus bens para alimentar os pobres e houvesse entregado meu corpo para ser queimado, se não tivesse caridade, tudo isso de nada me serviria.
A caridade é paciente, é branda e benfazeja; a caridade não é invejosa; não é temerária, nem precipitada; não se enche de orgulho; _ não é desdenhosa; não cuida de seus interesses; não se agasta; nem se azeda com coisa alguma; não suspeita mal; não se rejubila com a injustiça, mas se rejubila com a verdade, tudo suporta, tudo crê, tudo espera, tudo sofre.
Agora, estas três virtudes: a fé, a esperança e a caridade permanecem; mas, dentre elas, a mais excelente é a caridade (S. PAULO, 1: Epístola aos Coríntios, cap.13, vv. 1 a7 e 13.
São Paulo compreendeu de tal modo tão grandes verdades que nos transmitiu estes tão riquíssimos ensinamentos.
A caridade está ao alcance de todos nós: tanto do ignorante, como do sábio, como do rico, como do pobre e independe de qualquer crença religiosa.
A caridade é o conjunto de todas as qualidades do coração, na bondade, na benevolência, na beneficência e no amor por excelência, como nos ensinou Jesus.
O homem  bom, tira boas coisas do bom tesouro do seu coração!
O homem que cumpre o seu dever ama a Deus mais do que as criaturas e ama as criaturas mais do que a si mesmo. É a um só tempo juiz e escravo em causa própria.
                                                                                      
                                                                             Aurinda Tavares