domingo, 20 de outubro de 2013



DEUS
Pela Obra se conhece o autor! Vendo a Obra vejo Deus…Oh quantas coisas se escondem de mim meu Criador…
Deus é o Autor, o Criador, o Pai de toda a Criação.
 Deus para os espíritas, é a Inteligência suprema do Universo, causa primária de todas as coisas.
Há quem afirme que Deus é o infinito, mas não se pode aceitar essa asserção porque o Infinito é criação sua, tudo o que existe é obra de um poder que transcende a compreensão dos homens.
Deus, não existe como homem, como um ser, como algo definido.
Nós vemos a sua Obra mas não o vemos a ELE, podemos senti-Lo em Amor por tudo quanto nos rodeia, por toda a Natureza, por todo o Universo, pois que Deus é Amor e vive em toda a Sua Obra.
Deus é Amor e só em Espírito e Verdade se deve adorar. Deus como substância é Espírito; como essência é Amor; como suprema Inteligência é VIDA.
Deus é um Espírito Puríssimo, um Ser Vivo e Sensível.
Deus é a força inteligente, universal e invisível, que constrói sem cessar a obra da Natureza: Deus é o geômetra que opera eternamente ( Platão).
Nós próprios fazemos parte integrante da Sua existência. Jesus ensinou-nos de que Deus está dentro de nós, no mais profundo dos nossos sentimentos.
Não existe vida sem Deus e nessa Vida se contém a substância, a essência e a inteligência elevadas ao Infinito.
 “ Deus não se mostra, mas afirma-se, mediante suas obras”, e se o homem não pode medi-Lo, poderá senti-Lo.
Deus é a causa formadora e geradora do Universo. Deus é a Luz do princípio. O Sol dos seres.
Do ensino dado pelos Espíritos Superiores, sabemos que há um fluído etério que preenche todo o Universo, tudo penetra, pois que é o elemento geratriz do mundo e dos seres. É chamado de Fluído cósmico, Éter ou Matéria Cósmica Primitiva.
O Fluído cósmico (“Sopro Divino”) é o plasma divino, hausto do Criador ou força nervosa do Todo-Sábio. Nesse elemento primordial. Vibram e vivem constelações e sóis, mundos e seres, como peixes no oceano. Os Espíritos nos informam que esse fluído é de essência eletromagnética, preenchendo, todo o espaço, não existindo o vazio em toda a amplidão sideral.
Deus é a fonte primeira de toda a vida. É da irradiação de seu campo magnético que se forma o campo magnético fundamental, onde na realidade, estamos todos mergulhados, e que mantém a coesão, a harmonia e vida efetiva de todos os astros que compõem o Universo.
Diante de toda a imensidão cósmica o Universo, e as leis que presidem à formação dos sistemas planetários, galáxias e nebulosas com as suas características próprias, a variedade abundante de fenômenos que o cosmo produz, da Inteligência Suprema que cria, organiza, orienta esta Mansão de Luz e Amor que a todos nos espera.
Diante da Obra tamanha de Deus, o planeta Terra, é apenas um grão de areia num oceano cósmico, mas Deus, tudo criando com sabedoria e amor, nada criaria sem uma finalidade útil e necessária para a evolução dos seres que o habitam.
Jesus disse há muitas moradas na casa de meu Pai. A casa do Pai é o Universo. Nesse Universo sem limites e sem fim, há mundos e sóis incontáveis para abrigar todos os filhos de Deus, seja em que escala estejam da sua evolução. Existindo Mundos mais, ou menos materiais para a evolução, dos seres para poderem, receber em seu seio Espíritos de acordo ao seu grau de adiantamento, moral e espiritual, consoante a sua superioridade ou inferioridade  de Espírito. Há mundos em vias de formação, para receberem também os Espíritos embrionários, porque a Obra de Deus nunca e jamais cessará em tempo algum! E Deus sendo eterno sempre criou e continuará a criar ininterruptamente.
“Meu Pai trabalha todos os dias” (Jesus).
Há, Espíritos em variadíssimos graus de evolução e consoante o grau de sua superioridade, ou inferioridade   será a sua correspondente morada, porque  o Espírito é sempre chamado a viver num Mundo de acordo ao seu próprio adiantamento e merecimento moral e espiritual.
Existem mundos primitivos. Mundos de expiação e de prova. Mundos Regeneradores, Mundos felizes, Mundos Celestes ou Divinos.
Que ciência tão profunda que o Espiritismo nos revela! Mostra-nos o Deus grande, O Deus bom, o Pai Magnânimo, o Pai de Infinita Sabedoria, o Pai de Misericórdia, o Pai de Infinita Bondade e de Justiça, o Pai de Amor.
E, a seu derredor os filhos.                                            
Provas da existência de Deus.
Desde que não há efeito sem causa, olhando a criação, considerando o Universo, podemos tomá-lo como um efeito, cuja causa é Deus. O sentimento de que Deus existe encontra-se até nos selvagens, não é fruto da educação; é um sentimento universal. Tomando-o como efeito, sua causa é também universal.
Esta causa é Deus.
“Do poder de uma inteligência se julga pelas suas obras” .
Não podendo nenhum ser humano criar o que a natureza produz, a causa primária é por conseguinte, uma inteligência superior à Humanidade.
Quaisquer que sejam os prodígios que a inteligência humana tenha operado, ela própria tem uma causa e, quanto maior for o que opere, tanto maior há-de ser a causa primária. Aquela inteligência superior é que é a causa primária de todas as coisas, seja qual for o nome que lhe deem.” (Livro dos Espíritos)
A  prova da existência de Deus temo-la neste axioma: Não há efeito sem causa. A Humanidade é impotente para produzir ou mesmo explicar uma imensidade de efeitos cuja causa não está na Humanidade e mesmo impotente para produzi-los, ou até mesmo para os explicar. A causa está acima da Humanidade. É a essa causa que se chama Deus, Jeová, Alá, Brama, Grande Espírito, etc.
Os efeitos da Natureza não se produzem ao acaso, fortuitamente e em desordem. Desde a organização do mais pequenino inseto e da mais insignificante semente, até a lei que rege os mundos que circulam no Espaço, tudo atesta uma ideia diretora, uma combinação, uma previdência, uma solicitude que ultrapassam todas as combinações humanas. A causa é, pois, soberanamente inteligente.      

Pode o homem compreender a natureza íntima de Deus?”Não; falta-lhe para isso o sentido.”O Livro dos Espíritos.
Será dado um dia ao homem compreender o mistério da Divindade?
“Quando não mais tiver o espírito obscurecido pela matéria. Quando, pela sua perfeição, se houver aproximado de Deus, ele o verá e compreenderá”. Se não pode penetrar na essência de Deus, o homem, desde que aceite como premissa a sua existência, pode pelo raciocínio, chegar a conhecer-lhe os atributos necessários, porquanto, vendo o que Ele absolutamente não pode ser, sem deixar de ser Deus, deduz daí o que ele deve ser”GEN,2,item 8.
Deus é a suprema e soberana inteligência de todo O Universo.

Dizemos que Deus é eterno, porque é causa primeira de tudo; como infinito no tempo e no espaço, é eterno e infinito, portanto imutável, único, omnipotente. Como sua natureza difere do que é material, dizemos que é imaterial ou um puro espírito. Infinito e Eterno. Como  causa, mantém a harmonia do Universo, a imutabilidade das leis, sendo, pois, soberanamente bom e justo.
No que respeita aos atributos divinos O consideramos Omnisciente, Omnipotente e Omnipresente.
Omnisciente porque transcende toda a ciência humana. É uma ciência sem limites.
Omnipotente porque o Seu poder não pode ser padronizado nem padronizar nos maiores potenciais humanos.
É, portanto, um poder que não pode conceber-se porque é infinito.
Omnipresente porque se manifesta imanente em toda a Sua obra, jamais igualado por qualquer ser mortal porque é igualmente infinito, como infinito é o Seu Amor.
Não existe mente terrena que seja capaz de conceber Deus na Sua mais lata transcendência.
Deus é Amor e só em Espírito e Verdade se deve adorar. Assim O podemos sentir, somente amando toda a obra da Natureza, onde Ele se encontra imanente;  
Revela – se a inteligência de Deus em suas obras, como a do pintor nos seus quadros. E como o quadro não é o pintor que o concebeu e executou, assim as obras de Deus não são o próprio Deus.  
Diz-se que pela obra se conhece o autor. Há inteligência nas manifestações gerais do Universo; o homem não pode criar o que cria a Natureza.
Então a causa mater da Natureza é uma inteligência superior à humanidade e essa causa é de um Deus único e não de mais deuses, porque só existe um Deus único e verdadeiro.
Aos olhos da alma embebecemo-nos na radiação celeste, que inunda toda a natureza. Contemplam-se a luz, as flores, os rios, os bosques, as folhagens os inumeráveis seres da Natureza. Tudo revela potência, sabedoria, a inteligência bondade o que se faz sentir; é a universal ternura de um ser misterioso sempre, fazendo sucederem-se na superfície de uma vida que se perpetua por amor, e que jamais se extingue.
Seja de qual for a forma o observador, observe a Natureza, encontra uma trilha conducente a Deus – força viva, cujas palpitações, através de todas as formas, ele as sentirá no estremecer da sensitiva, como no canto matinal dos passarinhos.
O ruído longínquo do oceano, a paisagem solitária, as águas cujos murmúrios valem sorrisos, o sono das florestas entrecostado de anseios, suspirosos, a altivez impassível das montanhas, tudo abrangendo de alto, são manifestações sensíveis da força que vela no âmago de todas as coisas.
A unidade de Deus se mostra sob todas as formas. O espírito se eleva à noção de uma lei única – lei e forças universais, que valem por expressão ativa do pensamento divino. Luz, calor, eletricidade, magnetismo, afinidade, vida vegetal, instinto, inteligência, tudo deriva de Deus.
É nessa visualização da presença de Deus na Terra que a alma se eleva à noção do verdadeiro e do Belo. Quem nunca vos contemplou ó esplendores vívidos da Natureza?! Quem nunca se sentiu envolto e banhado de inefável encanto e beleza, por toda a harmonia, por todo o esplendor, pelo chilrear dos passarinhos, pelos rumores oceânicos?! O lírio desabrocha e bebe em êxtase, a luz que derrama dos céus e nessas horas contemplativas, a alma transforma-se em flor, aspirando ávida as irradiações celestes. A atmosfera; as plantas os seus perfumes; a brisa; as nuvens, na Natureza pressenti- mos em tudo uma lei de harmonia soberana, que governa a marcha simultânea de todas as coisas desde o ser mais ínfimo ao mais elevado. Em toda a Natureza há uma espécie de beleza universal, que a nossa alma respira e identifica, como se essa beleza lhe pertencesse e que deixa a alma extasiada nos tesouros desse amor no Amor de Deus.
Tudo na Natureza nos fala de Deus com uma certa eloquência mais do que todos os livros humanos.
A Natureza é um ser vivo e animado – um ser amigo Onipresente, fala-nos pelas suas cores, pelos sons, pelos movimentos; tem sorrisos para as nossas alegrias, gemidos para as nossas tristezas, simpatia para as nossas aspirações. Nosso organismo está em consonância com todos os movimentos que constituem a vida da Natureza: ele os compreende e deles compartilhamos, de modo que constituem a vida da Natureza: ele os compreende e deles compartilhamos, de modo a nos deixarem na alma uma repercussão profunda. Congênita do princípio da criação, nossa alma reencontra o infinito na Natureza.
Para a ciência espiritualista, não há um mecanismo automático e um Deus retraído na sua imobilidade absoluta. Deus é potência e atos naturais; vive na Natureza, como nele vive ela. O Espírito se faz sentir através das formas materiais, mutáveis.
A Natureza tem harmonia para a alma, tem quadros para o pensamento, tem tesouros para as ambições do Espírito e ternuras para as aspirações do coração. Sim ela os tem, porque não nos é estranha, não está de nós  segregada e somos um com ela.
O Espírito é a Vida do Universo e nós somos, como Espíritos, pequenas partículas dessa mesma vida que é Deus.
Deus, não se pode particularizar nem individualizar como qualquer ser humano.
O ser humano, como invólucro material, contém em si mesmo essa vida que é o Espírito individualizado, que o utiliza como instrumento de evolução, numa simples passagem, com o objetivo à perfeição que é Deus em nós.
Não se atinge essa perfeição numa só vida e, por isso, teremos que admitir a reencarnação do Espírito tantas vezes quantas as necessárias para se libertar do mundo tantas vezes quantas as necessárias para se libertar do mundo que é de provas e expiações e poder elevar-se assim aos Mundos Felizes e para o seio Daquele que o criou Deus.
 Deus é o pai de todas as criaturas, todos somos irmãos e tudo é nosso irmão. Tudo é filho de Deus, assim O poderemos sentir, somente amando toda a obra da Natureza, onde Ele se encontra imanente; amando a criatura porque tudo é filho de Deus, tudo é nosso irmão e o Amor é Deus em nós para nos religarmos a Ele através do Amor que devemos uns aos outros.
Deus é Amor e só em Espírito Verdade se deve adorar.    
                                                                                                         Aurinda Tavares